Brasil Vs Reino Unido
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Brasil ultrapassou França e Reino Unido e é agora a 7ª Economia mundial.
Sinal destes tempos em que os países do G7 se afundam e os emergentes emergem...
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Brasil ultrapassou França e Reino Unido e é agora a 7ª Economia mundial.
Sinal destes tempos em que os países do G7 se afundam e os emergentes emergem...
O Presidente Lula tem desiludido nos últimos tempos. Todos sabemos do seu passado de sindicalista e também podemos tolerar uma certa demagogia de guerra de classes de modo a que o "presidente do povo" possa agradar ao seu eleitorado de esquerda mas se é verdade que na economia a sua presidência não tem desiludido, na vertente política externa, parece ir de mal a pior.
Porque é que ninguém se queixa, exceptuando alguns conservadores Brasileiros? Porque o Brasil é um jogador de peso no palco internacional e o Estado Brasileiro pode-se dar ao luxo de algumas excentricidades por parte do seu líder.
A tolerância que o Brasil tem pelo Irão é um desses exemplos. O Irão patrocina o Hezbollah, grupo que é ferozmente anti-semita e que inclusivamente levou a cabo um atentado em Buenos Aires contra a embaixada Israelita e um centro cívico judaico. Nem vale a pena recordar que negociar com estados que patrocinam terrorismo é uma aposta arriscada para além de ser pouco ético.
Questão suplementar: Porque lida o Brasil com o Irão?
Depende o Brasil do petróleo Iraniano? Partilha o Brasil a cultura do Irão? Algum interesse estratégico em jogo? A resposta é não. Quando muito poder-se-ia dizer que o Brasil prefere que o Irão e a Venezuela não colaborem tão estreitamente e que por conseguinte o Brasil assegura que Teerão não dependa tanto de Caracas. Mas mesmo nesta perspectiva, é incompreensível que o Brasil tenha palavras mais duras sobre certos países ocidentais do que aquelas que tem sobre o Irão.
Será a candidatura do Brasil ao Conselho de Segurança da ONU que fará com que tente estreitar relações com todos os países e tendências ideológicas?
É difícil compreender como as relações entre o Brasil e o Irão não estejam alicerçadas no preconceito ideológico do actual governo de esquerda em Brasília.
Este preconceito foi muito claramente manifestado durante a última semana, na conferência de Copenhaga. É um preconceito de esquerda que por natureza atribui a razão àqueles que têm menos meios e menos capital, independentemente do objectivamente justo.
Na perspectiva de Lula, os países “ricos” têm a obrigação “moral” de ajudar os países “pobres”. Porque afinal, foram os países “ricos” que se desenvolveram à custa do clima. Quer isto dizer que o Brasil também vai indemnizar o resto do mundo por ter desflorestado a Amazónia? Não, porque o Brasil, apesar de desenvolvido, não é considerado “rico”…
É uma perspectiva gritantemente ignorante e arbitrária, baseada numa moral pervertida. É a apologia da moralização da história, da designação unilateral de “bons” e “maus” e da culpabilização destes últimos – muito reminiscente de W. Bush aliás.
Afinal, os países “ricos” têm muito pelo que pedir perdão e muitas dívidas para saldar. Têm que pagar pela colonização, pela escravatura, pelo genocídio dos povos nativos, e agora num contexto pós-moderno, pela poluição do mundo.
É um revisionismo barato que olvida que a escravatura já existia muito antes de a Europa se desenvolver, cujos pioneiros em África foram os Árabes e os próprios Africanos, que muitos povos nativos foram erradicados pelos “novos” e angelicais países independentes e não apenas pelas potências colonizadoras, que os Aborígenes na Austrália ou os Indonésios do Bornéu fizeram a sua quota parte da desflorestação.
Gosto muito do Brasil mas nenhum Brasileiro me dará a mim, lições de moral. Simpatizo com a causa da pobreza mas o síndroma de culpa de que o Ocidente parece padecer é demasiado arbitrário para que eu me identifique como responsável, simplesmente por existir e ser cidadão de um país Europeu.
Senhor Presidente, faça-nos a todos um favor, vá pregar para outra freguesia porque nesta não tem qualquer tipo de superioridade moral.
Sim, há lusofobia no Brasil.
Não é nada de novo para quem navega a net mas vamos tentar perceber de onde ela vem:
- Antes demais convém referir o legado cultural que deixámos de desresponsabilização.
Tal como em Portugal a culpa é da crise, no Brasil a culpa é do colonizador;
- Uma das teorias que pode pelo menos explicar o ódio irracional de muitos Brasileiros a Portugal é o seu actual regime.
O regime republicano no Brasil (tal como em Portugal), como todos os regimes, é sempre um pouco revisionista daquele que o precede. No caso brasileiro, a monarquia dos Bragança. Assim se explica por exemplo que os manuais de história brasileiros ignorem para além do essencial, o período português da história do Brasil e que por outro lado contenham barbaridades sobre Portugal nas raras ocasiões em que o referem. Assim também se explica todo o paradigma de modernidade que viu a arquitectura de tradição colonial portuguesa ser substituida por betão e minimalismo e deixar monumentos históricos ao abandono.
Talvez também daqui se explique o porquê de haver tantas correntes dentro do Brasil que defendam a separação do Português enquanto lingua oficial do Brasil...;
- Um outro é a rivalidade de legados.
No Brasil, os italo-descendentes e os germanico-descendentes fazem questão em deturpar e secundarizar os feitos dos Portugueses.
Por exemplo, as novelas falam dos grandes épicos da imigração italiana mas quando é produzida uma com o título "caminho das índias", Portugueses e história de Portugal nem vê-la.
Assim a mentalidade leva a que alguns Brasileiros culpem o ex-colonizador, a educação republicanista faz com que o preconceito perdure e a rivalidade étnica propaga o sentimento.