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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

O PC volta a atacar!

Guilherme Diaz-Bérrio, 27.03.12

 

Por PC leia-se "Políticamente Correcto". 

A Gherush92, ONG italiana que colabora com a ONU em matéria de Direitos Humanos, considera a "Divina Comédia" uma obra "ofensiva e discriminatória", e pede que o clássico de Dante Alighieti seja retirado do currículo das escolas italianas, ou pelo menos adoptado com "cautela" porque os jovens não têm "filtros" para perceberem o texto.

Expresso online

 

Obra ofensiva e discriminatória, que deve ser retirada dos curriculos?

 

A turma do "Políticamente Correcto" gosta destas coisas. Mas há noção de que estamos a falar de um clássico da renascença? Qual é o próximo? Por que não banir também dos curriculos Aristóteles, que considerava as mulheres "versões menores do Homem" por ser um "filósofo descriminador do género"?

Tolerância e Esquerda? Pois...

Diogo Agostinho, 26.03.12

 

 

Saiu a notícia de que a viúva de Zeca Afonso, tinha ficado ofendida com a referência que tinha sido feita pela JSD Regional de Lisboa, à entrada do último Congresso do PSD. Diz a senhora, que a música de Zeca Afonso é património de todos, mas se o senhor fosse vivo, certamente seria um combatente contra este Governo e o PSD...

 

Ora, pois eu com todo o respeito digo à senhora, que de facto, tolerância e esquerda são dois conceitos bem distantes. Esta pseudo mania de acantonar valores, "heróis", músicas, citações ou ideais é do mais fechado, pequeno e insensível. Não é uma atitude perdida no meio da dita esquerda. É frequente. E cada vez dá mais força a uma grande máxima: "Se a Liberdade tivesse dono, era uma Ditadura!"

 

E como somos todos filhos da madrugada aqui vai uma música para iniciar a semana:

 

 

PSD: um partido em autogestão

Beatriz Ferreira, 24.03.12

No Congresso do PSD estava agendada a revisão dos seus estatutos através da apresentação de propostas de alteração que reunissem 100 subscrições de delegados a esta mesma reunião magna.


Reunidas estas condições e apresentado o guião de votação dos artigos (estavam previstas 110 votações), os autores das propostas viram-se a braços com mais um inesperado desafio: 3/5 da sala teria de aprovar a moção na generalidade e só depois é que a proposta seria discutida na especialidade.

 

 

Com este acontecimento que tem a particularidade de não constar nos regulamentos do Congresso,as pessoas que pensaram sobre o assunto, que reuniram as 100 subscrições e escreveram as suas ideias em formato de artigos, viram o seu trabalho ser desvalorizado. Inclusive a proposta do PSD Distrital de Lisboa, que se previa ser a mais profunda e radical, mas também a mais extensa, foi retirada pelos autores que provavelmente não se quiseram sujeitar a este jogo. O companheiro Paulo Ribeiro que com esforço recolheu as assinaturas e levou a proposta a congresso, teve-a chumbada por não estarem reunidas as novas condições. Vergonhoso ainda foi o desrespeito pela estrutura e trabalho da JSD, como a Essi explicou, mas mais ainda, pela própria democracia do acto.

 

Num momento que se esperava ser de acalmia partidária, em que o PSD poderia reforçar a sua posição política de forma a suportar o difícil trabalho do Governo, Pedro Passos Coelho é eleito Presidente do Partido no entanto deixando-o órfão de um verdadeiro líder por estar a assumir responsabilidades mais elevadas enquanto Primeiro-ministro. Quando neste Congresso se poderia inovar o documento mais importante da estrutura, longe de guerrilhas das fações que assombram sempre as eleições, ficou-se pelas polémicas e pelas meias reformas que a todos nos envergonham. É pena que Passos Coelho não queira dinamizar internamente o ambiente como quer que aconteça no resto país.

 

O PSD é oficialmente um partido em autogestão e em rota de colisão contra os seus próprios princípios.

XXXIV Congresso do PSD - Coisas que chocam

Essi Silva, 24.03.12

Se há algo nítido em todos os Congressos a que assisti, é que muitas vezes os delegados estão um pouco desnorteados em relação ao que se está a votar. Claro, isto acaba por depender da consciência de cada um e da condução dos trabalhos pela Mesa no Congresso.


