I wish I knew how it would feel to be free
I wish i could say all the things that i should say
Say 'em loud say 'em clear
For the whole wide world to hear
Nota: quero esclarecer aos meus leitores que sou bastante pró Israel e pró judeus. Não há aqui qualquer tipo de anti-semitismo porque sou uma fascinada pelo povo, cultura e religião destes, o que me leva a nutrir um grande carinho e respeito pelos mesmos.
Vivemos numa sociedade democrática, cujos princípios se baseiam em conceitos como o da liberdade de escolha, de expressão, de religião. Vivemos numa sociedade de liberdade, ainda que esta tenha como limites a liberdade dos outros.
O estilista John Galliano foi despedido pela casa Dior, na sequência da divulgação de um vídeo (aqui) em que o mesmo diz amar Adolf Hitler.
Outro vídeo (publicado pelo The Sun) mostra Galliano novamente visivelmente embriegado a insultar cidadãos italianos e a declarar que se estes fossem vivos na altura do Holocausto seriam todos gaseados.
Tendo este a cidadania britânica, acho que é uma falta de inteligência e de formação quiçá, admitir a admiração de uma figura que tanto contribuiu para a morte do povo que lhe deu guarda (lembrem-se que Galliano é filho de uma espanhola e de um gibraltino).
E é claro que este tipo de declarações é condenável pela tragédia que o Holocausto, o sangue que mancha as mãos de Hitler, representa.
Porém, será que é justificável que as opiniões políticas, religiosas, sociais, de um trabalhador, fora de serviço, justifica o seu despedimento?
É claro que a Dior representa pessoas por todo o mundo, até tendo um contrato com a actriz Natalie Portman, judia, que já veio condenar as declarações. Mas e se Galliano fizesse uma ode a Estaline? O seu caso teria o mesmo desfecho?
(Não confundir as declarações de um trabalhador em serviço e fora de serviço)