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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

RTP: a visão da televisão

Paulo Colaço, 08.01.13

Segundo o Público, a RTP lançará no próximo dia 14 uma nova grelha de programação do Canal 1.

As novidades são a redução de 20% nos custos face a 2012 e a ausência de concursos em horário nobre.

O objectivo é "cumprir na íntegra os desígnios do serviço público de televisão: formar, informar e divertir". É um bom caminho.

A televisão pública deve em primeiro lugar saber onde se situa no actual enquadramento televisivo: tomar consciência das suas responsabilidades públicas, procurar a diferenciação, criar públicos, ajudar na evolução intelectual dos cidadãos.

Uma televisão que cria públicos exigentes cumpre o seu papel público; uma televisão que dá aos cidadãos o mesmo que as restantes, não faz falta.

Se o Estado e os responsáveis da empresa pública souberem direccionar bem o Canal 1, dando-lhe interesse e diferenciação, ganham os portugueses.

E aí também se possa extinguir o Canal 2. Ou vender, se se provar que há mercado para três operadores, o que neste momento não me cheira.

Sobre o "controlo público", "gestão pública", "responsabilidade pública". Ou, simplesmente, "nacionalização".

nunodc, 23.09.09

 


 

 

 

 

 

Tenho uma costela comunista muito grande. Digo sempre que é, de longe, a ideologia mais bonita - mas completamente impraticável, num mundo real.

 

Temos vindo a ouvir falar de privatizações e nacionalizações com mais intensidade nestes últimos tempos, via PCP e BE, que defendem, com maior ou menor intensidade, a nacionalização de quase tudo: da banca, seguros, energia, transportes, comunicações, …

O Expresso publicou, no passado fim-de-semana, uma notícia em que nos diz que “nacionalizar a banca e os sectores estratégicos das telecomunicações, energia e infra-estruturas custaria ao Estado €51 mil milhões, quase um terço da dívida pública (€129,6 mil milhões) e 67% da despesa pública total inscrita no Orçamento do Estado de 2009 (€76,2 mil milhões).” 

 

Eu não defendo a nacionalização de grande parte dos sectores.. a concorrência, apesar de imperfeita, é muito positiva, e não sou muito a favor de monopólios. Mas também não vejo a questão como um qualquer monstro.

 

A questão que ponho é, simplesmente: o que muda com a nacionalização do que quer que seja..? E de que modo é isso positivo..?

 

Fará algum sentido privatizar algo onde não há concorrência..? Não devem os sectores onde não há qualquer alternativa, como a energia (só há uma linha de electricidade), ou a água (a canalização é só uma) estar sobre gestão pública, de modo a imperar o interesse público..?

 

Pagamos mais 23% pela electricidade do que os espanhóis. Facto. A nacionalização do sector energético mudaria alguma coisa..? E nos outros sectores, faz sentido..?