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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Ainda a greve de Professores

Pedro Miguel Carvalho, 16.06.13

Estão neste momento alunos que amanhã irão fazer exame a partilhar uma notícia do site da FENPROF, admitindo que as suas escolas irão estar fechadas.


Justificação dos alunos "O site é da FENPROF, responsável pela greve, logo tem credibilidade."


Obviamente, se a notícia for lida com atenção percebemos o seguinte:


1) Título "Greve Geral encerra milhares de escolas em todo o país!" - é natural, hoje é Domingo.
2) " A forte adesão à greve por parte dos docentes, incluindo muitos directores e outros elementos das direcções das escolas, dificulta o levantamento dos dados de adesão. Por esse motivo, a FENPROF continuará a fazer esse levantamento ao longo do dia, estando em condições de, a meio da tarde, avançar com um número global de adesão." - se dificulta o levantamento de dados, significa que já existem dados da greve a ser levantados.
3) " foram aprovadas com o voto do PS e a abstenção do PSD" - deixa a entender que, se foram aprovadas com o voto do PS e abstenção do PSD o governo seria PS e a maioria na Assembleia também.

Em suma:
1) Depois disto, parece que a parte de interpretação de texto do exame nacional não vai correr bem.
2) Os miúdos estão tão nervosos com tudo isto que passam mais tempo a olhar para as notícias que a estudar.

Manif's e greves

Pedro Miguel Carvalho, 15.06.13

Eis que os professores insistem na greve do próximo dia 17, dia de exame nacional de português e de latim.

 

A greve é sempre um meio legítimo de luta, contudo não podem os alunos ser um instrumento de luta contra o governo.

 

É triste que a juntar ao stress natural dos exames, os alunos ainda estejam preocupados com o  que os seus professores vão fazer no dia do exame.

 

É triste quando os verdadeiros profissionais da educação se deixam influenciar por aqueles que são sindicalistas/manifestantes profissionais.

 

 

Sobre isto li no facebook e concordo: "Ver um professor na manifestação de hoje dizer "Estou feliz porque é um momento de partilha de todos os professores por uma causa comum", e eu estar aqui a stressar com um exame que é a minha prova de ingresso na faculdade, é  #####! . Se querem momentos de partilha combinem um chá das 5  e depois dizem que o país vai de mal a pior"

 

Não consigo compreender o porquê de em 2005 e 2007 ter sido dada razão ao governo e terem sido decretados os serviços mínimos e agora não. Não pode haver dois pesos e duas medidas.

 

Eu não compreendo nem posso aceitar esta luta, lamento.

 

Aborto?Não

Pedro Miguel Carvalho, 05.06.13

 

Em 2007, apesar de ainda não ter idade para votar, juntei-me ao Movimento Norte pela Vida contra a despenalização da I.V.G.

 

Infelizmente, à pergunta "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas 10 primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?", o país votou SIM.

 

Hoje, 6 anos depois, a Inspecção Geral das Actividades em Saúde vem sugerir ao governo que seja criada uma taxa moderadora que permita controlar a repetição deste acto.


Sendo legar, o aborto deve ser encarado como o fim da linha e não como método contraceptivo normal.

 

 

É urgente regulamentar e taxar a I.V.G.

 Norte pela Vida

Mudar o país ou mudar de país?

Pedro Miguel Carvalho, 21.05.13

 "Mudar o país ou mudar de país" era o mote do programa Prós e Contras de ontem.

 

Um jovem de 16 anos, de seu nome Martim, foi convidado pela produção para falar da marca de roupa que ele próprio criou.

 

Num acto verdadeiramente empreendedor, uma espécia de senhora, alegadamente doutorada, insurgiu dizendo se o Martim sabia onde as suas camisolas eram feitas, se não viriam da China, onde se trabalha por uma malga de arroz. 

 

Martim prontamente respondeu que a sua roupa era feita numa fábrica portuguesa, por operários portugueses.

 

Não satisfeita, de novo a Sra. Doutora questionou se essas pessoas não estariam a ganhar o ordenado mínimo, com ar repugnante.

 

Martim, novamente de forma eficaz respondeu que pelo menos não estavam desempregadas.

 

A plateia aplaudiu, e a Sra. Doutora ficou calada.

 

O empreendedorismo não vem nos livros nem em teses de doutoramento, o empreendedorismo está dentro de cada um independentemente da idade.


Os empreendedores merecem ser respeitados. E este jovem merecia tê-lo sido naquele momento.

 

À pergunta feita em título "Mudar o país ou mudar de país?", duas soluções:


Para o Martim: Mudar o país.

Para a Doutora Raquel Varela: Mudar de país, e rápido, juntamente com a sua tese de doutoramento.

25 de Abril e 1 de Maio

Pedro Miguel Carvalho, 03.05.13

 

 

 

 

 

Acabados que estamos de sair de um período onde se comemoraram duas datas importantes, é hora de reflectir sobre esta temática.

 

Quer com a passagem do 25 de Abril, quer com a passagem do 1 de Maio, fiquei mais uma vez com a ideia, que a esquerda quer tomar este património como seu.

