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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

So what?

João Marques, 15.04.09

Sócrates veio arrogar-se como supra-partidário, condição sui generis para um primeiro-ministro que é, ao mesmo tempo, secretário-geral do PS. E porquê? Porque, diz ele, foi o único (não sabemos se ele se o partido) que escolheu um candidato independente para as europeias.

 

Vital Moreira?! Independente?!

 

Faz-nos pensar, em primeiro lugar, sobre o que é isso de ser independente. Eu não sou sócio do Benfica, embora torça por ele todos os fins-de-semana, serei independente?

 

E ainda que fosse (ele, não eu), o que é que isso diria sobre a sua candidatura e sobre o partido que a patrocina? Que desistiram do ideário socialista, que não mais acreditam na valia do partido e dos seus membros? Esta mania pela "independência" (mas o que é isso afinal?!) pode custar muito caro em democracia. Os partidos não são meros grupos fechados que vivem à margem da sociedade. Eles representam conjuntos de ideias e interesses (não há que ter medo de o dizer) que agregam grupos de cidadãos, que não são nem mais nem menos dignos que os ditos "independentes". A liberdade do espírito crítico não fica afectada pela militância, nem a independência significa liberdade suprema. Basta lembrar Dante e aquele seu escrito do lugar mais quente do inferno estar guardado para os que se mantêm neutros...

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