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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Duelo de Credibilidade: Pinto da Costa Vs José Sócrates (2)

Ricardo Campelo de Magalhães, 28.05.11

Lembram-se do Post Original, de 10 de Março?

 

Pois bem, o Porto está agora a lançar obrigações a 8%, a 3 anos.

O Estado já não emite, simplesmente anda à esmola ao MEEF (ou seja, Europa - porque tem de ser - e Asiáticos - porque querem ganhar peso político). A dívida ainda em circulação caiu tanto em valor que quem a comprar hoje obtém rentabilidades de 9,887% a 10 anos e 11,804% a 3 anos.

 

É esta a situação que Sócrates nos deixa.

Dizem que PPC não dá garantias. Bem, Sócrates dá. E mostra serviço. Resta ver que serviço ele deixa.

E o serviço da dívida é já maior do que a despesa em educação e aproxima-se do valor da despesa em saúde...

Socialismo nos lábios, Favoritismo na prática: de uns o voto pelo engano, de outros o voto pelo clientelismo. E assim ele pensa ganhar as eleições.

 

E para quem ache que o Passos vai conseguir livrar-se do FMI em 3 anos, leiam isto.

Como já disse, Portugal só se livra quando mudar de política e centenas de milhares ou mesmo milhões deixarem de viver à custa do estado.

Até lá, vamos viver do dinheiro de usuários. E isto nem a malta do Rossio pode evitar (aliás, até agravam, pois produzir é coisa que não lhes vejo e eles alguma coisa têm de consumir...)

 

Não sei se foi uma opção de vida correcta conhecer a política económica e as suas consequências. Se calhar devia concentrar-me mais nos mercados financeiros...

Curvas de Taxas de Juro

Ricardo Campelo de Magalhães, 12.03.11

O que é isto?

 

Bem, isto é muito mais simples do que parece:

Pega-se nas obrigações de um país (digamos, Portugal), e colocamos a taxa exigida por todas as Obrigações com diferentes prazos por ordem, e ligam-se os pontos.

Isso dá uma linha. Fazendo para vários países, dá o gráfico aqui em cima.

 

OK. E qual é a relevância deste? Bem, este diz-nos qual a credibilidade de um país, para todos os horizontes temporais.

Reparem também nas diferenças entre países e o que nos pode esperar se deixarmos a situação escorregar para a situação grega: 18%!

Note-se que, por exemplo, Portugal paga 8% (sim, 8%) pela dívida a 5 anos, o que sinaliza risco muito elevado (o BCE cobra 1% aos bancos)

Quem quiser investir, financia-se a 1% + spread e pode obter um retorno de mais de 7%. Incrível!

 

E pensar que vivi para ver estes dias...