 

Reparemos:

 

Há não muito tempo, uma actvididade organizada por um grupo privado de televisão, em pleno ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa, num pleno insulto e atentado à liberdade de expressão, um grupo de jovens cantou“Grândola Vila Morena”, ao então ministro Miguel Relvas.

 

Depois disto vários episódios se seguirão,utilizando a mesma música, que é, sem sombra de dúvida, um símbolo de Abril.

 

Notícias sobre isto, nenhumas para além das que relatavam os factos.

 

Reacções à utilização de tal símbolo de Abril, nenhumas, para além das positivas da esquerda.

 

Façamos todos um exercício de retrospecção.

 

Há pouco mais de um ano atrás, um grupo de jovens, escreveu num roll-up, “Traz outro amigo também”. Esse mesmo grupo de jovens, resolveu simpaticamente, utilizar a frase num congresso da instituição que representavam.Sobre isso, disse a viúva de Zeca Afonso:

 

“A memória de José Afonso não deve e não pode ser assim desvirtuada para efeitos de propaganda”.

 

Desta vez o único mal da utilização da inofensiva frase tem apenas um problema. O grupo de jovens que a utilizou, ao contrário daqueles que cantavam aos ministros, era a Juventude Social Democrata.

 

Foi esta liberdade adquirida com o 25 de Abril, que nos permitiu estar aqui hoje, a partilhar estas ideias uns com os outros.

 

Abril, sendo património de todos, não é de ninguém. Não existe ninguém em Portugal que possaafirmar que Abril é da esquerda ou da direita, que Abril é da sociedade civi lou dos militares, porque Abril é de todos nós.

 

José Vieira de Carvalho - 75 anos

Pedro Miguel Carvalho, 19.04.13

 

 

 

Não poderia deixar passar esta data sem fazer referência aquela que é uma das minhas referências políticas. Faria ontem 75 anos, não fosse o destino, José Vieira de Carvalho.

 

Para todos aqueles que são de fora da Maia e do Porto, provavelmente conhecerão pior a sua obra, ou quem sabe até nem saberão quem foi José Vieira de Carvalho.

 

Poderia aqui dizer que o Professor José Vieira de Carvalho foi uma série de coisas, mas apenas digo que foi o desenhador da Maia, o autarca referência, um dos autarcas de maior visão que me possa recordar.

 

Quando ninguém falava de parques de Ciência e Tecnologia, José Vieira de Carvalho, fruto de um problema criado pela deslocalização da Texas Instruments, coloca o tema na agenda e nasce assim o Tecmaia- Parque de Ciência e Tecnologia da Maia. As Zonas Industriais da Maia, o parque habitacional, as infra-estruturas desportivas, as escolas, o apoio social, o desenho do metro do Porto tal como o conhecemos, o Instituto Superior da Maia, etc. Tudo isto são provas da sua visão.

 

José Vieira de Carvalho deixou uma difícil missão para quem se seguia. Fazer ainda mais e melhor, e Bragança Fernandese as suas equipas assim o fizeram.

 

Infelizmente não conheci o Homem por detrás da história em vida e a única memória que tenho de José Vieira de Carvalho, é a do dia da sua morte.

 

Enquanto dirigente da JSD Maia, tive a oportunidade de ano passado, em cumprimento do nosso Plano Anual de Actividades, levar a efeito as I Jornadas José Vieira de Carvalho. Estas Jornadas foram acima de tudo um excelente momento para eu, enquanto organizador, estudar mais sobre a sua vida e obra e durante meses conversar com pessoas que com ele lidaram directamente.

 

Fruto deste trabalho, termino com um pequeno texto, retirado de uma entrevista que José Vieira de Carvalho deu no início do ano de 2002, poucos meses antes do seu falecimento:

 

" Aprendi com os meus sessenta anos que "longos dias têm cem anos". O tempo é uma coisa que caminha lentamente e vai esclarecendo as posturas de cada um. A minha é esta: eu sei essencialmente, trabalhar. Preocupo-me pouco com o resto. Sempre dei à Maia tudo o que tinha para dar. Vivo para servir esta Terra, a minha Terra. Vivo para servir esta Gente, a minha Gente. Não sei ser de outra maneira."

 

 

Posto isto, apenas digo, que os grandes Homens nunca morrem.

 

 

 

A visita

Pedro Miguel Carvalho, 09.04.13

 

Mais uma vez hoje, a CGTP mostrou a sua responsabilidade perante os desafios nacionais ao incentivar a que o povo saia a rua aquando da visita extraordinária da troika.

 

Não compreendo qual a posição de Arménio Carlos. Piorar o estado do país? Levar a que Portugal tenha que recorrer ao segundo resgate?

 

É lamentável ver as forças da esquerda unidas para derrubar este governo, sem pensar no bem do país. É triste ver os sindicatos instrumentalizados pelas forças políticas.

 

Há dias ouvi António José Seguro, a suposta alternativa ao governo, dizer o seguinte:

Sic Notícias:" Como é que se vais substituir este 1200 Milhões de Euros?"

AJS " Quem criou o problema, que o resolva".

 

António José (pouco) Seguro, está diferente desde a chegada de José Sócrates. Até já pede que ele venha resolver o problema que criou, sempre apoiado pelo Partido Socialista.

 

Se isto fosse um acidente, poderíamos pelo menos dizer: "O seguro paga".