Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

As portas que Portas abriu

Paulo Colaço, 31.10.12

Quando Portas urdiu a estratégia das reservas do CDS face às políticas de austeridade, criando a ideia de uma possível quebra da coligação mais não fez que abrir, sem o saber, caminho ao descrédito local e regional do seu partido.

No Porto, a recusa em apoiar Menezes, que eu compreendo (quem fez política ao lado de Rio terá dificuldades em alinhar com o estilo tão diferente) motivou frases como "o povo está atento para aqueles que não são solidários, para aqueles que não são leais e sobretudo para aqueles que querem fazer política estando ora um dia com uns, ora um dia com outros" (ver link).

Na Madeira, a saída do CDS do grupo Pacto pela Democracia teve a seguinte acusação: "Os partidos não podem fazer da sua acção política um mero conjunto de palavras vãs e hipócritas nem tão-pouco irresponsavelmente rasgar a palavra dada, o compromisso assumido e assinado" (ver link).

Com ou sem razão, estas críticas colam.

Com ou sem crédito dos acusadores, os acusados (dirigentes centristas) tão depressa não se livram das brasas.

Portas quis abrir um postigo para o seu futuro mas escancarou a porta ao descrédito do Partido.

Ora, ora

Essi Silva, 30.10.12
Ainda ontem afirmava que, é um exagero a taxa de desbloqueio de um automóvel ser de 60€. Isto considerando, que um casal estrangeiro se queixava perto de mim, que era um escândalo serem obrigados a pagar 90€ para desbloquear o carro que teriam alugado, tendo em conta que a sinalização sobre parquímetros e taxas é escassa e pouco esclarecedora para um turista.
Aparentemente a EMEL poderá vir a reduzir as tarifas de estacionamento na capital.

Faz todo o sentido: em comparação com o Porto, custa mais estacionar em Lisboa; por outro lado, o custo de vida em Lisboa é cada vez mais pesado para os habitantes, que sofrem com a crise.
E para aqueles que advogam que as tarifas devem ser elevadas para incentivar o uso de transportes públicos, em detrimento do automóvel, bem, o uso de transportes públicos atingiu um custo tal, que se levanta a dúvida, sobre se compensa usar transportes públicos tendo em conta que o preço é um critério importante para actualidade das famílias portuguesas.

Instrumentalização

Ricardo Campelo de Magalhães, 29.10.12

Tema: O Orçamento tem Inconstitucionalidades? O meu artigoO da esquerda.

Instrumentalização

A questão constitucional não surge do nada. Uma certa esquerda continua a acreditar que é possível manter o nível de despesa actual sem aumentar impostos.

“A dívida não é para se pagar”, “a austeridade rebenta com o País”, e portanto uma pessoa “com coração” deve defender défices eternos. A matemática não interessa, logo a luta continua. Derrotada nas urnas para o parlamento, com um presidente desfavorável pela primeira vez na história, e sem a possibilidade de influenciar o Banco de Portugal para efectuar “desvalorizações competitivas”, vira-se então para o Tribunal Constitucional (TC) como última esperança de impor a sua ideologia.

Na Constituição, o artigo dedicado ao Orçamento é o 105º. Neste artigo, o número 1 define o conteúdo do Orçamento: “A discriminação das receitas e despesas do Estado, incluindo as dos fundos e serviços autónomos e o orçamento da segurança social”. Onde estavam as mesmas vozes a pedir a Cavaco para enviar para o TC a desorçamentação de José Sócrates? No mesmo artigo, no número 4 lê-se que “o orçamento prevê as receitas necessárias para cobrir as despesas”. Onde estavam os mesmos a pedir a todos os presidentes que enviassem para o TC todos os orçamentos deficitários desde 1974?

