Novas medidas...

Diogo Agostinho, 29.01.09

Esta semana recebi um e-mail da JSD. Referia-se a um novo programa de voluntários e estágios remunerados.

Em tempos de crise aparece esta ideia. O que dizer desta iniciativa? Faz sentido um estágio remunerado numa juventude partidária?

13 comentários

José Baptista 29.01.2009

Meu Caro Diogo,

parece-me que deste ênfase ao ponto menos importante de todo o programa, inovador, lançado pela CPN . É uma actividade importante, nunca antes posta em prática. Honra seja feita ao Pedro e ao António.

Se queres tocar no ponto referente às remunerações, transcrevo o parágrafo que regula legalmente a situação, para que não se pense que se está a mandar areia para a cara de quem nos lê:

PROGRAMA DE VOLUNTARIADO E
ESTÁGIOS POLÍTICOS
III
b) Estagiários
(Terceiro Parágrafo)
"Este Programa envolverá a contratação de 2 a 4 Estagiários, que serão todos remunerados. O montante da remuneração mensal dependerá do número exacto de Estagiários admitidos, mas não deverá ser superior ao valor do salário mínimo nacional. "

Sinceramente não vejo mal nenhum na questão citada. Há despesas, inerentes ao cargo, que devem ser financiadas, transportes, alimentação...afinal alguém vai estar a trabalhar um "X" número de horas para fazer um trabalho que dignifique a estrutura e os jovens. Parece-me que finalmente há um ímpeto para se dar dignidade ao trabalho político, feito por jovens.

Sinceramente , desculpa-me Diogo, mas acho que a questão que colocas é desfasada da realidade.

Quanto à minha opinião sobre o programa de estágios irei colocá-la em breve no meu blog, em jusnaturalista.blogs.sapo.pt

Um abraço
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Tété 29.01.2009

Diogo,

Também recebi esse mail, mas ao consultar o regulamento (http://www.jsd.pt/voluntariado/) entendi de outra forma.

"Este Programa envolverá a selecção de um grupo de entre 20 e 30 Voluntários, que não serão remunerados." Para mim, que trabalho em Recrutamento e Selecção a expressão seleccionados na frase "envolverá a selecção de um grupo entre 20 a 30" quer dizer que de entre todos os candidatos serão seleccionados 20 a 30 e estes não serão remunerados.

"Este Programa envolverá a contratação de 2 a 4 Estagiários, que serão todos remunerados. O montante da remuneração mensal dependerá do número exacto de Estagiários admitidos, mas não deverá ser superior ao valor do salário mínimo nacional." Agora desta frase entendo que haverá 2 a 4 privilegiados (no bom sentido) que serão remunerados.
Não me choca que haja estágios remunerados mesmo que dentro de uma J, e atendendo o valor muito menos, até porque vão Trabalhar mesmo.
Num estágio profissional muitas vezes, infelizmente, não passam de “escravos” e recebem o dobro.
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José Baptista 29.01.2009

Caríssimos,

Diogo,
joguinho de palavras, não pega nem vale! Malandreco! (Queres que cante o Verde Rubro ou o Menino não sei q para ficares contente?hehe)
Quando me refiro a que estás desfazado da realidade, faço-o na base da ideia que tens subjacente a este tipo de trabalho, ao esforço que exige e à ideia central dos estágios referidos. Lê bem o regulamento e retira da lei o seu espírito!

Xana,
eu se estivesse a trabalhar a tempo inteiro ou parcial, na sede nacional, com obrigações de horário e cumprimento de trabalho pré-estabelecido, por muito boa vontade que tivesse, teria sempre despesas a meu cargo e não estaria por vezes em alguns compromissos para estar naquela actividade. Não será suficientemente meritório, numa época em que falamos em estágios de borla ou mal pagos? Não é que nestes se receba alguma fortuna! Não estamos a falar de cargos em autarquias nem de assessorias em Câmaras Municipais, mas sim da realização de trabalho político, exigente, para apoiar o trabalho diário da estrutura!
Não vejo onde está o tacho. Lamento.

Bjs e abraços
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Bruno Ribeiro 30.01.2009

Sem ter lido mais do regulamento do que o que aqui foi transcrito, diria que há duas formas de ver esta questão e que é principalmente isso que ditará a conclusão a que se chega. As duas formas são: com boa vontade ou com má vontade.

Se olharmos para a coisa com boa vontade, diremos que é uma forma inovadora de por uma juventude partidária a trabalhar em que se tentará ir buscar pessoas que possam ser uma mais-valia e que passarão por um processo de selecção que será garantia de que os ecolhidos serão os melhores.

Se olharmos para isto com má vontade, diremos forçosamente que é uma palhaçada, que é gastar muito dinheiro e que só vai servir para dar tachos aos amigos...