Infelizmente, algumas propostas mais polémicas para uns, essenciais para outros, acabam por ser terrivelmente prejudicadas pela situação.

Isto não impede, normalmente, que as propostas rejeitadas e aprovadas, sofram essa consequência. Porém, hoje abriu-se um precedente, vergonhoso, acrescente-se, com sérias consequências para a imagem do líder do Partido e da relação com a JSD.

 

No momento em que se tinha aprovado a proposta da JSD, cujo conteúdo se reflectia nos estatutos, dizendo respeito à eleição através de voto directo, dos órgãos do Partido, surge uma confusão na Mesa, que se sucede com a intervenção do líder, Pedro Passos Coelho, elucidando a Mesa que provavelmente os delegados não saberiam o que estavam a votar, pressiona os delegados para que repensem o que acabaram de aprovar.

 

Ora, o burburinho que se deu com as pressões por parte do líder e de Miguel Relvas sobre Fernando Ruas, esvaziando praticamente a sua autoridade e competência, levou a que a proposta fosse sujeita a nova eleição. (Situação essa, que os apoiantes do estatuto de simpatizante tentaram usar a seu favor)

 

Se da sala dos media sociais era bastante claro, que os votos a favor eram num número superior aos votos contra, aparentemente nas contas da Mesa, isso assim não foi. A proposta foi chumbada, graças às pressões, com delegados novamente sem perceber o que se passava, e com uma diferença residual de votos.

 

Fernando Ruas afirmou posteriormente que assim se via um grande Primeiro-ministro. De facto: um Primeiro-ministro que para a televisão nacional louva os esforços da JSD a defender a juventude portuguesa, mas que controla as votações dos estatutos, contra a JSD, porque, como é bastante óbvio, a eleição por via directa dos órgãos, não permite o controlo maquinal dos mesmos.

 

A JSD sempre tentou ser autónoma do PSD, mas aparentemente, o PSD de Passos Coelho, não é muito aberto a isso. Cá para mim, ele quer ser novamente líder da J, levando a que Duarte Marques na sua explicitação da norma, não estivesse muito feliz.

 

União no partido, só em teoria.

 

 

XXXIV Congresso do PSD - I

PsicoConvidado, 24.03.12

 

 

Com uma plateia praticamente cheia, muitos foram as caras conhecidas, algumas até inesperadas, como a de Paulo Portas, a marcarem o Congresso nesta Sexta-feira.

 

Com uma plateia cheia, Passos Coelho discursou nitidamente para o país, defendendo as medidas que o Governo tem tomado, para inverter a crise que o país enfrenta.

 

"Os países com mais endividamento são os que têm mais dificuldade em crescer"

 

 

Mas mais do que inverter a dívida, é preciso mais. Passos Coelho referiu a necessidade duma agenda, afirmando que o Governo tem sido mais ambicioso, indo para além do Memorandum, ao levar "mais a fundo as mudanças, indispensáveis".

O objectivo é claro: contornar a dívida, procurando-se uma sociedade mais dinâmica e mais justa.

Contudo, esta mudança de que o Primeiro-ministro fala, passa por mais do que dar a volta a crise, procurando-se sim, reestruturar a sociedade. E essa reestruturação, só é possível sem uma protecção de sectores pelo Estado.

 

Passos clarificou veemente, que o Governo tem-se distanciado cada vez mais das nomeações, rasgando com o modelo da confiança política e investindo no mérito, na neutralidade e na independência dos órgãos e titulares desses órgãos.

 

"Portugal não pode voltar aquilo que era", referiu o Primeiro-ministro.

 

No que toca à greve, referiu-se à desorientação reflectida na Com. Social, já que desta vez, o Governo não entrou "numa guerra de números", ainda que mal-interpretado. Respeitou-se a decisão dos grevistas, apesar de não se apoiar essa opção, tendo em conta que não é a solução ideal para o país.

 

"Não deixámos de fazer o necessário"

Focando-se no partido, Passos delineou uma fronteira clara entre os interesses do partido e do país, ainda que entrelaçados, referindo como exemplo o que se passou na Região Autónoma da Madeira. Passos Coelho, na qualidade de Primeiro-ministro, refutou a partidarização da questão, observando as necessidades da Madeira e do país e exigindo responsabilidade. Isto, no entanto, não inviabilizou a presença de Alberto João Jardim, que marcou presença no Congresso.

