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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

E O COELHO VAI SAIR DA TOCA?

João Lemos Esteves, 04.08.09

                                                        

Passos Coelho prometeu muito. Renovação, energia, novo dinamismo. Prometeu a renovação da classe política, uma nova perspectiva para Portugal. Uma nova forma de estar na política. Eu, que manifestei o meu apoio nas últimas directas  a Pedro Passos Coelho, sinto-me desiludido com o seu percurso (e atitude) desde então. 

 

A sua intervenção na campanha para as europeias foi lamentável - um político sensato e avisado para dizer o que disse a Paulo Rangel, abstinha-se de surgir. Ironia do destino, a sua acção teve efeito ricochete e o principal afectado foi (pasme-se) o próprio arauto dos tempos modernos da política portuguesa, não o D.Sebastião, não o Lucky Lucke- mas sim Pedro Pasos Coelho, o homem do "futuro" que é "agora".

 

Quem ouviu falar ultimamente do seu tão badalado movimento "Construir ideias", que iria elaborar um programa alternativo, de marcação construtiva ao Partido Socialista? Ninguém.

Ou melhor, rectifico: o jovem mais passos-coelhista que o próprio Passos Coelho, Pedro Marques Lopes (aquele do Eixo do MaL, conhecem? Sim, esse mesmo, que refere constantemente que é independente, imparcial e só expressa aquilo que pensa, sem qualquer afinidade com forças ou figuras políticas...dito isto, a sua identidade é clara para todos - é inconfundível) deve achar que PPC é a salvação do país nestes tumultuosos momentos, que este sim - ao contrário de Manuela Ferreira Leite - tem um programa de Governo consistente e conhecido por todos. Conhecemos mesmo? Julgo que sim.. Privatização da Caixa Geral de depósitos num tempo de crise financeiro e quando se fala de regulação por parte dos estados...liberalização de (não me recordo)...mais privatização de (qualquer coisa - ele próprio não sabe bem)...mais privatização de...de...de....enfim, como podem ver, um programa muito credível e consistente. Extremamente conhecido e que me ficou na memória...

 

Curioso é notar que, caso Ferreira Leite perca as próximas legislativas por uma margem mínima e Passos Coelho ataque a liderança e seja bem-sucedido (Deus nos livre!), o cenário de governação está traçado: Bloco Central (Sócrates primeiro-ministro e Passos Coelho vice- Primeiro Ministro). Passos Coelho não terá qualquer problema ou objecção de consciência em formar o Bloco Central- oseu projecto político não espelha a alma do PSD, é um projecto que não é laranjinha, como me recordava ilustre Pofessor de Direito noutro dia. Não deixa, aliás, de ser curioso que um dos seus apoiantes mais fervorosos colaborou com o Governo Socialista na reforma do Código do Trabalho... Tubo de ensaio para futuros entendimentos?

Seja como for, Pedro Marques Lopes achará sempre uma solução clarificadora e o remédio para todos os males de Portugal a saída da toca de Passos Coelho. Ou até aí dirá que é imparcial e apartidário?

 

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