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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Irresponsabilidade Humanitarista

Miguel Nunes Silva, 31.01.13

Em 2011, quando a Primavera Árabe ganhava ímpeto, os humanitaristas ocidentais lançavam achas para a fogueira: Amnistia Internacional ou Human Rights Watch (HRW) incitavam apoio aos revolucionários e reclamavam mais apoio da parte dos governos ocidentais e mundiais, para com a onda revolucionária no mundo Árabe.

 

 

Mas hoje, na apresentação do seu relatório anual, a HRW - surpresa das surpresas - queixa-se que afinal as 'democracias' erguidas nas ruínas dos prévios regimes aliados do Ocidente, não respeitam os mais básicos dos direitos humanos. Vejam só, se ao menos alguém tivesse previsto tal facto infeliz...

 

Como já aqui reportei há outros indicadores que também se degradam.

 

Mais uma vez se vê o resultado de amadores ideologicamente cegos, interferirem com políticas de estado cuja prerrogativa não pertencem à 'rua'.

 

Mas a irresponsabilidade destas associações não se resume à interferência com a política externa e os interesses de estados ocidentais, é que no fundo aquilo que estas ONGs verdadeiramente querem é que o mundo Árabe - e o resto do planeta - adoptem os valores ocidentais à força mesmo se depois estes se revelam impossíveis de adaptar. Este euro-centrismo fanático prejudica portanto as relações entre estados mas também prejudica as sociedades para onde eles são exportados.

 

Haja vergonha.

Burocracias...

Essi Silva, 31.01.13

Os computadores foram uma excelente invenção. Mudaram o mundo. Facilitaram tarefas, ajudaram a circulação e eficiência na transmissão de informação. 
Porém, nada substitui uma pessoa. A sensibilidade e o discernimento. Um computador não vê. Faz cálculos de acordo com os dados que neste são inseridos. 

Hoje em dia, em todos os serviços públicos do país, usam-se computadores. O que, em regra, é um beneficio até para o próprio cidadão, depara-se com uma grande excepção: a autoridade tributária. (E quando se recebem comunicações para pagar consultas hospitalares na véspera de Natal, também é um mimo)

Avaliações de IMI's, sem deslocações reais de peritos; cartas automatizadas, que oneram contribuintes a pagar taxas, por prazos que nunca ultrapassaram; avaliações incorrectas de IRS, que se às vezes trazem mais chatices que efectivamente um acréscimo no imposto a pagar, são coisas não tão incomuns assim. 

É verdade que a lei nos dá a hipótese de reclamar, mas a burocratização do sistema, em especial no que toca ao fisco, é lastimável. Em especial quando os casos são mais sérios. 

No Natal de 2010, um membro da minha família alienou um imóvel que, por virtude de ter sido adquirido antes da entrada em vigor do regime das mais-valias em 1989 (que tributa a diferença entre o valor de compra e venda de uma casa - o nosso "lucro" como Rendimento Singular), não estaria sujeito a tributação. 

Porém, como o computador decidiu mudar a data de aquisição de 1971 para 2005, apareceu um imposto generoso para pagar. A quem, não fosse o pequeno lucro que teve - o mercado imobiliário está terrível - teria alguma dificuldade em cumprir. E que por exceder determinado limite, só com autorização do Ministro das Finanças poderia ser parcelado. 

Caricato é que desde o principio que tínhamos razão. E essa razão, por motivos de extravio da reclamação dentro das Finanças (não é brincadeira não), demorou - deixem-me cá contar - sim, é isto mesmo, Um ano e dois meses a chegar.  

Imaginem se o imposto fosse de uns milhares...

Casos como este, por parte das Finanças, têm-me chegado à caixa de correio, com mais regularidade do que gostaria. 
Em todos tenho a lei do meu lado. 

Porquê? Porque primeiro a autoridade tributária obriga a pagar e só depois é que analisa se tem razão. E isto não seria preocupante se a justiça administrativa funcionasse eficientemente. Mas no nosso país, a Justiça não funciona. 
Só me resta perguntar Quid juris quando a lei não é o suficiente?

Da Praça do Município ao Largo do Rato são 8 minutos (com motorista)

Essi Silva, 30.01.13
Falava-se que Pedro Santana Lopes era um boémio. Que não perdia uma Moda Lisboa. Que gastava dinheiro a rodos em projectos para a cidade. 
Pois é, mas se Pedro Santana Lopes pensava na cidade e os seus projectos trouxeram uma qualidade substancial à cidade; os de António Costa nem por isso. 

Desde rotundas experimentais (sem sistema de escoamento de águas) que teimosamente decidiu implementar, aos 350.000€ que se destinaram à Moda Lisboa, o Município da capital parece nadar em dinheiro. 

O impulso esbanjador de Costa não é novo. Mas é irónico, que no dia em que, mais uma vez, se candidata a Lisboa fale de tudo menos de...Lisboa. 

Pois é. Afinal de contas, os residentes e os não residentes nestes dois mandatos o que têm visto de novo e de positivo na cidade?!
Ah sim...para mim foi a Fonte Luminosa. A cuja inauguração o Presidente se atrasou mais de meia-hora...

E acham mesmo que um mau presidente de município, pode ser um bom líder de um dos maiores partidos e maior responsabilidade nos desígnios da nação? 
Quando nem da sua cidade lhe interessa falar? 

Pois....Costa anda à procura é duma oportunidade de destaque. Daí contradizer-se tanto. 
Nem todos têm qualidade para governarem uma cidade, quanto mais um país.  

Quando o Rato abandona o navio

Pedro Miguel Carvalho, 30.01.13

 

Todos sabemos que os ratos são os primeiros a abandonar os navios quando os problemas acontecem.

Assim tem sido em Portugal, aqueles que andam pelos lados do Rato, têm com facilidade abandonado este grande navio que é o nosso país, quando o mesmo se começa a afundar, avulsas vezes por culpa das suas manobras arriscadas. Depois de estar o navio quase no fundo,, tem sido normal o PSD ser chamado, como se de uma brigada de elite se tratasse, para evitar a catástrofe.

Esta história que acabo de contar, já todos conhecíamos, o estranho é que agora, a agenda do Partido Socialista e de alguns dos seus militantes tem dominado a actualidade política, sem qualquer preocupação pelo país ou por arranjar propostas para tal.

Não gosto de Seguro, nem do seu estilo de fazer (ou tentar fazer) política, contudo, não posso aceitar que algumas personalidades do PS sobreponham a sua agenda ao interesse nacional.

António Costa, político pelo qual até nutria alguma simpatia, não está a ser sério. António Costa está a querer abalar o Partido Socialista e chegar ao poder a todo o custo.

Passamos o dia com Costa, o quase candidato.

Adormecemos com Costa, o candidato.

Acordamos com Costa, o quase candidato de novo.

Desta vez, parece que o Rato fugiu mesmo do seu próprio navio.

 

Ó PS, não havia necessidade...

Miguel Nunes Silva, 29.01.13

Então o representante do PS na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, actualmente encarregada das audições ao caso do visionamento pela Polícia das imagens da RTP sobre a violência e vandalismo à porta da Assembleia da República, é nada mais nada menos que Ricardo Rodrigues - sim! aquele deputado que roubou o gravador do jornalista que o entrevistava, quando não gostou das perguntas.

 

...

É uma escolha bizarra e que poderia ser vista como coincidência infeliz, não fora o facto de que a deputada Glória Araújo, aquela apanhada com excesso de álcool no sangue, era pela sua parte representante do PS na Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação; assim já começa a surgir um padrão mas ó PS, não havia necessidade...



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