Os zigue-zagues de António Costa sobre as taxas turísticas
Sobre tudo o que mexe debaixo do sol, o lema dos socialistas é muito simples:
Se mexe, taxe-se.
Se continuar, regule-se.
Se parar, subsidie-se.
Com todos os sectores económicos maduros já controlados pelo estado, o sector do turismo e o seu rejuvenescimento recente (possível pelo relaxamento regulatório pelo Secretário de Estado liberal do governo, Adolfo Mesquita Nunes), o previsível é muito simples: antes de regular os "enxames" de "tuk-tuks" e as demais perturbações do tradicional status quo, há que maximizar a taxação sobre o sector para equilibrar um orçamento desequilibrado pelas promessas de dinheiro fácil a "artistas" amigos e demais sangue-sugas dependentes dos cofres da CML.
A primeira parte do plano era portanto lançar uma taxa sobre o sectores hoteleiro e dos transportes. Para isso, procurou em 2013 lançar uma taxa com o apoio do sector (ou seja, dos seus infiltrados neste). Tendo falhado o intuito, teve que recuar enfim. Este ano, a tentação de aplicar as regras de uma economia vampírica voltaram, redobradas pelo ano recorde vivido em Portuga em geral e em Lisboa em particular pelo fervescente sector. Pode Portas avisar, a AHRESP apelar, e o vice de Costa até falar nas dificuldades práticas, o certo é que o orçamento necessita deste enorme aumento de impostos. E ou há uma coligação de forças ainda mais forte que a do ano passado, ou então a história repetir-se-á.