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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

3 verdades sobre a Austeridade

Ricardo Campelo de Magalhães, 28.10.13

O Povo e os Sábios, por João César das Neves no DN:

Um dos grandes mistérios da situação portuguesa é que inúmeros dirigentes e intelectuais antecipam e incitam à revolta e ao tumulto social enquanto o País permanece sereno e ordeiro. Ambos os factos são estranhos. Como os analistas mostram razões ponderosas, o povo deve saber algo que eles ignoram. Três aspectos saltam à vista.

Primeiro, ao longo de duas décadas, especialistas e organizações avisaram que Portugal seguia uma trajectória insustentável que iria acabar mal. Banco de Portugal, OCDE, Comissão europeia, FMI e muitos cientistas anunciavam crescentemente a tempestade iminente. Ninguém podia dizer a data, a sequência ou os contornos, mas a linha geral era irredutível. Por isso soam a oco as acusações que se dirigem aos governantes actuais. Eles são a comissão liquidatária dos erros dos antecessores. Espanta que entre os críticos mais activos estejam alguns desses.

Embebedado 20 anos pelo dinheiro fácil do Tratado de Maastrich, Portugal chegou à borda do abismo e precisa de inverter hábitos recentes para cortar despesas e repor o equilíbrio. Isto todos entendem. A falácia básica de inúmeros comentadores, dos cafés à televisão é: "Quem viveu acima das posses foram ricos e poderosos, por que razão devo eu suportar os custos do esbanjamento alheio?" Felizmente, o povo, que não esqueceu como vivia antes e como a vida mudou com a dívida, entende a mentira por detrás da queixa.

Dinheiro fácil não foi só de ricosNão havia senão endinheirados entre os utentes dos inúmeros serviços públicos com défice operacional, dos transportes e saneamento à saúde e educação? Seriam os múltiplos centros comerciais, onde prosperavam lojas inacreditáveis, apenas frequentados por abastados? Eram só poderosos a encher os inúmeros restaurantes, pastelarias e cafés que substituíam os antigos farnéis? Os pavilhões polidesportivos, auto-estradas, casas da cultura, parques industriais e tantas infra-estruturas novinhas, que brotaram por todo o lado, só se destinavam às elites?

Apesar das atoardas dos sábios, os portugueses entendem bem o longo delírio colectivo, onde todos obtivemos ganhos excelentes, pagos com dívida externa que agora temos de liquidar. O processo é difícil porque, depois de as termos, essas exigências ficam indispensáveis e inalienáveis. Mas vivemos felizes sem elas durante gerações.

É verdade que também houve erros e crimes, que devem ser punidos, e nem sempre são. Muitas vergonhas, como o BPN, continuam isentas. Também agora, neste difícil ajustamento, ocorrem novos lapsos e abusos. Mas é importante entender que tudo isso não chega para explicar um problema deste tamanho, só atingível com a participação de todo o País. Dizê-lo gera sempre a acusação injusta de desculpar os corruptos e incompetentes que nos meteram no buraco. Mas isso é tolice. Não se deseja aliviar culpados mas promover a indispensável solidariedade social no sofrimento. Não só porque realmente todos aproveitámos da longa festa, mas também porque a raiva é sempre má conselheira.

A terceira coisa que a população entende bem e tantos sábios teimam em ocultar é que revolta e repúdio da troika e dívida aumentariam a austeridade, não a reduziriam. É preciso equilibrar as contas e os milhões da ajuda permitem aliviar e adiar esses cortes que, mesmo assim, são pesadíssimos. Seriam bem piores sem apoio. Além disso, a única hipótese de o País voltar ao normal é reganhar a credibilidade e a honestidade de bom pagador.

Nem as alternativas míticas de crescimento que tantos inventam nem a revolta que levianamente insistem em antecipar resolveriam a questão. A escolha actual é entre um caminho duro e exigente, com aperto e mudança de vida, para voltarmos ao desafogo, ou o estatuto de pária internacional, aparentemente aliviado da dívida, mas deixando de ser país respeitável. Além de continuar a apertar o cinto porque, afinal, até esquecendo os juros, o Estado ainda gasta mais do que tem.

É espantoso que o povo entenda isto suportando serenamente os cortes. Mas ainda mais do que os sábios, não.

O 'falhanço' da austeridade...

Miguel Nunes Silva, 21.10.13

Parece que as agências de notação que faziam parte da conspiração financeira internacional contra Portugal estão a mudar de táctica. Deve ser para tentar salvar o governo de direita... nada a ver com o que foi feito pelo governo até agora...

 

A Morgan Stanley's ainda avisa para o risco político de Portugal; trocado por miúdos, o Tribunal Constitucional defendendo leis de esquerda, ou a Esquerda Parlamentar ainda podem deitar tudo por água abaixo se os Portugueses deixarem.
E quem vos avisa...

