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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Santa Paciência...

Tiago Sousa Dias, 26.02.09

O assunto do aborto volta à baila; fez-se doutrina na ... metodologia da doutrina.

 

Quem não se lembra do argumento que era melhor permitir o aborto porque não era por se proibir que se deixava de fazer?

 

Era um argumento sui generis que agora aparece sob nova forma: o Senhor Procurador Geral da República, Homem respeitável e mente brilhante, veio dizer que uma vez que o segredo de justiça estava a ser violado, a única forma de evitar que tal violação continuasse seria... contar tudo; dar todas as informações sobre o processo. Teria a vantagem acrescida de evitar especulações...

 

Não há palavras... Todos sabemos que isso é assim e é só assim que pode ser. A lei preverá excepções para o caso Freeport ou para o Eng. José Sócrates que o mundo jurídico desconheça?

 

Aliás acho mesmo que há aqui um vírus do conhecimento a afectar todos os intervenitentes. Fala-se em cartas anónimas na denúncia e foi um e-mail perfeitamente identificado; Cândida Almeida diz que sabe onde está o filho do irmão do pai de Sócrates, mas que não diz onde ele está porque assim ele fugiria... Quão mais paradoxal consegue o MP ser neste caso?

 

Mas o pior é mesmo o facto de o segredo de justiça que Pinto Monteiro se queixa de estar a ser violado foi mesmo vioado por Cândida Almeida e ele próprio parece encher a boca de ar com vontade de falar e pondo a mão à frente. Que tal arrumar primeiro a casa e depois queixar-se dos outros? Que tal um processo disciplinar a Cândida Almeida por ter violado flagrantemente o segredo de justiça numa entrevista vergonhosa? E serão assim tantas pessoas com o processo nas mãos para não se saber quem "bufou"? É o crime do qual mais culpados saem impunes em Portugal: violação do segredo de justiça. Não me lembro de uma condenação. Não conheço um processo; e acreditem que se houvesse um único e estivesse na fase de Inquérito saberíamos todos que ele existe.

 

Paradoxo por paradoxo que tal o Estado tirar o dinheiro todo dos Bancos e dá-lo a todos nós para se evitar que os bancos sejam assaltados diminuíndo assim a criminalidade?

 

Ou como já se fez constar... não permitir os chumbos nas escolas para aumentar a taxa de sucesso escolar?

 

O bom senso não deveria ser on-demand...

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