Isto suscita-me várias questões. A mim que sou conhecido por ser um tipo com boa vontade e que, como já disse o meu amigo Colaço, ando sempre com o "voto de confiança" no bolso pronto para o dar a alguém.

Será que avançar com um processo destes é fomentar o tacho? Parace-me que não uma vez que haverá um processo de selecção e os seus responsáveis terão de justificar quem contrataram e porquê.

Será que é deitar dinheiro fora? Parece-me que não uma vez que a ideia parece ser contratar pessoas que justifiquem o que recebem e que não vão receber assim tanto o que significa que também haverá amor à camisola.

Será que é uma medida inovadora e que pode trazer valor acrescentado à Jota e ao PSD? Parece-me que poderá, se for bem gerida, com responsabilidade e sem "amiguismos".

Será que o processo vai ser bem gerido? Compete aos actuais dirigentes nacionais da JSD provarem que são capazes!
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Anónimo 30.01.2009

Meus caros

Concordo com o Bruno. Vamos esperar para ver. Parece-me inteligente a ideia de chegar por esta via dentro das universidades. Há muitas boas desculpas para entar dentro do espaço de uma faculdade, como normalmente a propaganda é proibida...terão assim os jovens portugueses cartazes da JSD no seu espaço de convivio.

De certo muitos militantes irão ser seleccionados e aí pelo meio aparecerão tb alguns não militantes e simpatizantes q poderão ajudar a fazer crescer a nossa estrutura.

A JS, a JSD Madeira não tem funcionários fixos, cada Comissão Política depois de eleita escolhe as pessoas p trabalhar a tempo inteiro. É assim uma oportunidade de jovens quadros dedicarem mais do seu tempo à JSD, participarem nas decisões e propostas diárias. Agora só espero q não se lembrem de contratar por contratar e depois "nickles".

Deixo o desafio...veremos o que farão e se daí virá alguma mais valia. Aguardar cenas dos próximos capítulos !
Ricardo, JSd Fafe
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Luís 30.01.2009

O Bruno escamoteia o essencial e passa ao lado das verdadeiras críticas que a proposta merece. A primeira é de forma: é escrita num português sofrível o que não ajuda à inteligibilidade da proposta.
Mas passando ao que verdadeiramente interessa, esta proposta não acarreta necessariamente que a JSD passe a trabalhar mais e, antes pelo contrário, envolve o risco de passar a trabalhar menos.
Porquê? Porque os militantes rapidamente perceberão que a sua militância é subalternizada e o seu esforço menorizado por quem prefere "pescar noutras águas". Querem atestado maior de menoridade que esta confissão de que a JSD tal qual a temos não chega? A verdade é que os tais critérios de selecção de que falam, como todos os que envolvem juízos subjectivos são passíveis de crítica. E estes não ficarão isentos à mesma. Muito pelo contrário.
Valor acrescentado à jota traz a abertura dos seus centros de decisão a quem está na base da sua estrutura, responsabilizá-los e torná-los parte inteira do seu processo decisório.
O que porá a JSD a trabalhar será o reconhecimento que há estruturas que trabalham mais que outras e estimular a concorrência saudável entre todas através, por que não, de prémios ou de concursos a que todos, repito, todos possam concorrer.
É-me relativamente indiferente o carácter remunerado dos estágios. Não me parece que um tacho pago a salário mínimo seja mais do que um pequeno tupperware... O que me confunde é essa desconfiança perante aquilo que temos e a forma pouco hábil como se escancara, por um lado, a nossa fragilidade e, por outro, a falta de confiança no modo normal de conduzir a militância.
Com isto não se entenda que mais gente não faz falta. Faz, com toda a certeza. O que não se pode fazer é dizer aos que estão que, subitamente, passaram a valer menos.
Não se trata de boa ou má vontade. Trata-se de lucidez e sentido institucional
Nem é relevante como corram, na prática, os estágios. O princípio é que está em causa. E o princípio é muito mau.
Talvez valha a pena pensar antes de simplificar o que não é simples. Talvez valha a pena escrever bem para pensar melhor. Talvez valha a pena ajudar a nossa JSD a crescer em vez de lhe enxertarmos focos de instabilidade e de desconfiança.
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Ricardo JSD Fafe 31.01.2009

Que comentário mais palerma caro Luís !!!

As estruturas têm de ser mais profissionais, estar disponíveis a tempo inteiro e preparados para dar resposta à agenda mediática, preparar o trabalho de casa..fazer política a sério !

Os militantes são o que de melhor tem a JSD e é com ele que a JSD continuará a contar. Acredito que os escolhidos sejam militantes d J !!! Espero que o bom senso impere !
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