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Este fim-de-semana decorrerá mais um Congresso do PSD. Com propostas temáticas, de alterações estatutárias e de alteração do programa, haverá muito para discutir.
E por isso, o Psico estará cá a fazer-vos um relato full-time do evento! Vemo-nos por aqui? ;)
Finalmente, o bom senso e a lucidez começam a dominar as hostes sociais-democratas. Escrevi, há cerca de um mês, que, face às circunstâncias do partido e ao momento decisivo para o seu futuro que estamos a viver, não nos podemos precipitar para a realização de novas eleições, sem que estejam garantidas as condições mínimas de unidade e estabilidade para a próxima liderança. É preciso saber que caminho o partido deve trilhar. Que projecto defende para o país. Urge que, respeitando as saudáveis divergências entre os militantes, o partido consensualize um conjunto de princípios e valores fundamentais que nos mobilizem e unam para enfrentar com convicção os desafios que nos esperam. É isto que os portugueses nos exigem. Temos de estar à altura. Só assim confiarão em nós e no projecto político que nos personalizamos.
Neste sentido, o apelo lançado hoje, no semanário SOL por Pedro Santana Lopes, reflecte que os militantes do partido, bases e os chamados "barões", sabem que acicatar ódios viscerais ou alimentar vinganças pessoais só conduzem à degradação institucional do partido mais português de Portugal. E é fatal para a democracia portuguesa - a oposição a Sócrates ficará concentrada nos extremos do sistema partidário.
Seria positivo que o candidato que prepara a sua candidatura, com máquina e operacionais no terreno, há dois anos ininterruptamente, que exigiu a Ferreira Leite a maioria absoluta e a Rangel a vitória em plena campanha eleitoral, tivesse a coragem e a decência de se pronunciar sobre a realização de um Congresso para discutir ideias. A construção do nosso futuro começa agora. Já hoje. Não podemos esperar mais. Se for necessário recolher as assinaturas para a convocação do Congresso, então, podem contar comigo. Creio que podem contar com a grande maioria dos militantes sociais-democratas.
Sei que para alguns "pseudo-novos de Benfica", um Congreso para discutir ideias e projectos é uma ideia estranha e assustadora. Que pode estragar os seus projectos pessoais. Pois, não se pode discutir aquilo que (até agora) demonstram não ter - ideias e um projecto político para o país. Mas, o futuro do PSD e de Portugal está acima de qualquer interesse ou projecto pessoal de poder.
Deixo, pois, aqui mais uma vez o apelo para que Passos Coelho responda se é ou não favorável à realização de um Congresso pelo futuro. O seu silêncio será ensurdecedor - e não se esconda no silêncio até à convocação de eleições (pois, se andou a fazer uma campanha paralela enquanto o partido se batia contra o PS, por que não fala agora? Por motivos estratégicos? Porque sabe que o seu conteúdo político é tão pouco que não aguenta tanto tempo de pré-campanha?). Veremos, pela atitude, se este" jovem" quarentão de Benfica está à altura da responsabilidade que é liderar o PSD. Por acção ou por omissão...