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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

AVISO À NAVEGAÇÃO

João Lemos Esteves, 09.09.09

 

                     

Sejamos claros: o PSD encontra-se numa posição favorável para vencer as próximas eleições.Sócrates e o PS são o rosto, o símbolo de uma política que nunca teve um rumo, mas apenas medidas casuísticas. Uma política marcada pela promoção sem limites e sem vergonha da conflitualidade social. Mais: uma política de conflitualidade social sem resultados, completamente inútil. Volvidos quatro anos, o país, salvo algumas medidas em áreas muito específicas, está igual ou pior. Sócrates vai entrar no léxico político português como sinónimo de oportunidade perdida e desilusão total. E, se com maioria absoluta e um Presidente cooperante foi o desastre que foi, imaginem o que será Sócrates a governar com maioria relativa e um presidente que terá de gerir a situação política com muito cautela...Aposto que, no mínimo, será uma verdadeira tragédia grega!

Sente-se na rua, nas escolas, que os portugueses querem mudar - mas precisam de encontrar uma alternativa credível.Não querem mudar por mudar. Ora, eis o grande desafio do PSD: não se limitar a ser o partido da alternãncia, mas sim o  partido da alternativa.

 

Passo a passo, lentamente, os portugueses começam a acreditar no projecto social-democrata. Estamos no bom caminho. Porém, atenção: a máquina socialista está oleada e Sócrates ainda goza de algum capital político. As responsabilidades do PSD são grandes: a campanha terá que ser definida até ao mais ínfimo pormenor. Não há lugar para gaffes, deslizes ou acidentes de percurso - porque, senão, a campanha do PS vai aproveitá-los à exaustão, criando factos políticos que produzem o resultado objectivo de desviar as atenções do essencial e valorizar o acessório. Numa frase: as imprudências do PSD(e, sobretudo, de alguns militantes do PSD) servirão para alimentar o jogo do PS.

 

Nas Europeias, vimos autênticas infantilidades políticas de alguns militantes do partido - infantilidade, essa, que já foi repetida nesta pré-campanha. Passa pela cabeça de alguém que o PSD, nas actuais circunstâncias, peça a maioria absoluta? Se nem o PS, que governou quatro anos em maioria absoluta com circunstâncias favoráveis, já esqueceu o assunto, porquê manuela Ferreira Leite colocar como fasquia eleitoral a maioria absoluta? Para mim, é uma ideia lunática, que faz parte de uma estratégia pessoal de um militante social-democrata(talentoso e com mérito) que pretende tirar  a actual líder a todo o custo, mesmo que tenha que cair   no ridículo duas vezes, exigindo maioria absoluta.

 

Hoje, num momento tão importante para o futuro do país, há que abdicar das (legítimas) estratégias pessoais de cada um em prol do interesse do PSD - e, consequentemente, do país. Um partido político reúne milhares de cidadãos com ambições e visões do mundo não totalmente coincidentes, mas que partilham um objectivo e um projecto comum para Portugal.  Nós somos uma mera coligação de interesses pessoais. E aquilo que nos une é muito mais forte do que aquilo que nos separa. Convém recordar este facto neste tempo agitado de pré-campanha eleitoral...

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