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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Enquanto o Costa e o Seguro andavam às turras, eis o que passou despercebido...

Essi Silva, 02.02.13
  Artigo de Paulo Rangel sobre a Regionalização in Público 

Entre vários argumentos, o eurodeputado justifica quais são os efeitos da austeridade e do centralismo. Aponto os principais: o facto da região Norte ser a mais pobre de Portugal; a diferenciação dos portugueses em primeira classe e segunda, o que provoca tensões sociais e desigualdades; o facto da política de assistência/caridade do Governo só se focar na esfera familiar e não nas diferenças do desenvolvimento territorial; a má distribuição da riqueza não opera só através das classes, mas também através das desigualdades territoriais; é fulcral promover justiça territorial até para demonstrar a coesão do país aos olhos das entidades internacionais que nos estão a supervisionar. 

O artigo completo pode ser lido aqui

A qualidade da RTP - Entrevista do Público a Paulo Ferreira

Se é verdade que concordo com a premissa da selectividade de conteúdo e com a melhoria da qualidade que a televisão pública presta - afinal de contas não pagamos uma televisão que custa uns trocos do dinheiro dos contribuintes. 
Preocupa-me qual será o critério de selecção da secção noticiosa. É que sou completamente a favor que nos afastemos do tipo de notícias à jornal O Crime, que os privados fazem. Mas preocupa-me que a selecção implique o percurso de subjectividade e de falta de isenção que pautou o conteúdo noticioso da televisão pública durante os anteriores governos. Mais aqui e aqui.

Enquanto Costa ladra, a CML e os Lisboetas pagam

É pequenina, mas merece o meu destaque. Dois milhões?! Sr. Presidente - quantos buracos se podiam tapar? Quantos lisboetas poderiam beneficiar do investimento deste dinheiro em acção social das freguesias? 
Pois...

Verdadeiros Homens do Norte face ao centralismo governativo

Hugo Carneiro, 30.12.12

 

Nos últimos meses têm vindo a agravar-se as evidências de um «centralismo» bacoco face ao Norte e ao Porto. Os exemplos são inúmeros, realçando-se a questão da APDL, do tratamento desigual dado aos terrenos do aeroposto do Porto, dos quais o Município do Porto é proprietário e não foi ainda compensado como em Lisboa, da ausência de QREN para projectos essenciais como o Bolhão - que neste caso até motivou que alguns deputados do CDS (e a custo do PSD) promovessem uma recomendação ao governo -, da Casa da Música, do desmantelamento progressivo do centro de produção da RTP no Norte, da desconsideração das propostas da Junta Metropolitana no caso da ANA, da ausência de solução para a Porto Vivo, SRU, em que o Estado continua a não cumprir a parte a que está obrigado, a quebra do acordo do IHRU com a CMP, entre outros.

 

Tem sido natural, sempre que o país vive uma aflição financeira, o centralismo passar a ser uma marca da governação. Mas este caso nasce com laivos particulares que se impõe questionar.

Ao mesmo tempo que tudo isto vai sucedendo, vemos apontamentos e preocupações de certos ministros ou secretários de Estado com alguns dos seus amigos no norte, promovendo campanhas ou projectos cujo interesse, perante todos aqueles referidos, é parco, fraco ou inexistente.

Isto leva-me a pensar, ou pelo menos a assumir esse direito de questionar, se a governação que se vai fazendo não é motivada mais por interesses partidários e eleitoralistas, do que outros de índole mais pura e ao serviço do interesse público.

 

Rui Rio, Silva Peneda, Rui Moreira e Paulo Rangel têm sido as vozes que se têm feito ouvir. A estes juntam-se outras pessoas de outros quadrantes.

Em tempo alertei uma certa "estrutura partidária" para a necessidade de olhar estes temas, em vez de promoverem outro tipo de filmes. Desconsideraram ou ignoraram e o desfile centralista foi progredindo.

 

Isto leva-me a concluir que apenas com uma sociedade civil forte e esclarecida, se os partidos não se mostrarem capazes para esse desiderato, pode de facto conseguir defender-se não só o Norte, mas todo o país "fora de Lisboa" que assiste a esta política de destruição da coesão nacional e do território.

 

Esperemos que o governo saiba ouvir e corrigir...