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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

António Costa afunda PS

Ricardo Campelo de Magalhães, 19.06.15

Poderão dizer que Tsipras tem mais culpa que Costa. Há quem diga com uma determinada razão que...

O medo que Portugal se transforme numa Grécia e de se voltar ao despesismo do passado começa a ter vantagem sobre o medo da austeridade - parece que o falhanço do projeto Syriza está a fazer moça na esquerda, a ideia que os sacrifícios que os portugueses fizeram estão a surtir efeitos positivos começa a pegar.

Poderão dizer que a responsabilidade é da solidez da coligação (a 1ª a chegar ao fim do mandato) e que a responsabilidade é da falta de erros desta - repetindo o famoso adágio "Em Portugal as eleições não se ganham, evita é que se percam".

Poderão até dizer que a responsabilidade é de todos os casos mediáticos, o de Sócrates acima de todos, que atingem a imagem do PS seja qual for o seu líder.

Mas não deixa de ser deveras curioso que, quando António Costa foi eleito precisamente com a desculpa de que António José Seguro "não descolava" nas sondagens, este veja agora a sua votação colapsar de 45 para 37, perdendo para a coligação e para o previamente quase defunto BE.

Realmente, em Portugal as eleições não se ganham, perdem-se. E o futuro do país só tem a agradecer pelo serviço prestado por António Costa e todos os seus erros e zigue-zagues!

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Imagens retiradas deste interessante post de Alexandre Luz no blog KGB.

Sobre a recolha de lixo em Lisboa

Ricardo Campelo de Magalhães, 14.09.13

Graças a António Costa, o meu prédio parece Nápoles, por Henrique Raposo:

Já não sei o que dizer sobre a recolha de lixo criada pela gestão de António Costa. Nunca vi a cidade tão suja como nestes dois anos. Nunca vi as entradas dos prédios com tão mau aspecto. Nunca senti tantos cheiros. Nunca vi tanta bicheza. Certas zonas da cidade parecem um pesadelo siciliano.  Aliás, o meu prédio começa a parecer Nápoles durante aqueles meses de greve organizada pela máfia.

António Costa e os seus génios inventaram uma recolha de lixo que ignora a própria estrutura dos prédios. Ou seja, conceberam um "Lisboeta" abstracto e desprezaram os lisboetas concretos que vivem em prédios reais e não em utopias arquitectónicas. O novo sistema implicou a retirada dos ecopontos da rua (uma estupidez) e a colocação de três contentores (normal, azul e amarelo) em cada prédio, num esquema que contempla a recolha de lixo normal apenas três vezes por semana. Sucede que boa parte dos prédios só tem espaço para um contentor, que naturalmente é destinado ao lixo orgânico. Isto forçou a população a comprar sacos amarelos e azuis destinados ao plástico e ao papel. Mas, atenção, o problema não está nessa despesa adicional. A questão irritante é outra: o que fazer com os sacos quando ficam cheios? É que só podemos colocar os sacos amarelos na rua às segundas e sextas, e os azuis às quartas. Resultado? Temos de empilhar sacos de lixo em casa ou nas escadas do prédio. Eu, por exemplo, tenho um acordo com a minha vizinha do lado para ocuparmos o espaço entre as nossas duas portas com os sacos azuis e amarelos que têm de esperar o seu dia. Em casa já não cabe mais nada. Chegam a estar seis e sete sacos à espera. É a minha Nápoles, ali entre o 4.º esquerdo e o 4.º direito.

Sabem o que é pior? O pesadelo não acaba aqui. Como só há um contentor, o lixo orgânico também começa a desenhar pirâmides nas paredes. Como é óbvio, um único contentor não suporta o lixo normal de 10 famílias. Para mal dos meus pecados, o Dr. Costa não conhece o potencial bélico de um saco de fraldas usadas depois de 48 horas ao sol. E agora multipliquem esta imagem com outros ingredientes. Imaginem o cheiro e o aspecto da entrada do vosso prédio depois de dois dias de calor a bombardear um contendor cheio de restos de peixe ou melão. Sim, estou um bocadinho farto de viver na minha pequena e intransmissível Nápoles.

Enquanto o Costa e o Seguro andavam às turras, eis o que passou despercebido...

Essi Silva, 02.02.13
  Artigo de Paulo Rangel sobre a Regionalização in Público 

Entre vários argumentos, o eurodeputado justifica quais são os efeitos da austeridade e do centralismo. Aponto os principais: o facto da região Norte ser a mais pobre de Portugal; a diferenciação dos portugueses em primeira classe e segunda, o que provoca tensões sociais e desigualdades; o facto da política de assistência/caridade do Governo só se focar na esfera familiar e não nas diferenças do desenvolvimento territorial; a má distribuição da riqueza não opera só através das classes, mas também através das desigualdades territoriais; é fulcral promover justiça territorial até para demonstrar a coesão do país aos olhos das entidades internacionais que nos estão a supervisionar. 

