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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Quantidade ou qualidade.

nunodc, 27.05.10

 

A possibilidade de alterações na Assembleia da República continua a dar que falar. A petição continua a circular.


Passos Coelhos veio ontem afirmar que a AR deve perceber "que precisa de rever o seu orçamento para não aparecer aos olhos dos cidadãos como o mais gastador quando todo o país está a fazer um sacrifício adicional para gastar menos e pagar mais impostos", devendo o Governo abandonar também a ideia de projectos públicos que continuem a "pressionar os orçamentos futuros". Apesar de PPC não ter sido claro sobre uma redução no nº de deputados, Mota Amaral veio dizer que o PSD estará de acordo com tal.


Louçã diz que o PS reduzir o número de deputados no Parlamento para se “ver livre da opinião dos portugueses”, tendo em conta que tal poderia afectar os pequenos partidos de uma forma mais visível.

 

Francisco Assis veio hoje afirmar que este não é o momento para discutir redução de deputados, pois não é um assunto prioritário (alguma vez seria?). "É errado do ponto de vista dos princípios". O problema não será sequer o número de deputados, mas sim a "qualidade da representação política" (mas eles não estão relacionados? Se os deputados fossem menos, então não teriam, forçosamente, que lá estar os melhores?). Termina depois com algo brilhante: os problemas a serem colocados devem ser outros, como saber "se o modelo que temos é ou não o mais adequado", devendo nós questionar por isso o próprio sistema eleitoral (Portanto: não vamos questionar os deputados, mas sim a forma como são eleitos.....?!?).

 

As críticas de Louçã serão infundadas. OK que um deputado custará mais em termos de votos, mas os mais pequenos continuarão a eleger deputados e a ter as mesmas condições para tal. Para mim, a questão é bastante simples. O mais provável é nem sentirmos qualquer diferença, no nosso dia a dia. Mas saberiamos que estariamos a viver em contenção, que estariamos a fazer o possível para reduzir os custos. Se cada deputado custa cerca de 60.000€/mês, entre vencimentos e encargos directos/indirectos, o facto de termos menos 50 resultaria numa poupança de 3 milhões €/mês, 36 milhões €/ano. Seria um bom começo.

 

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