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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

5 de Dezembro - Dia do Voluntariado

PsicoConvidado, 06.12.12


VOLUNTARIADO: encontrar no sorriso do próximo um pedacinho da própria felicidade.

 

5 de dezembro foi declarado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1985, Dia Internacional do Voluntário.

 

Este que parece um dia como muitos outros, de celebração inóquoa, assume-se cada vez mais como a mais brilhante alavanca de futuro das sociedades.

 

Ser voluntário é muito mais que fazer, de forma voluntarista, alguma coisa, apenas quando dá jeito ou não temos outras coisas para fazer. A responsabilidade da qualidade na acção voluntária, a seriedade com que se encara a missão, o comprometimento com as responsabilidades assumidas e, sobretudo, a genuína vontade de mudar o mundo (independentemente do mundo que seja e que pode muito bem começar pela nossa rua) fazem do voluntário um cidadão mais ativo e participativo, um ser humano mais sensível a si, aos seus e ao seu próximo (mesmo que este próximo esteja do outro lado do mundo).

 

Esta capacidade de crescer ajudando os outros, de aprender ensinando, de construir algo de forma gratuita e desinteressada e dar essa construção à sociedade é uma extraordinária forma de fazer politica. Sim! Porque fazer politica é também (eu diria que é sobretudo!) fazer o maior número de acções úteis para todos, todos os dias! Ter a capacidade de partilhar felicidade, no pressuposto de que se todos estiverem mais felizes à minha volta potencio a minha própria felicidade é garantir que também a felicidade pode ser sustentável.


Porque se sonha, se vive e se partilha. Porque é uma possibilidade nossa e é tão mais nossa quão mais capazes formos de a transmitir às gerações que vêm depois da nossa. Porque se vive e se constrói a cada dia, a cada novo desafio, a cada novo projecto, a cada nova dificuldade, a cada nova partilha, a cada nova geração. Porque permite encontrar no sorriso do próximo um pedacinho da própria felicidade.
 Talvez assim a crise das crises, a dos valores, seja debelada.


Psico-convidado

Joaquim Castro de Freitas

 

"Não gosto de política"

PsicoConvidado, 05.12.12



Quem de nós já não ouviu esta frase?

 

Mais do que nunca, dizer q não se gosta de política é usual. Uma afirmação socialmente aceite que actualmente chega a ser encarada como sinónimo de seriedade. Por oposição, declarar envolvimento em qualquer actividade política, é visto como um acto calculado, revelador de intenções secundárias por parte de quem o faz. “Este quer é tacho!”.

 

Esta mentalidade revela um profundo desconhecimento por parte da população portuguesa em geral, quer da realidade partidária, quer do significado de política. É também sintomática de um profundo passivismo, pois se existe assim tanta descrença porque não agir! Deixar a futuro nas mãos daqueles em quem não confiam é a solução! Sempre que ouço “Não gosto de política!” pergunto: Porquê?

 

A resposta, 95% das vezes, é a mesma: “- São todos iguais! - Fazem todos o mesmo e nada muda! - Só querem é saber do deles, o país que se lixe!”

 

Nunca resisto a colocar uma segunda questão: Se acreditam que assim é, o que têm feito para que deixe de o ser?

Não é virando as costas e lamuriando que as coisas se resolvem.

Acham que está mal?! Participem! Denunciem! Proponham!!

 

“Toda a reforma interior e toda a mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço.”

Immanuel Kant




Psico-convidada

Vilma Cunha Rocha

 

Há 43 anos a fazer sentido

Paulo Colaço, 04.12.12

"A intervenção ativa é a única possibilidade que temos de tentar passar do isolamento das nossas ideias e das teorias das nossas palavras à realidade da atuação prática, sem a qual as ideias definham e as palavras se tornam ocas."

 

Estas palavras foram proferidas em Matosinhos, Outubro de 69.

O orador foi Francisco Sá Carneiro, no seu primeiro discurso político.

