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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

3ª via.

nunodc, 28.01.11

Mais de oito mil alunos do ensino superior estão em risco de desistir dos seus estudos por falta de bolsas, devido às novas regras de atribuição das mesmas. Assim, muitos perderam bolsas do Estado e outros ainda não receberam porque o processo está atrasado.

 

Se deveriam ou não ter perdido o acesso às bolsas, não sei. Se o pagamento a quem deve está atrasado, tal é lamentável.


A grande questão, para mim, é: e trabalhar, ninguém pondera? Quantos de nós têm/tiveram que trabalhar, ao mesmo tempo que estudamos, para sobreviver?
Se é árduo? Sem dúvida. Se seria desejável? Talvez não. Mas, e depois?

 

Se não têm bolsa, que trabalhem. Não só ajuda a formar carácter como, e acima de tudo, é uma lição de humildade.

2 comentários

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    nunodc 28.01.2011

    Ricardo,

    Compreendo as tuas palavras mas, assim como não conhecia a tua história, não conhecerás também a minha. Posso também dizer-te que, entre as muitas coisas que fiz na vida, andei nas obras, lavei pratos, limpei chãos, distribui panfletos, montei e desmontei palcos, entre outros. Sei, por isso, qual o valor do trabalho.

    Posso também dizer-te que, nos meus 27 anos de vida, só não estudei 1 ano. De momento, para além de estudar, tenho 2 empregos, passo recibos verdes, e há já muito que não dependo dos meus pais, felizmente nem para um momento de necessidade. Vivo num apartamento partilhado com +2 pessoas, onde nem sala tenho, nem tv, nem o que seja. Consegui, com muito custo, comprar uma moto, algo que há muito ambicionava, mas nem te digo as vezes que estive quase a vendê-la, devido a alguns imprevistos.
    Se é complicado? Sem dúvida. Se é por vezes angustiante? Obviamente. Se esperava estar ainda neste patamar com esta idade? Claro que não. Mas é assim a vida.

    Li a tua história, e só te posso congratular. Apesar das dificuldades, não baixaste os braços e foste à luta. Caso tivesses baixado os braços, este post seria também contra ti.
    Eu não tenho nada contra as bolsas, bem pelo contrário. Quem não tem grande possibilidades, que as tenha. Tenho algo é contra a atitude de resignação dos jovens de hoje. O encontrar emprego é complicado para todos, bem o sei. Mas, honestamente, quantos amigos temos nós que estariam dispostos a trabalhar em algo menos digno?

    Que as bolsas existam, e em número adequado. Elas devem é atingir quem realmente necessita, não aqueles que as recebem e vão de carro novo para a faculdade.

    Em último caso, há empréstimos bancários a juro quase 0, que foi também uma hipótese que ponderei durante muito tempo.

    A solução está sempre lá. O que é necessário é querer encontrá-la, não ficar de braços cruzados a dizer que está tudo mal. A minha indignação é por isso. Toda a gente fala dos coitadinhos, mas ninguém pondera sequer trabalhar. E, de tipos que nunca fizeram nem querem fazer nada na vida, não tenho pena nenhuma.
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