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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

ENTRE O ORGULHO E A VERGONHA

João Lemos Esteves, 01.08.09

                                                

 

Adoro e tenho orgulho de ser português. Mesmo reconhecendo os muitos erros e defeitos do país, a mentalidade (por vezes) demasiado derrotista, pessimista, propensa para chorar as suas muitas mágoas por esse mar salgado que nos rodeia. Nunca me senti diminuído ou embaraçado por ter nascido e viver neste maravilhoso país que se chama Portugal. No entanto, se, no dia 27 de Setembro, os portugueses elegerem um senhor chamado José Sócrates Pinto de Sousa, será a primeira vez que me sentirei envergonhado da situação política do país. Não pelo país, não pela opinião maioritária dos portugueses que respeito(embora discorde profundamente) - mas pelo perfil do sr. Sócrates, que é exactamente o oposto do que Portugal precisa. 

 

O nosso país precisa de ser governado de forma séria, credível. Precisa de se liderado por uma pessoa cuja probidade está acima de qualquer suspeita, cuja competência técnica é reconhecida e ponha sempre o interesse de Portugal acima dos interesses pessoais (partidários e empresariais). Como poderá Sócrates ser nosso Primeiro-Ministro após ceder perante a Associação Nacional de Farmácias em poucas horas (e uma alteração na lei dos concursos para concessão da gestão das farmácias hospitalares que ninguém sabe explicar e que favorecia uma determinada empresa)  ou celebrar contrato com a Liscount para o terminal de alcântara  que o Tribunal de Contas (presidido pelo insuspeitíssimo Guilherme d' Oliveira Martins) considera altamente lesivo dos interesses do Estado?

 

O Primeiro-Ministro de Portugal terá que ser uma pessoa que não tenha uma mensagem estereotipada, standardizada, confeccionada ao pormenor pelos spin doctors, pelos assessores de imprensa que enchem os gabinetes ministeriais. Terá que proclamar acima de tudo, a verdade - valor fundamental em democracia e que hoje (acentuando a crise de valores e os efeitos negativos do chamado progressismo social, que relativiza tudo, até a família) - contra a política de plástico, da propaganda, do novo populismo tecnológico, enfim, da política" à la magalhães ". Poderá ser Sócrates nosso Primeiro- Ministro depois de todas as promessas que não cumpriu e ter o topete de dizer que o maior erro foi não ter investido mais na cultura? Poderá Sócrates ser primeiro-Ministro depois de ter concluído uma licenciatura farinha amparo, por mail? Como é que uma pessoa que não é exigente consigo própria, poderá exigir dos seus concidadãos? 

 

Conclusão: Sócrates não tem perfil para Primeiro-Ministro de Portugal. Já está mais que visto - é hora de terminar com este ciclo penoso. Será um desastre se o PS vencer as legislativas. Mais: será uma vergonha nacional se Sócrates continuar a ser Primeiro-Ministro por mais quatro anos! 

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