O artigo completo pode ser lido aqui

A qualidade da RTP - Entrevista do Público a Paulo Ferreira

Se é verdade que concordo com a premissa da selectividade de conteúdo e com a melhoria da qualidade que a televisão pública presta - afinal de contas não pagamos uma televisão que custa uns trocos do dinheiro dos contribuintes. 
Preocupa-me qual será o critério de selecção da secção noticiosa. É que sou completamente a favor que nos afastemos do tipo de notícias à jornal O Crime, que os privados fazem. Mas preocupa-me que a selecção implique o percurso de subjectividade e de falta de isenção que pautou o conteúdo noticioso da televisão pública durante os anteriores governos. Mais aqui e aqui.

Enquanto Costa ladra, a CML e os Lisboetas pagam

É pequenina, mas merece o meu destaque. Dois milhões?! Sr. Presidente - quantos buracos se podiam tapar? Quantos lisboetas poderiam beneficiar do investimento deste dinheiro em acção social das freguesias? 
Pois...

O Populismo Atroz de António Costa

Ricardo Campelo de Magalhães, 11.12.12

Excelente artigo de André Abrantes Amaral n'O Insurgente:

 

Preparando-se as eleições que se aproximam, António Costa prometeu reduzir para 2,5% o IRS retido pela autarquia de Lisboa. A redução de impostos é, não apenas excelente e necessária, mas também justa. Um verdadeiro estado de direito implica apenas a cobrança dos impostos absolutamente necessários para a prossecução das suas funções minimamente indispensáveis.

Infelizmente, a redução dos impostos não é acompanhada de uma redução da despesa da autarquia. Não existem menos serviços, menos regulamentação, nem menos burocracia. Qualquer pessoa que tenha contactado profissionalmente com a Câmara de Lisboa sabe que é um monstro a evitar e com que se lida apenas quando é obrigatório.

A redução de impostos no próximo ano em Lisboa reflecte um populismo atroz: continuar a gastar, mas cobrar menos para ganhar votos. Depois, mais tarde, logo se vê. No fundo, continuar a agir como sempre se fez. Como se nada se tivesse passado entretanto e 2012 não tivesse existido. A prova comprovada que quem governa o estado, tanto a nível central, como local, não aprende com os erros, porque raramente paga por eles. Veja-se que pode ser tão fácil baixar impostos que até o CDS e o PSD apresentaram propostas mais audazes. Estamos perante um problema que afecta não apenas António Costa e o PS, mas toda a classe política. De um extremo ao outro do panorama político.

 

O Senhor que se Segue

Miguel Nunes Silva, 26.10.10

Em 2005, quando o governo Sócrates chegou ao poder, eu previ que não teria segundo mandato. Ignorante em relação à astuta manipulação dos media de que JS era capaz, subestimei as suas hipóteses, as hipóteses de um líder que eu na altura via como destituído de carisma, pouco eloquente e demasiado apparatchik para algum dia poder exercer grande apelo nas massas.

 

Enganei-me: tal como os Portugueses aderem a qualquer vulgar e estupidificante programa de TV desde que devidamente publicitado, também o fazem com o governo. Mas a chico-esperteza do Ministro júnior de Guterres não deverá ser suficiente para chegar ao fim do seu segundo mandato.

 

Quem é nesse caso o senhor que se segue?

 

TEIXEIRA DOS SANTOS - Na hipótese de vermos uma demissão do governo, o actual Ministro das Finanças seria uma boa escolha para um governo de gestão. Trágica que baste a sua lealdade às prerrogativas políticas de Sócrates, Teixeira dos Santos é ainda assim respeitado pelo espectro político e mais que nenhum acólito socrático, penosamente ciente dos desafios financeiros nacionais que pela sua inconveniência foram ignorados pelos governos Sócrates até agora.

 

ANTÓNIO COSTA - Delfim da liderança socialista Sócrates, o actual Presidente da Câmara de Lisboa tem vindo a ser preparado para liderar o PS. Mas Costa é um trunfo que o PS não quererá porventura gastar em caso de queda do governo. Pessoalmente penso que Costa simboliza toda a direcção do PS que foi conivente no desgoverno populista que Sócrates causou ao país. Tal como personalidades como Maria de Belém ou Ana Gomes, Costa fez questão de escudar o PM no seu falso álibi de culpar os problemas nacionais na crise internacional, o que o torna muito pouco recomendável para liderar o país.

 

MANUEL MARIA CARRILHO - Carrilho pode ter ou não sido expulso do seu cargo de embaixador na UNESCO mas a verdade é que a sua recente proeminência mediática deixa antever futuros 'voos'. É bem possível que Carrilho seja autorizado pela über-centralizada-e-infectada-por-group-think direcção PS, a avançar para a liderança para aguentar o duro período de oposição que se avizinha. Um sacrifício conveniente para dar tempo à caminhada triunfal de um peso politico socialista mais pesado.

 

ANTÓNIO JOSÉ SEGURO - Menos provável mas ainda assim um possível. O mal de António José Seguro é estar alinhado com Manuel Alegre e encabeçar a massa crítica de Alegristas que até agora não pôde ser esvaziada, uma vez que não houve possibilidade de os encaminhar nem para cargos na Europa, nem para a Presidência, nem tão pouco para o poder autárquico.

