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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

É oficial: estamos em período autárquico

Essi Silva, 03.08.13
Há mais em Lisboa que a Baixa

Não será então de estranhar que tenha sido agora - num espaço de 4 anos de mandato - que a CML tenha decidido renovar as ruas da Baixa/Rossio. Embora as alterações tenham começado há algum tempo atrás, só agora a obra se desenvolve a todo o gás. 

É fantástico saber que para além de uma CML eficiente, também é rica. Sim, meus caros, nós teremos direito a lajes de pedra a pavimentar as ruas da baixa pombalina. 

Lisboa é uma cidade com uma dinâmica interessante, sempre com sítios "trendy" a surgir todos os dias, em especial nas zonas cliché da cidade - o que aconteceu com a renovação do Terreiro do Paço e dos respectivos estabelecimentos de restauração, ou com a "noite" do Cais do Sodré (para mim, a tentativa de afastar a noite do Bairro Alto é simplesmente ridícula).

 Mas ainda assim, a cidade parece morrer um pouco quando nos afastamos destes locais. 

Lembro-me dos restaurantes na Praça do Campo Pequeno que há uns anos dinamizavam a zona, provando que há mais em Lisboa que o Chiado, mas que por não serem "legais" foram removidas às ordens de Sá Fernandes. Aquele mesmo que foi responsável (e deveria ter sido punido adequadamente, nunca devendo representar os lisboetas em órgãos municipais)  por um desvio substancial dos custos do Túnel do Marquês, obra que se provou ser um trunfo para o tráfego rodoviário em Lisboa. 

É verdade, o período autárquico começou. E os meus apontamentos a 6 anos de mandato de António Costa também. 

Tribunais - I

Essi Silva, 05.04.13
Bem sei que estou a correr o risco de uma expulsão ou pelo menos de uma carga de pancada, mas devo admitir que foi com algum prazer que soube hoje que um Tribunal Cível de Lisboa tinha rejeitado o recurso de Fernando Seara.

Não é que desgoste particularmente deste, até acho que é um bom candidato.
Mas estou mais que cansada das brincadeiras e dos braços de ferro do PSD, em especial pelos lados de Lisboa.

É que existia o risco das candidaturas de Seara, Menezes, Costa e afins, serem impedidas pelos órgãos judiciais. E o partido fez zero, para precaver uma solução atempada do problema. Esta teimosia de interpretar a lei conforme o que dá jeito a um partido ou a outro, ia dar problema.

A lei impede que se apresentem candidaturas, após três mandatos autárquicos. Para quê tentar dar a volta à lei, com interpretações restritivas e extensivas? Só fica mal.

Mas não é só o braço de ferro com a lei que impressiona negativamente. É também a imposição de determinados candidatos devido a negociatas e caciquismos, que arriscam ainda mais levarmos uma derrota soberba ao nível autárquico.

E já agora, porque raios é que andaram a interpor recursos país fora, nomeadamente em Tavira? Que teimosia! Que gasto de recursos!

E se Seara, Menezes (o tal que segundo ouvi dizer andou a confortar os militantes com mensagens de distanciamento da situação de Seara - a lei por ventura terá uma aplicação limitada ao território de Lisboa?) e Costa não se puderem mesmo candidatar? Quem os substituirá na corrida? Haverá tempo? Ou vamos pelo método "fazer agora, pensar nas consequências depois?"

Enfim.

Enquanto o Costa e o Seguro andavam às turras, eis o que passou despercebido...

Essi Silva, 02.02.13
  Artigo de Paulo Rangel sobre a Regionalização in Público 

Entre vários argumentos, o eurodeputado justifica quais são os efeitos da austeridade e do centralismo. Aponto os principais: o facto da região Norte ser a mais pobre de Portugal; a diferenciação dos portugueses em primeira classe e segunda, o que provoca tensões sociais e desigualdades; o facto da política de assistência/caridade do Governo só se focar na esfera familiar e não nas diferenças do desenvolvimento territorial; a má distribuição da riqueza não opera só através das classes, mas também através das desigualdades territoriais; é fulcral promover justiça territorial até para demonstrar a coesão do país aos olhos das entidades internacionais que nos estão a supervisionar. 

O artigo completo pode ser lido aqui

A qualidade da RTP - Entrevista do Público a Paulo Ferreira

Se é verdade que concordo com a premissa da selectividade de conteúdo e com a melhoria da qualidade que a televisão pública presta - afinal de contas não pagamos uma televisão que custa uns trocos do dinheiro dos contribuintes. 
Preocupa-me qual será o critério de selecção da secção noticiosa. É que sou completamente a favor que nos afastemos do tipo de notícias à jornal O Crime, que os privados fazem. Mas preocupa-me que a selecção implique o percurso de subjectividade e de falta de isenção que pautou o conteúdo noticioso da televisão pública durante os anteriores governos. Mais aqui e aqui.

Enquanto Costa ladra, a CML e os Lisboetas pagam

É pequenina, mas merece o meu destaque. Dois milhões?! Sr. Presidente - quantos buracos se podiam tapar? Quantos lisboetas poderiam beneficiar do investimento deste dinheiro em acção social das freguesias? 
Pois...

Experiências da CML

Essi Silva, 15.01.13

Como a nossa Câmara Municipal em Lisboa está com um activo impressionante, decidiu-se fazer uma experiência com duas rotundas ao invés de uma, no Marquês de Pombal, e mudando sentidos na Av. da Liberdade (o que a mim já levou a 1 hora e meia a tentar estacionar na zona e chegar ao Politeama!). Felizmente o terror dos automobilistas, está quase a chegar ao fim, tendo em conta que o município decidiu recuar nas alterações que fez na Av. da Liberdade

Para quem é sócio do Automóvel Clube de Portugal, saberá que desde o início que estes se apresentam contra as alterações. O estudo que desenvolveram está disponível aqui e sugiro a sua leitura.