Depois de ter seguido a discussão no Minuto-a-minuto do Parlamento global e assistir ao canal ARTV, faço as seguintes notas:
Destacam-se já constrangimentos na coligação, com a ruptura da disciplina de voto, nomeadamente por Rui Barreto do CDS/PP.
Muita demagogia no discurso de António José Seguro, distanciando-se da responsabilidade que o PS tem na crise.
Péssimos discursos de Pedro Pinto e Vítor Gaspar. Monocórdicos, com muita pouca capacidade de explicar e justificar os sacrifícios que serão feitos, em função dos objectivos a serem cumpridos. Esperança é pouco perceptível nestes discursos. Esperar sacrifícios do cidadão mas não lhes justificar devidamente porque valem a pena, só reforça a falta de capacidade de comunicar por parte do Governo.
Muito foco no IVA sobre o sector da restauração, mas pouco foco nos escalões de IRS e noutras medidas significativas do Orçamento.
Ainda por cima a OCDE aponta que a recessão será de 1,8% em 2013. E que o OE não vai ser tão positivo quanto se espera.
Mas o pior de tudo: a aprovação de um Orçamento de Estado que passou completamente despercebida, sem alarido. Um Orçamento envolvido em polémica e com um peso brutal sobre os portugueses.
Conclusão: aprovado pela maioria PSD + CDS
Haja alguma esperança, já que a Grécia conseguiu mesmo prolongar o seu plano de reestruturação. O que, provavelmente, se aplicará a Portugal, de forma igual. Talvez se reestruture igualmente este Orçamento, para que seja menos duro, mas veremos.
Falam do PSD e do CDS, mas à esquerda soluções igual a 0.
P.S.- Revi o discurso de Heloísa Apolónio, dos Verdes. De facto, parecia mesmo um poema!