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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Speak Victorian, Think Pagan

Miguel Nunes Silva, 31.05.10

Os media, a opinião pública, as chancelarias diplomáticas por todo o mundo, todos estão já pavloviamente condicionados para o que se seguirá: o ultraje...

Porque foram muitas as vítimas, porque a força foi utilizada "desproporcionalmente", etc

 

Vamos pôr as coisas em pratos limpos:

 

- O comboio de navios propôs-se levar a cabo uma acção ilegal

- Se quisessem verdadeiramente levar ajuda a Gaza, tinham-no feito por via terrestre aonde teriam menos problemas

- Israel avisou os navios várias vezes antes de intervir

- A abordagem aos navios decorreu pacificamente à excepção da do Marmara aonde os activistas "pacifistas" estavam armados

 

A verdade é que Israel manda mais cimento para Gaza numa semana que a quantidade angariada pelos activistas em 4 meses.

A frota foi claramente uma acção propagandística e provocatória.

Israel não quis o confronto e tentou evitá-lo. Israel tem todo o direito a exercer a sua soberania no seu território e nas suas águas territoriais.

 

Este era o resultado previsto há uma semana quando os navios zarparam e Israel não agiu de surpresa ou com má-fé.

Os "activistas" partiram para Gaza com um objectivo político e se havia intenções humanitárias, essas eram secundárias.

 

Tal como ninguém culpa governos pela morte de jornalistas quando estes se arriscam em zonas de guerra, tão pouco Israel deveria ser hostilizado pelas mortes que se deram.

 

 

 

O título deste post é uma frase de Robert D. Kaplan num contexto diferente, no entanto ela aplica-se bem aqui: diplomaticamente todos os governos e ONGs culparão Israel pois o bloco islâmico - os seus mercados e o seu petróleo - pesa mais que o pequeno Israel mas todos sabemos que ninguém fará nada contra Israel pois ainda que politicamente incorrecto, ninguém acredita que a acção foi verdadeiramente ultrajante.

 

No que toca à Palestina, as acções falam mais alto que as palavras...

5 comentários

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    Essi Silva 01.06.2010

    A) A Turquia tem um sistema completamente diferente de lidar com as coisas
    B) A Turquia faz terrorismo ao estilo árabe. Não é de confiança e sabe deus o que faria na UE.
    C) Haveria uma ruptura total da essência que fundou a UE
    D) Profundas diferenças sociais
    E) Eles ainda acreditam que é normal matar adolescentes que já não eram castas antes de se casarem com o noivo que a família escolheu para elas, ou melhor, para o noivo a quem a família as vendeu. Achas que numa União política, económica e judiciária faz sentido?
  • Não devias ter fechado a porta à Turquia. Não devias ter andado a prometer algo.

    Devias ter feito algo tão simples como: cumpram, e entram.

    Não foi isso que a UE fez. França acabou com as negociações sem ceder, porque sabia que a Turquia tem mais população que ela, logo mais votos. E Sarkozy aproveitou-se do "sentimento anti-arabe" da população francesa para ser eleito.

    Agora, temos um problema enorme na região:
    O segundo maior exercito da NATO está a angariar credenciais pró-arabes e com uma política externa pró-Irão.
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    Essi Silva 01.06.2010

    Pronto. Nisso estamos plenamente de acordo. Não querem, não prometam. Os Turcos cumpriram os requisitos mínimos.
  • Vês como entendes o meu ponto? (e eu sei que concordas ;))

    Já tavam preparados? não. Mas estavam a fazer progressos. Alguns lentos. Verdade. Mas o governo turco e os militares usavam a cenoura UE para empurrar reformas no sistema legal.

    O uso da Sharia é um deles. Agora não há Cenoura. Logo eles próprios, por sobrevivência de Estado, mudaram de política externa. É terrorismo? Não sei se é, ou se não é mais que a constatação dum facto: Os europeus andam a prometer mas não nos vão dar nada, mesmo que consigamos as reformas... precisamos de outro desígnio para manter o país unido e minimamente laico e impedir que os votos derivem para os partidos islamizantes extremistas...

    Dai as credenciais mais tolerantes para com o Irão (ok, não são pró-Irão...nem podiam fazer essa volta de 180º).
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