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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

25 de Abril e 1 de Maio

Pedro Miguel Carvalho, 03.05.13

 

 

 

 

 

Acabados que estamos de sair de um período onde se comemoraram duas datas importantes, é hora de reflectir sobre esta temática.

 

Quer com a passagem do 25 de Abril, quer com a passagem do 1 de Maio, fiquei mais uma vez com a ideia, que a esquerda quer tomar este património como seu.

 

Reparemos:

 

Há não muito tempo, uma actvididade organizada por um grupo privado de televisão, em pleno ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa, num pleno insulto e atentado à liberdade de expressão, um grupo de jovens cantou“Grândola Vila Morena”, ao então ministro Miguel Relvas.

 

Depois disto vários episódios se seguirão,utilizando a mesma música, que é, sem sombra de dúvida, um símbolo de Abril.

 

Notícias sobre isto, nenhumas para além das que relatavam os factos.

 

Reacções à utilização de tal símbolo de Abril, nenhumas, para além das positivas da esquerda.

 

Façamos todos um exercício de retrospecção.

 

Há pouco mais de um ano atrás, um grupo de jovens, escreveu num roll-up, “Traz outro amigo também”. Esse mesmo grupo de jovens, resolveu simpaticamente, utilizar a frase num congresso da instituição que representavam.Sobre isso, disse a viúva de Zeca Afonso:

 

“A memória de José Afonso não deve e não pode ser assim desvirtuada para efeitos de propaganda”.

 

Desta vez o único mal da utilização da inofensiva frase tem apenas um problema. O grupo de jovens que a utilizou, ao contrário daqueles que cantavam aos ministros, era a Juventude Social Democrata.

 

Foi esta liberdade adquirida com o 25 de Abril, que nos permitiu estar aqui hoje, a partilhar estas ideias uns com os outros.

 

Abril, sendo património de todos, não é de ninguém. Não existe ninguém em Portugal que possaafirmar que Abril é da esquerda ou da direita, que Abril é da sociedade civi lou dos militares, porque Abril é de todos nós.

 

'Despesa do Estado desceu em 15 mil milhões' - Lobo Xavier

Miguel Nunes Silva, 05.10.12

Na minha opinião, este governo é populista e sentindo-se pressionado pela 'rua' abranda as reformas e os cortes. A esquerda é brutalmente hipócrita porque por um lado queixa-se que o governo não reduz a dívida mas por outro ataca ferozmente qualquer corte nos sectores que dominam o incorrer estrutural de dívida - o sector social do estado.

Ainda assim, cortes têm sido feitos pelo lado da despesa.

 

Aqueles que têm consciência e sentido de estado tentariam apoiar um governo de tal maneira dependente das sondagens de popularidade.

 

Os que põem partido e ideologia à frente de estado, optam por atacar o governo; isto causará apenas um aumento de pressão sobre o governo e o fim das reformas, o que levará à queda do governo mas também à deterioração das contas públicas - pois a direita não conseguirá continuar mas a esquerda nem sequer acredita em cortes...