1 de Dezembro

PsicoConvidado, 03.12.12



A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de cerca de 50 pessoas, invadiram o Paço da Ribeira em Lisboa e, sem arremessar paralelos da calçada, mas depois de atirarem o secretário-geral da vice-rainha de Portugal pela janela, proclamaram D.João IV como Rei de Portugal, restaurando assim a independência portuguesa.

Descontentes com a ocupação dos lugares cimeiros de decisão por parte dos espanhóis, e pela perda das suas regalias, os nobres portugueses tornam-se revoltosos, de cara descoberta.

Ontem, durante a correria desenfreada dos portugueses, descendentes da nação restaurada em 1640, aos centros comerciais para as compras de Natal, tenho a certeza que poucos foram os que se lembraram desta data, e de que pela última vez seria feriado, estou certo também que, de entre aqueles que se lembraram que o feriado acabaria, grande parte apenas se limitou a insultar, conforme tive oportunidade de ouvir, “aqueles filhos da mãe que acabaram com um feriado, dia importante de descanso para os trabalhadores portugueses”, sem se lembrar sequer do que a data significa.

O Paço da Ribeira continua em Lisboa, os Quarenta Conjurados continuam na história de Portugal, bem como a Dinastia de Bragança mas, no calendário dos feriados portugueses, o dia 1 de Dezembro, depois de resistir à 1ª República e ao Estado Novo, deixou de estar marcado a vermelho e por conseguinte de ser dia de reflexão sobre o tema.

Independentemente da nossa opinião a verdade é que o XIX Governo Constitucional, aboliu o feriado do 1º de Dezembro esbatendo assim parte da história de Portugal, parte essa que lhe permite hoje ser isso mesmo, o Governo de PORTUGAL.

 

 

 

 









Psico-convidado

Pedro Miguel Carvalho

Retrato da UE em 2012

Ricardo Campelo de Magalhães, 02.12.12

A revista The Economist publicou recentemente uma série de mapas sobre a Europa em 2013.
Ficam os dados – sem comentários, que ficarão para outros posts – sobre a situação actual da Europa.
Podem encontrar esta informação, se ainda estiver disponível – neste artigo da revista.

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Referências adicionaisMapas da UE em 2008 por regiõesMapa por ano desde o ano 1000 DC.

Não há espelhos no PCP

Paulo Colaço, 01.12.12

Para criticar a rotativa escolha dos portugueses entre os partidos do chamado arco democrático, o líder parlamentar do PCP soltou esta pérola: "a alternância que praticam entre si é isso mesmo: mudar os protagonistas para procurar garantir que a política não muda".

Corrijam-me de estiver errado: não tem sido essa a eterna vida do PCP? Mudar de líderes sem mudar de políticas?

Alquimia Financeira

Guilherme Diaz-Bérrio, 01.12.12

Sempre achei a estrutura do fundo de resgate da União Europeia curioso. Julgo que nem se tivessem contactado a Goldman Sachs e tivessem pedido a pior estrutura possivel, tinham chegado a esta ideia.

 

E a constatação está aqui:

"A agência de notação financeira Moody’s cortou nesta sexta-feira o ratingatribuído aos dois fundos de resgate da União Europeia, em um nível cada um, uma decisão que surge depois da queda da nota de França."


Público


O problema é, ou deveria ser óbvio, para qualquer um com um nível minimo de literacia financeira. O fundo de resgate opera com base numa garantia mútua de todos os países. Os resgatados incluidos. Isso implica um risco de correlação que deveria ser óbvio, no financiamento, porque os mais pequenos arrastam o fundo para baixo. Isto é, enquanto estrutura, em tudo semelhante aos famosos "CDOs" do mercado imobiliário norte-americano. Há pessoas que ainda acreditam em Alquimia Financeira.


PS(d): Nunca se desiludam aqueles que acham que os políticos farão a coisa errada, da maneira errada com o timming errado. A cacófonia sobre a extensão das negociações sobre a Grécia a Portugal e a Irlanda ficará também para a história. 

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