Foi na CASA – Centro Avançado de Sexualidades e Afectos – que encontrei uma curiosa petição a favor da criação de um Dia Nacional da Felicidade. Imediatamente recordei as palavras de Raul Solnado “Façam o favor de ser Felizes”. E logo surge a questão: será que em Portugal já vivemos numa sociedade de tal forma aberta que permita a que qualquer pessoa possa viver em plenitude e assumir os seus afectos e a sua sexualidade sem sofrer qualquer discriminação, sem tabus, nem estereótipos? Não me parece que já tenhamos atingido esse patamar e por isso é de louvar o trabalho de Associações como a “CASA” que tentam colmatar as lacunas que se sentem nesse âmbito. Trata-se de uma evolução que implica uma mudança na mentalidade das pessoas, que não se pode fazer nem por decreto, nem com um comprimido milagroso. Eventualmente as gerações mais jovens, devido a uma maior mobilidade e a um acesso mais fácil e directo a outras realidades e culturas, possuam uma outra abertura e mais sensibilidade relativamente a estas questões.