Seguro simbolizaria uma liderança de esquerda no PS e não conseguiria muito facilmente competir pelo centro.

 

Claro que todos estes nomes são hipóteses num universo sem José Sócrates. Resta então saber que trilho político Sócrates tenciona escolher. Tenderá ele a aguardar nas sombras por uma oportunidade de regresso como Paulo Portas? Resignar-se-á ele a uma saída definitiva da política saindo para uma grande empresa ou organismo internacional (com considerável desprestígio para Portugal tendo em conta as suas pobres faculdades linguísticas)?...

António Costa - Tretómetro

Miguel Nunes Silva, 06.11.09

 

Não percebo como ninguém se insurge contra o facciosismo do António Costa na Quadratura. É gritante! Não só se recusa a criticar o PS como ainda por cima tenta fazer passar a ideia de que os outros é que são parciais. A atitude de A.C. é inqualificável!

O pior é que nunca ninguém confronta António Costa com o facto de defender o PS incondicionalmente e de fazer propaganda no programa!

 

  • Treta nº 1 = "o PSD não apresenta alternativas" -  António Costa
  1. O PSD critica o irrealismo do programa, logo quer algo concretizável. A alternativa é o governo falar na dívida externa e não a agravar mais !

 

  • Treta nº 2 = "O Pacheco Pereira foi enlamear o debate na Assembleia da República" - António Costa
  1. Pacheco Pereira apenas chamou à responsabilidade os dirigentes políticos que nomearam para cargos públicos e com base na confiança política, aqueles outros que são agora acusados e suspeitos... Então mas um político não é suposto responsabilizar-se pelas nomeações que faz?! Essa agora....

 

  • Treta nº 3 = "O Pacheco Pereira não quer combater a corrupção" - António Costa
  1. Pois não, por isso é que escreve sobre corrupção há décadas e condena recorrentemente tais práticas no próprio partido. Bestial que diametralmente, António Costa NEGUE que haja corrupção no PS...

 

  • Treta nº 4 = "PachecoPereira tem dois pesos e duas medidas" - António Costa
  1. Antes de mais, isto vindo da personalidade que tem a cara a servir de ilustração à definição de hipocrisia no dicionário... ; Depois, deve ser por isso que grande parte do PSD odeia Pacheco Pereira... ; Finalmente, António Costa, a última crítica que se lhe viu fazer ao PS, foi o reconhecimento do Kosovo ............................... sim, eu ainda me lembro..

 

  • Treta nº 5 = "PachecoPereira disse que o BPN era uma tentativa do PS atacar o PSD" - António Costa
  1. JPP critica sim, o facto de o PS não ter também responsabilizado o Banco de Portugal, e de PSs apelarem à demissão de Dias Loureiro mas não de Lopes da Mota.

 

  • Treta nº 6 = "Foi sob governos PS que foram criados instrumentos contra a corrupção" - António Costa
  1. http://bit.ly/1LJ2Sg  Mas foi o PSD que decidiu privatizar companhias estatais que eram autênticos feudos de boys partidários...

Amigos para sempre...

jfd, 05.01.09

 04.01.2009 - 16h59 Lusa

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, vai coordenar a moção de José Sócrates ao próximo congresso do PS, liderando uma equipa que se define como "força de unidade" na "esquerda democrática" e "preparada para governar".

Segundo fonte da direcção do PS, a moção de estratégia do secretário-geral socialista, José Sócrates, para o próximo congresso do partido - que se realizará entre 27 de Fevereiro e 01 de Março, em Espinho -, integra onze elementos.

Fazem parte da equipa de redacção da moção de José Sócrates cinco dirigentes que em 2004 apoiaram a candidatura de Manuel Alegre à liderança do PS: o líder parlamentar, Alberto Martins; o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva; o secretário de Estado da Presidência, Jorge Lacão; e os deputados socialistas Osvaldo Castro e Vera Jardim.

Nos onze elementos estão também dois dos nomes do chamado "núcleo duro" da direcção socialista liderada por Ferro Rodrigues entre 2002 e 2004: o actual ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, e o ex-dirigente Pedro Adão e Silva.

Na equipa que redigirá a segunda moção de recandidatura de Sócrates à liderança do PS estão igualmente dois dos dirigentes de maior confiança do grupo político de José Sócrates: o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira (considerado o seu braço direito no Governo); e a eurodeputada socialista Edite Estrela. Como novidade na equipa da moção de Sócrates surge ainda o nome da sindicalista (e especialista em questões europeias) Helena André.(...)
 
Será que este vai ser um dos assunto a discutir logo de noite naquela que é a primeira entrevista do ano do Primeiro Ministro?

 

Será na SIC pelas 21h. Conduzida pelo José Gomes Ferreira e pelo Ricardo Costa.
Estarei nas aulas, é uma pena. Vou ter de ver em diferido.
Mas estou ansioso por saber, primeiro, se o 1º confirma a notícia da LUSA no Público, e 2º como se vão comportar os Jornalistas. Ambos com uma grande tarefa pela frente. Têm de representar toda a angústia do Povo em forma de questões de jeito e não deixar o PM fugir hábil e arrogantemente como sempre...