 

"Estamos em condições de dizer ao país, que se não estamos ainda na posição da não reversão na nossa luta de cumprir o memorandum, estamos no entanto muito conscientes que estamos a fazer tudo para o cumprir. O país sabe que tem um Governo que está a lutar por Portugal, custe o que custar."

 

 

Quanto à união partidária, louvou ainda o trabalho de Aguiar-Branco no projecto GENEPSD, demonstrando que o partido está unido, como não estava há muito. (O que é, de facto irónico, tendo em conta que o trabalho de AB foi em vão, já que a sua resenha do programa foi afastada, o que justificou que no seu discurso brincasse com o facto de que não iria rasgar o seu cartão de militante.)

 

Relembrando os dois momentos de desafio que se aproximam - as eleições autárquicas e as eleições na RA dos Açores - louvou também o trabalho e figura da Drª. Berta Cabral, nossa candidata aos Açores.

 

Com mais agradecimentos e saudações, nomeadamente à JSD, o discurso longo foi o momento alto da noite.

Muito bem Duarte!

Diogo Agostinho, 20.03.12

 

Acabei de ler esta notícia do Expresso online:

 

Lisboa, 20 mar (Lusa) -

A Juventude Social-Democrata (JSD) vai levar ao Congresso do PSDdesta semana uma moção temática na qualpropõe a instituição de tetos máximos para as pensões e limites à sua acumulação com rendimentos do trabalho.

Na mesma moção temática, a JSD propõe também que os cidadãos recebam uma fatura quando utilizam um serviço público com o custo real dessa utilização. Além disso, sugere que cada contribuinte ao pagar o IRS fique a saber o valor total dos descontos que fez e dos encargos que o Estado teve com ele.

Por outro lado, nesta moção temática, intitulada "Sustentabilidade das futuras gerações", a Comissão Política Nacional da JSD, presidida por Duarte Marques, retoma a defesa da criminalização dos responsáveis políticos que cometem atos de gestão danosa do erário público, admitindo, "se necessário, modificar a legislação atual".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/psdcongresso-jsd-propoe-tetos-maximos-para-as-pensoes-e-limites-a-sua-acumulacao-com-rendimentos=f713175#ixzz1pgWYpvrz

 

É de facto, louvável, quer as medidas quer a vontade de lançar este debate. Bem sei que poucos notam que vem aí um Congresso do PSD...

 

Pois é. É já este Fim-de-semana. Espero que deste Congresso não fiquem apenas reféns das discussões internas. Se vem directas ou com via verde, se vem primárias ou afins. Neste contexto de Governação o PSD não deve dar o sinal de se fechar sobre si próprio a debater temas internos. Não digo que não são importantes, mas nesta fase fazem falta ideias para fora. Os militantes desafiarem o Governo.

 

Boas ideias e uma equipa mais forte na Comissão Política são essenciais para os tempos que aí vêm. É preciso garantir a existência de uma voz do PSD no panorama nacional que não Passos Coelho e Miguel Relvas. Alguém que fale pelo Partido com peso.

 

Aguardemos pelo congresso.

Santorum Pornográfico

Ricardo Campelo de Magalhães, 20.03.12

Não fui eu que inventei, ele disse mesmo! Como eu sempre digo, a realidade ultrapassa a ficção. Ora leiam:

“I believe the foundation of a strong society starts with the strong foundation of family. The threat of homosexuality and pornography is leading to the ‘sexualization’ of America. I know this because I’ve lived it.  I’ve learned from my past addiction to porn.”

Silêncio.

An awkward silence fell over the crowd as Santorum went on to say, “The devil pulled me into lust. I would stare at screens, magazines, my hand…but now I’m free. I’m free of the devil’s grip.”

The crowd organized by the Family Research Council erupted into cheers as Santorum vowed to wipe the “pandemic of pornography” out of America.

Outros candidatos (Gingrich e Romney) têm isto no programa e vivem pacificamente com isto, mas este ênfase e este mea culpa soaram a... estranho. Vamos ver como são as reacções nos próximos estados a ir a votos.

Para ler mais: Na CNNSobre ObamaNas suas próprias palavrasO óbvioloool.

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