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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Hoje: eleições na Turquia

Catarina Rocha Ferreira, 12.06.11

 

A primeira curiosidade é pela primeira vez nas eleições turcas estarem a ser utilizadas urnas transparentes como método de prevenção de qualquer alegação de fraude.

 

Outra curiosidade é que dos quinze partidos a participar nas eleições só elegem deputados os que obtiverem pelo menos 10% dos votos. Significa isto, que se a mesma regra vigorasse em Portugal o BE e o PCP estariam de fora.

 

Tudo indica que o AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento), partido conservador e de origem islâmica moderado, irá ganhar por esmagadora maioria, com a reeleição do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

 

A grande expectactiva prende-se com a dimensão dessa vitória - se o AKP conseguir eleger 367 deputados (2/3 ou mais dos assentos parlamentares) terá maioria absoluta e poderá implementar uma nova Constituição sem necessidade de referendo. A actual Constituição turca é de 1982, foi concebida após o golpe militar de 1980 e sofre de um cariz fortemente militar, que se pretende retirar. 

 

Apesar de ter sido pouco comentado ultimamente, a Turquia ainda mantém cerca de 57 jornalistas presos e ocupa o 138º lugar no ranking da liberdade de imprensa dos Reporters without Borders.

 

Uma nova Constituição é um passo importante, as questões que se levantam são se a Lei Fundamental não teria mais a ganhar se fosse o resultado de diálogo e de negociações.

 

Aguardemos os resultados!

7 comentários

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    Miguel Nunes Silva 13.06.2011

    "mas tu sabes que as ações das instituições, do poder sobre os indívidos costumam ser as mesmas, independentemente das diferenças culturais"

    Aí está o teu erro original: As instituições são o que os individuos delas fazem, e os individuos são naturalmente vítimas dos preconceitos culturais das respectivas culturas aonde cresceram.

    Para não ir mais longe: a noção de "Estado" é substancialmente diferente mesmo dentro da Europa, quanto mais entre a Europa e a Ásia.
    Todos sabemos como é fraca a sociedade civil nos países mediterrânicos em comparação com os nórdicos. Para não falar em noções de individualismo, etc.

    Se tu tivesses razão, então os países Africanos teriam progredido espectacularmente depois das suas sociedades terem ganho controlo sobre o aparelho Estado. No entanto, em muitos casos verifica-se o oposto.

    A sociedade Turca é mais dada ao autoritarismo por motivos culturais.
    Os países mediterrânicos no geral também são mais dados ao centralismo governativo que o norte da Europa - Itália é uma excepção, por outros motivos.

    Mas o que está no cerne da questão é tudo isto se passa inconscientemente. Os imperativos culturais são imanentes assim como despercebidos. Nunca o sistema Turco foi uma escolha consciente dos seus cidadãos.
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    jfd 13.06.2011

    Aí está o teu erro original
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    Miguel Nunes Silva 13.06.2011

    E este comentário foi para quê?

    Será que tu algum dia conseguirás ter uma discussão racional, sem provocações e interjeições estéreis?...


    "Temos especialista"

    -------------

    Jorge, se não tens nada de construtivo a contribuir, ficavas melhor calado.

    Já reparaste a quantidade de vezes que o único fruto das tuas intervenções é intrometeres-te e atrasar os debates das pessoas normais que têm alguma coisa de importante a dizer?
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    jfd 13.06.2011

    os debates das pessoas normais que têm alguma coisa de importante a dizer?

    Haja alguém que me divirta neste feriado... Nem que seja um pomposo asshole!
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    Miguel Nunes Silva 13.06.2011

    Insulta à vontade, eu sei que a verdade dói..
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    jfd 13.06.2011

    rotfl
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