Guerra dos Tronos (Portugueses)

Miguel Nunes Silva, 19.10.13

Casa Stark - CDS/PP

 

 

No CDS tal como na Casa Stark, a honra é algo de importante e as antigas tradições e religião ainda valem muito. É um partido conservador e paternalista que põe valores acima de facilitismo político. Podia provavelmente ter ocupado o Trono Férreo mas ainda que seja um partido de poder, está confortável numa posição secundária. No entanto, ser-se bonzinho paga-se caro e graças ao seu idealismo, tal como a Casa Stark, o CDS passa por dias difíceis, tendo os seus líderes históricos sido afastados e uma geração sedenta de poder traído alguns valores para ter um lugar na corte.

 

 

Casa Lannister - PSD

 

O PSD é como os Lannister, um partido de poder, paciente e altamente pragmático mas também um saco de gatos. Nesta casa nunca há dias monótonos: todos têm uma opinião e nenhum líder é incontestado. Também nunca estão muito afastados das rédeas do poder e quer no governo ou na oposição, estão preparados para lutar pelo seu território. O partido do meio termo, estão próximos da elite mas também procuram o apoio das massas, aderem a modas mas nunca com grande entusiasmo. Ocupam de momento o Trono Férreo mas quem se senta nele não tem grande mão na família...

 

 

Casa Targaryen - PS

 

Ambos vêm do exílio e com ideias revolucionárias mas infelizmente nem sempre estas se adaptam bem à realidade. Obtêm facilmente o apoio das massas mas têm medo de as contrariar. Afirmam-se próximos do mais humildes mas têm fortes raízes aristocráticas. Fãs de obras faraónicas, são fortes em visão mas dependem de outros mais capazes para concretização...

 

 

Casa Baratheon - PCP

 

Os Baratheon são impetuosos e irredutíveis. As suas convicções fortes dão-lhes valor aos olhos do povo, mas a convicção anda perto do fanatismo e por isso ninguém lhes confia o poder. Iconoclastas, são fãs de novas religiões e mitos mas tardam sempre em provar a vantagem de destruir o antigo. Resistentes e perseverantes, há que sempre contar com eles ...desde que a uma certa distância.

 

 

Casa Greyjoy - BE

 

Contra tudo e contra todos, de derrota em derrota, é a luta que é importante e não o resultado. Prosperam em alturas de crise do mesmo modo que o paranóico-esquizofrénico faz um bom teórico da conspiração. É a irreverência que lhes dá cor mas no fundo gostam da vitimização que vem com o ostracismo. Sonhadores e alternativos, têm pouca influência no processo político mas são frequentemente uma chatice de meia-noite.


 

Irmandade sem Estandartes - CGTP

 

Uma mutação genética deixada para trás pelos Baratheon, a irmandade é a 5ª coluna da Casa Baratheon no território inimigo da concertação social. Todos sabem de onde eles vêm mas o véu apartidário permite-lhes agradar aos muitos desiludidos com a guerra.

Nada do que defendem pode ser concretizado mas para já o projecto apenas necessita de 'ser do contra'.

 

 

Rei Alenmuralha - Geração à Rasca

 

O povo livre também pretende ser apartidário mas a verdade é que nunca conseguiram construir fosse o que fosse. A liberdade que defendem anda perto da anarquia e por isso afirmam-se mais pelo que querem, do que por aquilo que oferecem como alternativa. Um zeitgeist que não ficará para a história, são uma pequena voz ingénua de indignação no meio de um turbilhão ensurdecedor de lutas de poder.

 

 

Patrulha da Noite - Troika

 

Batem-se contra os caminhantes brancos, a dívida que apenas a muralha da austeridade consegue manter à distância. Ninguém se quer associar a eles, mas todos reconhecem a sua necessidade. Quando são necessários têm mais influência que o Trono Férreo, quando não são, todos os injuriam. Lá estarão na próxima crise a dizer 'bem vos avisámos'...

 

 

Novela Machete: Angola tem razão

Miguel Nunes Silva, 19.10.13

A novela continua mas desta vez com consequências mais graves.

 

O aproveitamento político de uma simples gafe começa a prejudicar as relações entre Portugal e Angola numa altura em que os mercados dos países em desenvolvimento são cruciais para o nosso país - mais uma política de esquerda que se revela desastrosa.

 

É certo que eleitoralismo e demagogia não são apanágio exclusivo dos Portugueses e o Jornal de Angola como megafone governamental é tudo menos insuspeito de aproveitamento político.

 

O que está verdadeiramente em causa no entanto é a razoabilidade de ambas as partes e aí Portugal foi menos razoável. Luanda sabe perfeitamente que em Portugal a Justiça é independente do poder político - enfim, pelo menos mais independente do que é em Angola - e ninguém em Angola tem ilusões de que o governo possa influenciar a PGR a abandonar as suas investigações.

