Por várias razões: quantidade de militantes, qualidade da acção política, relevância no seio do PSD e por melhorar, efectivamente, a vida dos jovens sempre que os seus militantes ocupam lugares públicos.

 

Mas ser a melhor é diferente de ser a que funciona melhor, coisa que depende das melhorias que os anos aconselham introduzir.

 

Assim, os signatários, apresentam algumas ideias para debate num futuro processo de revisão estatutária.

 

Defendemos a extinção do direito ao voto de todas as inerências, deixando estas também de contar para o quórum de funcionamento.

Só os membros eleitos para um determinado órgão devem nele poder votar. O Governo vota na Assembleia da República?

 

Ninguém pode ser presidente de um órgão por mais de 3 mandatos consecutivos.

Em democracia, a perpetuação é sempre suspeita.

Haja fé na capacidade dos militantes e nunca teremos fome de líderes.

 

Defendemos a impossibilidade de acumulação em órgãos executivos de diferentes níveis na JSD, por via de eleição.

A JSD tem imensos quadros, todos eles aptos para assumir funções. A incompatibilidade impede a acumulação de funções e permite que a riqueza humana da JSD não fique subaproveitada.

Conscientes das realidades muito díspares na JSD, e inteirados das dificuldades de militância com que muitas secções se deparam, propomos que a revisão estatutária contemple um regime de excepção que não tolha a sua vida.

 

A verificação de faltas deve ser feita no momento das votações.

Em conselhos nacionais, distritais e outros plenários, muitas vezes a sala começa a esvaziar. Na altura das votações já se perdeu o quórum. As reuniões não são eventos sociais em que apenas se aparece ao início para se ser visto. É preciso participar nos trabalhos de fio a pavio.

 

Defendemos que se reduza o número de faltas (não justificadas) que podem ser dadas em órgãos de tipo assembleia pelos seus membros eleitos: duas, seguidas ou interpoladas.

As funções existem para ser exercidas. Se não for pelo seu titular, que seja porque quem o substitua.

 

Deve debater-se sobre as Jurisdições de Primeira Instância.

A ideia é muito boa no papel mas a aplicação prática não a favorece.

Repense-se.

 

O maior poder das Mesas (locais, distritais e nacional) é o de convocação. O irónico é que este poder é muitas vezes usado na negativa. Ou seja, a Mesa deve convocar um plenário, ou eleições, e não o faz. Por inércia ou estratégia, impunemente, impede que uma Secção seja eleita, provoca a perda de mandato de uma Comissão Política, não convoca uma moção de censura, etc.

Sugerimos:

a) prazos claros para actos de convocação e similares

b) transferência de competências pela Mesa superior em caso de não prática do acto, findo o prazo

Porque não deve haver órgãos com poderes supremos.

 

Muitos propõem a liberdade de filiação numa secção mesmo sem qualquer vínculo (natal, profissional, residencial ou escolar).

Pelo contrário, nós defendemos que deve continuar a existir obrigatoriedade de vínculo.

É o melhor obstáculo à militância de conveniência ou de favor.

Propomos que, feita a inscrição numa secção, o militante deve poder manter-se sempre nessa secção, ainda que se desfaça o vínculo inicial. (mudança de residência, de emprego, fim de curso, etc)

Porque há laços que se criam (de trabalho, de ligação com a terra, de amizade) que a mera alteração do vínculo não deveria poder ceifar.

 

Defendemos a extinção da figura do militante honorário.

Se no final da nossa militância não formos todos honorários, então foi inglória a nossa passagem pela JSD. Além do mais, em alguns dos “honorários” não se vislumbra ponta de “honorabilidade”.

 

O actual modelo de Congresso favorece a discussão temática, diminuindo o tempo de antena para puro combate interno.

Propomos que os candidatos a líderes da JSD devam apresentar uma Moção de Estratégia Política e submeter moções em todos os grupos temáticos definidos no Regulamento.

Os textos finais dos vários grupos de trabalho guiarão as politicas a defender pela CPN eleita.

 

Fenómenos como a Internet, Universidade de Verão e outros mecanismos de criação de laços permitem que os militantes travem conhecimento com companheiros de outros pontos do País e queiram fazer política nesses grupos.

A área da secção é obsoleta e a política nesse formato desmotiva muita gente.

Defendemos secções temáticas com os seguintes princípios:

- Liberdade de criação

- Liberdade temática

- Liberdade de funcionamento

- Não representatividade nos órgãos da JSD

- Não vinculação orgânica nem financeira à JSD

 

“Um Homem, um voto” parece-nos a base de qualquer democracia.

Envolver toda a JSD no processo da sua principal votação é valorizar a militância, vitalizar o debate e fortalecer a liderança.

 

Uma proposta dos membros do blog Psicolaranja:

Bruno Ribeiro, Carlos Carvalho, Diogo Agostinho, Elisabete Oliveira, Elsa Picão, Inês Rocheta Cassiano, João Marques, Jorge Fonseca Dias, José Pedro Salgado, Luís Nogueira, Margarida Balseiro Lopes, Paulo Colaço, Tânia Martins e Tiago Sousa Dias.