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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Há pois é!

Guilherme Diaz-Bérrio, 30.08.10

 

Pelas bandas do 4R - Quarta República, pode ler-se o seguinte:

 

"As empresas públicas adstritas à Direcção-Geral do Tesouro apresentavam, com referência a 2009, um endividamento de 25 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB. Durante o ano, a dívida cresceu 13%.
(...)
E porque não geram meios para reembolsar a dívida, terá que ser o Estado a proceder ao pagamento. O que significa que à dívida pública directa do Estado, no fim do ano, terá que se somar mais cerca de 17%, porque as empresas continuaram a endividar-se em 2010. A dívida pública aproximar-se-á dos 110% do PIB. Sem os compromissos com as PPP e outros relevantes.Preparem-se pois para aumentos brutais das tarifas de transporte. Quem vos avisa..."

Mais engraçado que o aumento (previsível) das tarifas dos transportes é uma pequena conta que se faz no fundo do "proverbial envelope":

 

Nos EUA, por cada 1 por cento de defice o spread das obrigações do tesouro sobe quase 0,3 por cento. Relembre-se que isto é o país com a moeda de reserva, logo não terá problemas com as obrigações no futuro previsível. E relembre-se que ainda não passaram os 100 por cento de dívida pública.

 

Agora juntemos 110% do PIB em Divida Pública, mais 100+% de dívida externa, mais défices públicos de 9 por cento (esperem pelo Orçamento Rectificativo!), mais 10% de défice externo anual, mais o "risco Portugal" (também conhecido como o risco "podem dizer o que vos apetecer, vocês já não são fiáveis e já venderam os anéis!"), mais umas quantas obras de arte contabilistas (aumentos de capital da CGD, anyone?) e, o futuro é tudo menos... erm... Rosas!

 

Food for thought!

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