 

Mas se as pessoas em Portugal esperam que Angola leve em conta o facto de não partilharmos o mesmo tipo de regime, e evite pressionar o governo ou levar a cabo represálias por algo que não está ao seu alcance controlar, então Portugal também tem que fazer a sua parte.

 

As tensões com Angola começam com o aproveitamento cobarde, demagógico e irresponsável que a oposição faz do caso mas o próprio caso começa com as violações do segredo de justiça.

 

Se Portugal se quer queixar que tem um tipo de regime diferente do de Angola, então não pode ter o melhor dos dois mundos. Se a PGR tem a independência e o poder para investigar quem lhe aprouver, também tem responsabilidade por evitar violações do segredo de justiça - as quais se têm tornado uma constante vergonha em todos os casos mediáticos das últimas décadas.

 

Não havia razão para embaraçar altas personalidades do regime Angolano sem que isso fosse absolutamente necessário. A violação do segredo de justiça foi o primeiro acto de falta de razoabilidade. O cancelamento por parte de Luanda da parceria estratégica foi apenas o segundo.

A CGTP não é como a mulher de César

Pedro Miguel Carvalho, 09.10.13

Para a CGTP não é preciso parecer, basta mesmo ser.

 

A PSP emitiu um parecer negativo à manifestação da CGTP na ponte 25 de Abril, mas, pelo que parece, não é suficiente para a intersindical desistir da ideia de se manifestar naquele local.

 

 

 

 

Enquanto cidadão não sindicalizado, e por muitas vezes avesso à forma como os sindicatos têm funcionado no nosso país, questiono-me se a questão de se fazer uma manif na 25 de Abril não estará a jogar tanto com o efeito mediático que as verdadeiras razões do protesto se afundem no rio.

 

Enquanto social-democrata, feliz habitante de um país onde a liberdade existe, aceito toda e qualquer manifestação, mas não posso aceitar que, aquele que foi o maior relato de desobediência às autoridades, corria o ano de 1994, se repita.

 

E não, não é por ter medo da queda...da ponte ou do governo.

 

Bloco do Ridículo

Miguel Nunes Silva, 08.10.13

Mais uma vez a esquerda, sem soluções para o país, recorre à manipulação de preconceitos, faz uso da ignorância dos Portugueses e limita-se ao assassínio de carácter, culpa por associação e presunção de culpabilidade.

 

Não há vergonha ou honestidade do lado da gentalha que vive para o 'deita-abaixo' e que se recusa a assumir qualquer responsabilidade governativa.

 

 

Demissão para António José Seguro!

Miguel Nunes Silva, 05.10.13

Seguro é um execrável líder da oposição.

 

O seu único trunfo até hoje foi ter vencido umas eleições aonde nem sequer a política do partido que lidera ia a votos.
Mas analisemos a sua performance:

 

- Sempre que a imprensa sensacionalista inventa uma novela, Seguro está lá para fazer o reles aproveitamento político oportunista e cobarde;

 

- Faz aproveitamento mesmo quando é paradoxal fazê-lo: não Zézito, o PS não pode criticar o governo por não cumprir o programa da Troika quando a oposição defende incumpri-lo ainda mais;

 

- Seguro é incompetente na oposição que faz pois não só não colabora com o governo mas é hipócrita ao criticar o governo por cumprir o mesmo programa da Troika que o PS havia co-negociado;

 

- Seguro é um embaraço e uma vergonha para o PS em episódios como este em que a sua demagogia choca contra a própria aritmética. Citando: "Proponho que a UE estabeleça como objetivo para o ano 2020 que nenhum país possa ter uma taxa de desemprego superior à média europeia"

(estas barbaridades não fazem a novela da semana mas o MNE ser diplomático já é interessante...)


LOLOLOLOLOLOLOLOL É esta criatura que vai governar um país com uma situação económica delicada? ; 

 

- Seguro fundamenta as suas políticas de 'alternativa' (mais despesismo) na disponibilidade de fundos que ele não controla - assim burlando os Portugueses.

 

 

Esta conduta vergonhosa e medíocre so merece uma palavra dos Portugueses: "DEMITA-SE!"

 

Vai-te embora toino, fazias melhor figura se não abrisses a boca...

 

Corja

Miguel Nunes Silva, 05.10.13

Esta corja nojenta nem durante o hino nacional se calou.

 

Interessa que tanto o governo como o Presidente sejam líderes legítimos? Não.

 

Interessa que havia Portugueses orgulhosos dos seus líderes que queriam ver uma cerimónia respeitável? Não.

 

Interessa que ninguém desta corja tem alternativas de governação? Claro que não. 

 

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