O Futuro do PSD já está em marcha
O movimento criado por quinze distritais do PSD reúniu-se esta segunda-feira com o presidente da mesa do congresso, Rui Machete, para defender que as eleições directas para a liderança do partido devem ser realizadas até ao final de Março.
No final do encontro de várias horas, ficou assente que o calendário interno dos sociais-democratas deve incluir no mês de Março o congresso extraordinário e as directas. Carlos Carreiras, líder da distrital do PSD/Lisboa, assinalou ao CM que foram cumpridos os objectivos do pedido de reunião.
Se o conselho nacional ratificar um congresso extraordinário e directas em Março, isto significa que quem pretende avançar na corrida à liderança contra Passos Coelho terá de o fazer rapidamente. A hipótese das directas se realizarem a 26 de Março obriga, por exemplo, que um candidato tenha de entregar vinte dias a sua candidatura. Assim, o congresso extraordinário pode ficar marcado pela escolha de um novo líder.
O eurodeputado Paulo Rangel, que já disse que deverá marcar presença no Conselho Nacional de dia 12, tem sido pressionado a avançar, mas também tem transmitido que não deverá ir a votos. O tabu só será desfeito no final da semana.
Já o líder parlamentar, José Pedro Aguiar-Branco, apontado como provável candidato, poderá também clarificar se avança ou não. E há quem garanta que já tem mandatário de candidatura. Se assim for, é altamente improvável que Rangel se renda aos novos apelos que tem recebido, uma vez que, ambos disputam o mesmo espaço no PSD.
No puzzle de hipóteses surge a versão de uma terceira via, de quem não se revê em Passos Coelho ou Aguiar-Branco. Neste quadro, o nome de Marcelo Rebelo de Sousa volta a ser falado, ainda que o próprio tenha dito vezes sem conta que só arriscava ir a votos numa lógica de unidade.
in CM (negrito autoria jfd)