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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Mais um ano, mais do mesmo...

PsicoConvidado, 14.09.10

 

 

Por todo o país chegou o momento em que milhares de crianças colocam a mochila às costas e rumam para mais um ano lectivo que lhes bate à porta.

 

É o chamado “reentre” escolar, com direito a comunicados do Governo e dos Governados nas televisões e nas páginas dos jornais deste nosso Portugal.

 

Em época de balanços, a balança parece deficientemente calibrada. Nem que seja pelas contradições entre os vários intervenientes desta saga, continuada ao longo dos vários anos de reformas estruturais, de atrasos nas colocações dos docentes, de fecho de escolas e boicote às mesmas, de falta de tanto que nos dá conta de como este nosso Portugal não está preparado para arrancar mais um ano.

 

A manchete do dia, no que toca à educação é que os alunos do secundário integrados no Escalão A da Acção Social Escolar, são realmente uns afortunados ao receber mais cinquenta cêntimos de comparticipação na compra de livros escolares, segundo um despacho do Ministério da Educação.

 

Mas esta é apenas uma, das incontáveis, pontas soltas que o sistema educativo patenteia. Para enumerar cada uma delas, faria uma lista tão enfadonha que se nem os responsáveis pela educação deste nosso Portugal, ousam equacionar, quanto mais os queridos leitores psicolaranjas, que como eu, esperam que quem tem o poder saiba fazer uso dele.

 

Mas o que mais me atormenta o deitar da cabeça no almanaque, é saber que pela estatística vale tudo! Não fossem as Novas Oportunidades, não fosse a leviandade com que se trata uma das etapas primordiais no processo de socialização.

 

É que eu não sou do tempo em que se edificaram as teorias em que se diz que a Educação é o pilar basilar de uma sociedade esclarecida, consciente dos seus direitos e deveres de liberdade, igualdade e fraternidade, como força motriz de uma colectividade saudável. Em última instância chegaríamos ao sonho de Kant, que nos ensina como se educa para a Paz Perpétua, mas isso ficará para uma outra oportunidade, para um outro aglomerado de palavras que não este.

 

Contudo, e infelizmente, eu também sou do tempo, em que a Ministra da Educação se senta na RTP, e afirma confiante, sorridente – como se estivesse a vender um produto para fazer crescer o cabelo – que estão asseguradas todas, repito, TODAS, as condições para iniciar um ano lectivo sem controvérsias.

 

Ora, nem preciso justiçar porque está tão enganada, basta olhar para quem nos rodeia e tirar as devidas ilações.

 

É caso para dizer que a Ministra da Educação está claramente “PsicoEnganada”.

 

PsicoConvidada Sofia Manso

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