O TC, quando chamado a pronunciar-se sobre o orçamento anterior, ignorou aquelas questões e focou-se num artigo mais genérico: o 13º, do princípio da igualdade. Usando uma divisão artificial da sociedade, ignorando a desigualdade gritante à partida (por exemplo face aos recibos verdes), os juízes fizeram um julgamento ideológico contrário ao do órgão eleito para o efeito e criaram um precedente. Este ano a esquerda pede mais. Mas se o TC se deixar instrumentalizar para defender direitos adquiridos impossíveis de suportar e na prática (impedindo os cortes) exigir mais um “enorme” aumento de impostos, então ficará em causa muito mais do que o Orçamento.

PPP, por Mariana Abrantes de Sousa

Ricardo Campelo de Magalhães, 28.10.12

PPP em Portugal. “Havia crédito, havia megalomania e a factura era para pagar depois”, no jornal i:


Mariana Abrantes de Sousa foi controladora financeira do Ministério das Obras Públicas no primeiro governo de Sócrates.

A economista Mariana Abrantes de Sousa será das pessoas em Portugal que melhor conhecem o universo das parcerias público-privadas (PPP). O seu percurso profissional passa pela banca comercial que financiou a Lusoponte, concessionária da Ponte Vasco da Gama, até ao Banco Europeu de Investimentos (BEI) e ao Estado, onde assumiu funções de controladora (controller) financeira no Ministério das Obras Públicas de Mário Lino e Paulo Campos, do governo de José Sócrates. Hoje segue o tema com paixão no seu blogue (PPP Lusofonia). Na hora de apurar responsabilidades pela aventura portuguesa das PPP não poupa o Ministério das Finanças, então liderado por Teixeira dos Santos, que falhou no controlo da despesa de uma factura que era adiada, nem o Banco Europeu de Investimentos (BEI), que financia sem correr o risco e sem assumir a responsabilidade por apoiar projectos não viáveis.


The times they are a Changin'

Essi Silva, 24.10.12
Os tempos mudam. No Portugal de que os meus avós e pais falam, os Primeiros-Ministros não eram alvo de escutas devido a corrupção e dinheiro surripiado.

Se acreditamos que suspeitas podem não passar disso mesmo, de suspeitas; porque vivemos num Estado de Direito e afinal de contas, existe algo chamado presunção de inocência, não estaremos a leva-la muito a peito?

A Europa é, quase na sua íntegra, composta por verdadeiros Estados de Direito. Mas algo se sobrepõe a essa presunção de inocência, às acusações de quem é suspeito e de quem suspeita. Chama-se ética, meus caros. E Europa fora, este tipo de cenários acaba em pedidos de demissão.
Até podia citar Sá Carneiro, mas deve ser desnecessário.

O que se anda a passar neste país, sistematicamente, com processos a serem chocantemente esquecidos, com jornalistas a agirem como órgãos de policia criminal e magistrados do MP a cederem informações privilegiadas porque estão apaixonadas por burlões, é sinónimo de decadência.

Suspeitas não passam de suspeitas. Os jornalistas têm o direito e o dever de informar, mas não devem comportar-se como polícias. E os polícias/tribunais têm de fazer o seu trabalho.
E os políticos, bem esses devem ter alguma vergonha na cara e reconhecer quando não estão em condições de ocupar o lugar de importância que o povo lhes deu.
É uma questão de integridade e é essa que deve ganhar votos ou a simpatia do eleitor.

“The most important persuasion tool you have in your entire arsenal is integrity.”

Reinterpretando as palavras de Zig Ziglar - autor e conferencista - é preferível um político perder o cargo por sentir que precisa de demonstrar que é integro, que esperar que os amigos na esfera judicial abafem o caso, mantendo um clima de desconfiança, por o seu ego, orgulho e ambição superarem a integridade.
E estas palavras aplicam-se a todas as ideologias, mas especialmente a uma como a nossa, com os ensinamentos de alguém como o nosso fundador.

Uma morte que é a vitória da Vida!

Paulo Colaço, 23.10.12
Morreu Antoni Dobrowolski, aquele que era tido como o último sobrevivente dos campos de concentração nazis.

Tinha 108 anos e assistiu a coisas extraordinárias.

