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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Mais um euro, mais uma Cimeira...

Guilherme Diaz-Bérrio, 30.01.12

 

Hoje levanto-me, vou beber um café e ler as "parangonas" dos jornais. Parece que a Alemanha declarou guerra à Grécia à porta de uma cimeira europeia, Belém fez o mesmo a São Bento, os investidores acham que Portugal está a caminho da "reestruturação da dívida" - nome pomposo para falência - fazendo com que largar dívida pública portuguesa no mercado secundário se torne no "preto desta temporada" - leia-se, a cor que dá com tudo -  e, segundo consta, o F.C.Porto perdeu...

 

Decorre hoje uma cimeira europeia. A Alemanha entrou a "pés juntos" com uma proposta de "retirada de soberania fiscal" a países que levem segundo pacote de ajudas financeiras - estou a olhar para Atenas, com o canto do olho em Lisboa. Antes que os suspeitos do costume gritem "Vem ai o 4º Reich" - deixo isso para os jornalistas que fazem headlines com "Berlim planeia ocupar Atenas", limito-me a comentar o óbvio: O eleitorado alemão sente que está a largar dinheiro para um buraco negro, não quer dar mais um centimo. A "Chancelarina" está em ciclo eleitoral, logo decidiu usar a tática mais antiga do livro, nomeadamente, exigir concessões que ninguém pode fazer, de modo a poder dizer "não nos podem acusar de não tentarmos... 'eles' é que não quiseram". Brinkmanship no seu melhor e decerto que terá resposta há altura dos parceiros negociais.

 

E a discussão vai ficar a circular entre estas propostas, eurobonds, unidade fiscal, e no final sairá um documento cheio de boas intenções. E o povo é sábio, na sua opinião das boas intenções. E assim iremos, de Cimeira em Cimeira, enquanto as economias da UE se ajustam, tal como o Japão, de 1990 a 2001.

Crónicas de um jovem sem futuro (XIV)

Rui C Pinto, 27.01.12

O governo vai por fim a dois feriados e já escolheu o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro. Ao Soares custa muito a engolir. Ao PSD parece de enorme consciência. A mim parece-me que perdemos todos o tino. Portugal tem 14 feriados nacionais (contando com o Carnaval). Destes 14 feriados, apenas 5 são civis, os restantes 9 são religiosos. 

 

Vai daí, porque é essencial à produtividade nacional, o governo decide acabar com dois dos cinco feriados civis, 5 de Outubro e 1 de Dezembro. Prefere manter o 10 de Junho, possivelmente porque faz melhor tempo e a malta sempre prefere os feriados no Verão para ir a banhos... Já que aquilo que se celebra a 10 de Junho poder ser celebrado em qualquer outro dia do ano, por exemplo (e porque não) a 1 de Dezembro...

Por outro lado este país laico continuará a ter 7 feriados religiosos que no fundo são celebrados apenas pela parte da população que é católica. Porque? Porque se pode abdicar da clebração da Restauração da Independencia porque hoje já não se coloca a questão da soberania, mas é importante continuar a celebrar o nascimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo dois milénios volvidos...

 

Feriados como o dia de todos-os-santos ou o dia de Imaculada Conceição continuarão a merecer honras de feriado, enquanto a data que assinala a reconquista da nossa independência será passada a labutar, que é para todos os dias nos lembrarmos que o custo da independência (quase 400 anos volvidos) é esse mesmo... É trabalhar mais e ganhar menos que os espanhóis... 

 

No dia em que o embaixador alemão em Portugal nos diz que os alemães trabalham muito menos que os portugueses, continuamos a adoptar medidas para que trabalhemos ainda mais. Pobres portugueses a trabalhar noite e dia para que se resolva a crise económica e a falta de competitividade. Um dia, os políticos perceberão que para resolver o problema não é necessário obrigar os portugueses a trabalhar mais mas antes a produzir produtos com mais valor. Esperemos que não leve muito tempo...

O Parlamento deveria aprender...

Essi Silva, 26.01.12

... a usar tecla Esc.

