Triagem: 10 anos depois é de quem?
Esta conversa passou-se há um ano no Hospital S. José. Não teria corrido tão bem se eu não tivesse o mínimo conhecimento de Saúde e percebesse que tinha uma sinusite.
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A Associação Nacional de Farmácias quis esta semana que passou dar um golpe de Estado no dinheiro dos contribuintes.
É simples. Recebendo a farmácia uma receita com determinado medicamento, e devidamente assinalada pelo médico como não autorizando o genérico, a farmácia queria dar-se ao direito de trocar o medicamento pelo de sua sugestão ao paciente/cliente.
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Quem diria que esse bando de corporativistas estaria a pensar no povo! Já viram?
Pois desengana-se o povo mal informado.
Para além de mudar da marca para o genérico, queriam também que sendo receitado genérico, fosse alterado para o SEU genérico.
Sim! Porque para além de serem detentores de grande parte da rede de retalho (apenas 90 e tal por cento) são também, calcule-se retalhistas ou produtores de genéricos.
A lata, a audácia a pertinência!
Eu fico parvo com o meter ao bolso que este gentinha de má fé quer fazer à custa do meu suado IRS.
E a Autoridade do Fica Tudo na Mesma? Nada! CALADA.
A Ministra lá veio a público fazer valer a lei. Valente Ministra. Mas com tantos anticorpos que há para com este Governo, nem dá para perceber pelo mediano espectador que a a senhora teve uma excelente atitude.
Já a Ordem dos Médicos, esse, também, grande bastião de corporativismo, aproveitou e ganhou mais uns pontos na sua luta irracional pela manutenção do status quo e da teimosia de muitos dos seus associados.
Pois eu cá não vou em cantigas. Ao preencherem a receita têm de me dizer porque estão a colocar as cruzes, ou em cima ou em baixo. E quero saber as alternativas que posso comprar. Na farmácia por mais amuos que me façam as farmacêuticas, estão atrás de um balcão e vão-me dizer os preços de todos os medicamentos que correspondem à receita que tenho, explicar-me as diferenças até eu, CONSUMIDOR efectuar a minha escolha INFORMADO.
Cambada de gente.