Ao fim da II Guerra Mundial, à criação da ONU, à televisão da cores, à queda do Muro de Berlin e da Cortina de Ferro, à exploração do espaço, aos avanços na medicina, à reconciliação entre povos e ao mundo das tecnologias da comunicação.

A nada disto assistiu o torpe regime que o agrilhoou.

Fidel(idade) comunista

Beatriz Ferreira, 21.10.12

Foi noticiado por um jornal venezuelano que Fidel Castro já não reconhece familiares e amigos devido a um AVC que o deixou praticamente em estado vegetativo.

 

Castro, até na caminhada final, permanece inequivocamente comunista dado que o próprio comunismo não reconhece o Individuo e também se encontra em coma.

 

A prova do verdadeiro objectivo deste ideal está no facto de, em nenhum caso, este tipo de ditaduras ter evoluído no sentido da Democracia. Morrendo Castro, este comunismo está mais perto de ser enterrado de vez.

 

 

 

 

A democracia no PSD/Porto... que futuro?

Hugo Carneiro, 21.10.12

 

Para que percebam como as coisas andam no PSD/Porto, esta semana decorreu um plenário de militantes do maior núcleo da cidade - Paranhos. Num plenário onde cada militante de base, com as mais variadas origens e correntes de pensamento, foi confrontado com a votação de uma moção, não discutida, no final dessa assembleia. A votação de uma moção de apoio a um nome de um militante do PSD para a Câmara Municipal do Porto.

 

Ensinam os almanaques clássicos da democracia e da ciência política que a votação de um nome deve ser sempre realizada por voto secreto. E assim deve ser, ainda que seja uma moção que complete um apoio com um sem número de outros considerandos adicionais.

 

Para que percebam o estado da democracia interna do partido no Porto, não foi assim no Núcleo de Paranhos. Os militantes foram sujeitos em 5 segundos à votação de um nome de braço no ar, ao velho estilo do Estado estalinista.

 

Eu abstive-me, conforme podem observar pela notícia publicada "a correr" no JN. Abstive-me, porque discordando do timing político da questão autárquica no Porto e o processo em que está enquistado, a minha consciência e convicção assim determinaram. 

 

Observem, agora, com esta votação de um nome de braço no ar, o critério jornalístico usado. São referidas seis abstenções, mas apenas um nome é usado. Um objectivo presidiu à publicação do artigo desta forma, a tentativa de instrumentalizar um militante do PSD, que exercendo a função de adjunto do Presidente da CMP, justificaria a argumentação facciosa de alguns de que o processo político em curso no Porto nasce numa guerra Rio-Menezes. 

 

Não podia ter sido mais falhada a tentativa do jornal e de quem promoveu "a correr" a notícia. A abstenção de Hugo Carneiro não foi um voto contra um candidato, porque ele até se absteve.

 

Em Janeiro de 2012 avisei publicamente que o caminho que o PSD/Porto levava conduziria à redução ou eliminação do Porto como espaço livre de militância.


O tempo dá-me agora razão.

Este plenário era de militantes e à porta fechada; a moção não foi distribuída.

 

 

Votarei contra o perfil proposto pela Concelhia do PSD/Porto, que pretendem fazer aprovar na continuação do plenário esta quinta-feira, conforme referi já publicamente e com as razões estritas aduzidas em tempo.

 

Fica uma questão: Que PSD querem os militantes quando os nomes são votados de braço no ar e se assiste a um dos maiores condicionamentos da liberdade de expressão alguma vez visto no Porto?

 

Se fosse só nos Estaleiros de Viana...

Paulo Colaço, 21.10.12

Francisco Van Zeller pediu para sair da Comissão de Acompanhamento da Reprivatização dos Estaleiros de Viana do Castelo.

O pedido de demissão ocorreu após uma entrevista à Antena 1 na terça-feira, 16, onde afirmou, de acordo com a Lusa, que os ENVC têm um "passivo gigante", mas que existia "um passivo pior": A mão-de-obra "muito antiga, muito desactualizada" e com "maus hábitos" além de "um sindicato comunista muito violento" que está "enquistado" na empresa

Pág. 1/5