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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Governo, Troika, PS

Diogo Agostinho, 25.07.11

 

Actualmente vivemos um tempo de mudança. Há uns meses atrás, vivíamos num estado esquizofrénico com um Primeiro-Ministro casmurro a não querer pedir ajuda externa. Contra tudo e contra todos Sócrates queria defender Portugal. Tinha a aura de vencedor em eleições e o PSD vivia entre a vontade de chegar ao poder e da oposição responsável.

 

Hoje, temos um novo Governo, com um novo Primeiro-Ministro, um memorando para cumprir e um novo líder do Partido Socialista. As linhas daqui para a frente não têm rigorosamente nada a ver com o cenário de há um ano atrás.

 

Passos Coelho venceu Sócrates, muito por culpa do cansaço natural das pessoas na figura de Sócrates, mas também por mérito próprio. Era uma "cara nova" para muitos e a ideia pesou em dar a oportunidade a outro de fazer melhor. Estamos pois, passado um mês, da tomada de posse do novo governo, em plena época de estado de graça, com um mês de Agosto pela frente. Este é claramente um tempo de estudar dossiers de agilizar a estrutura e de fazer o trabalho de casa. As pessoas não vão pensar muito sobre o que o Governo irá fazer. Mas, Setembro será o mês das grandes medidas. Não irá bastar um corte nas viagens em executiva, a proibição de usar o veículo do Estado em horário de descanso ou a permissão de não usar gravata, apesar de serem medidas simbólicas e obviamente do simbolismo vir a força de dar o exemplo.

 

Setembro é pois o mês de avançar com um caderno legislativo de grande pendor reformista e também de apresentar as contas aos senhores que nos emprestaram dinheiro. É o mês para o Governo! Em que irá demonstrar ao que veio. Se esse mês não arrancar com força, será acusado, como já a oposição faz ainda que timidamente de não ter feito o trabalho de casa antes de entrar em funções.

 

Por outro lado, o PS foi a eleições e apesar de não ter sido notícia de relevo no País, tem um líder "obrigado" a cumprir a assinatura que o Partido deu à troika. Mas de António José Seguro pouco ou nada se sabe, tirando referências redondas, do seu discurso e da sua linha orientadora tudo está em aberto. O que demonstra que ideias escasseiam, mas que permite estar livre para agarrar a espuma do dia a dia.

 

Tempos curiosos os que aí vêm...

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