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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Porque não?

Tiago Sousa Dias, 30.09.08

 

A crise dos mercados financeiros está aí. Há mais de um ano que olhamos para lá do Atlântico com medo dos efeitos de um Tsunami financeiro. Sabiamos que a onda vinha aí, só agora a vemos e estaremos prontos a enfrenta-la?

 

Ora, pensei numa pequena ideia que com a vossa ajuda perceberei se poderia ajudar ou não.

 

O consumidor utilizador de cartão de crédito ou débito deveria ser o responsável pelo pagamento das taxas de utilização dos cartões.

 

Sei! Parece uma medida má que só aumenta os custos na carteira dos clientes e os mais prejudicados seria a classe média... errado.

 

O volume de negócios pago com cartão de crédito ou débito é gigantesco. Por exemplo na restauração, se fizermos uma jantarada com uns amigos e a conta for de € 200, cerca de € 5 do valor que o cliente paga servem para pagar taxa de utilização do cartão de crédito. Em principio pensa-se: "Se essa taxa fosse paga pelo cliente, este pagaria € 205 e não € 200. Seria € 5 mais cara e quem ficaria a ganhar era o Restaurante que recebia os € 200 em vez de € 195."

Nada mais errado. É que em bom rigor os prestadores deste serviço já têm os preços adequados ao pagamento da taxa para o que der e vier. Ora, actualmente o que sucede é que uma jantarada destas poderia custar € 195 e só custa € 200 por reflexo da taxa no preço sendo que tanto paga € 200 quem paga com cartão como quem paga em dinheiro.

Caso o imputável pelo pagamento da taxa fosse o cliente, certo é que este seria muito mais zeloso no pagamento das suas compras e evitaria a utilização de cartão que lhe encareceria o preço.

 

Ora, além desta vantagem imediata que evita a escalada dos preços em função deste efeito reflexo, não tenho dúvidas que a utilização de crédito associado aos cartões, tanto mais que a estes está muitas vezes associada aquela maravilhosa campanha "Nós pagamos até 10% das suas despesas da casa" (e nas letras tamanho 8 dizendo que apenas até ao limite de € 150/mês  e desde que gaste pelo menos 300€ a crédito com uma taxa de juro de 25%),decairia como por consequência diminuiria os encargos da familia com os juros de créditos, o que é dizer, contribuir-se-ía para a diminuição dos níveis de endividamento das familias.

 

Repito, quem sentiria mais esta diferença seria a classe média... pela positiva.

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