Da campanha

Esta campanha está a ser uma campanha que me agrada muito. Para muitos é uma campanha negra e desprovida de interesse. Eu assim não penso. Precisamos de campanhas acesas e com polémica. Que façam falar e das quais se fala. Só assim podem os portugueses separar finalmente o trigo do joio e só assim os políticos se dão realmente a conhecer. A campanha tem de falar dos temas? Do país? Do que esta na ordem do dia?
Claro que sim.
Mas também tem de discutir e fazer ver o carácter de cada um dos candidatos. É precisa transparência. No final haverá um vencedor e derrotados. Mais ainda saberemos quem perdeu e como perdeu, quem ganhou e como ganhou. Está-se assim lentamente a trilhar o caminho da selecção natural; neste caso pelo voto do povo. O povo é estúpido digo eu. Pois é.
Mas através de campanhas duras, secas, com paixão e totalmente elucidativas do que é realmente uma batalha política poderemos quiçá fazer esse povo começar a pensar um pouco e acordar para a vida. Só assim as verdadeiras cores dos candidatos vêem ao de cima e o povo lá se deslumbra ou se desencanta com factos e factoides ao invés de se embalar no transe das campanhas do catch-all-parties.
Caberá a cada director de campanha e a cada candidato fazer por dominar a espuma dos dias.
Ás claras. Sem vergonha de ir à guerra e sem qualquer tipo de complacência.