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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Um lamento

Paulo Colaço, 29.09.08

« A colónia portuguesa estabelecida no Japão reduz-se hoje a dois funcionários (um ministro e um cônsul) e a algumas dezenas de macaenses e descendentes de macaenses, ocupando geralmente modestas posições em firmas estrangeiras. […]

Quanto a relações mercantis entre Portugal e o Japão, não passam elas ainda de meras tentativas, indolentemente mantidas e de êxito duvidoso. […]
Fomos um meteoro social. O que acontece é que, desinteressados do Japão, como de todo o Oriente, e acalmada a febre aventureira que nos criou lugar proeminente na vida mundial, pouco ou nada nos importa agora […] »
 
Este texto, “Os vestígios da passagem dos Portugueses pelo Japão”, foi escrito em 1925 por Venceslau de Moraes.
 
Quase um século depois destas linhas, elas mantêm-se actuais. Como eram actuais em pleno século XVII. É que, para nós, casos como o do Japão não são isolados: a Índia é outro caso de má relação e esquecimento.
 
Nem parece que temos uma história conjunta de trocas (conhecimentos, produtos e genes).
 
Portugal é mau gestor. Gerimos mal o ouro do Brasil, as especiarias do Oriente, as relações com África e, mal dos males, gerimos mal a Língua.
 
No dia em que o Brasil ratifica o Acordo Ortográfico, deixo aqui o meu lamento.

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