 


 

Foi a nossa psico-amiga e deputada Joana Barata Lopes, que me relembrou há umas semanas, que o tema da Procriação Medicamente Assistida estava em discussão. (para quem não reparou, não faz mal... outros escândalos se sobrepuseram à Comunicação Social)

Se não o comentei antes devido a problemas de agenda, agora ainda vou a tempo.

 

Um dos motivos que me levam a ser da JSD/PSD é ter a liberdade de pensar out-of-the-box, ou seja, penso como quero e tento não ter palas nos olhos.

A Assembleia da República rejeitou na passada sexta-feira os diplomas do Bloco de Esquerda e "da JS" que diziam respeito à alteração da Lei nº 32/2006 sobre a Procriação Medicamente Assistida. Se isto não parece novidade, destaco que não só a bancada do PS estava dividida, mas também a nossa contou com várias abstenções. Especialmente no âmbito da maternidade de substituição.

Pois, é uma daquelas coisas que mereciam um Esc. 

 

Sim, é discutível todo o regime dos beneficiários da PMA e o estado civil destes. Para mim é bastante simples até: temos de proteger algo muito importante - as crianças- e um casamento (união de facto inclusive pelas disposições específicas), pelo regime que tem, dá algum jeito para as proteger juridicamente. 

Mais discutível é abrir portas à legalização da maternidade de substituição.

 

Ninguém no Parlamento tem tempo para ver aquelas séries americanas em que aparecem um número simbólico de casos bicudos que incidem sobre as barrigas de aluguer? Quando os pais biológicos não querem abortar, mesmo que implique um risco de saúde para a mãe biológica; quando tudo se resume a $$$$$$ dólares que as mães biológicas ganham para parir um filho como se estivessem a prestar um serviço? 

Até há filmes sobre isso!

 

é um daqueles buracos negros jurídicos e éticos que acabam sempre em stresses tremendos para todas as partes que contratam o "serviço". 

 

E concentrarem-se na adopção? Não?! 

Eu até percebo que muitos casais queiram ter o seu próprio filho. Sangue do seu sangue. Mas para os meus olhos, um filho não é um animal de estimação. E os laços de amor sobrepõem-se aos laços de sangue - que quando a coisa dá para o torto equivalem a 0. 

 

Fiquei chocadíssima com uma reportagem passada na TVI sobre o número de crianças para adopção devolvidas ao sistema.

Pais que, ignorando completamente que as crianças a partir de determinada idade têm bagagem, traumas e problemas, as devolvem. A pergunta óbvia da jornalista na reportagem, foi tão simplesmente esta: desistiriam vós (os pais para adopção) dos vossos filhos biológicos se estes também fossem problemáticos?

 

Estamos a brincar com coisas sérias. E a gastarmos papel com leis quando se calhar, se calhar digo eu, devíamos concentrar-nos a remodelar outras?

 

Não há filhos perfeitos porque, pura e simplesmente, não existem pessoas perfeitas. Mas ser pai é isso mesmo, amar incondicionalmente (e há muitas crianças no sistema que merecem esse amor, por falta de pais biológicos à altura).

 

Com a legalização da maternidade de substituição pergunto-me, quem será a mãe da criança quando as coisas não correrem bem.

 

Há sempre uma alternativa para quem quer dar vida a um filho - nem todas as vias têm de implicar o acompanhamento de uma gravidez. E continuamos com um problema de dar oportunidade a casais homossexuais femininos de terem crianças e retiramos a oportunidade aos de sexo masculino porque legislar sobre a adopção é muito complicado.

 

(lembrei-me agora da parábola do filho pródigo, a respeito desta matéria)

 

Posto isto, podem voltar a concentrar-se nos malandros maçons e no Alberto João. ;)

Não há explicação

Rui C Pinto, 26.01.12

A dimensão da imbecilicade que pulula no Partido Republicano norte americano é absolutamente inacreditável. Um vídeo vale certamente por mil palavras. Este vale por um milhão. O que não surpreende é que, à luz da ideologia aqui enunciada por Santorum, a Universidade norte americana seja democrata... 

Just Nuke it!

Essi Silva, 24.01.12

Nunca fui uma ávida defensora do nuclear e sempre tive as minhas dúvidas, mas ontem revi um pouco os meus prós e contras sobre a matéria.

Isto porque vi este senhor a referir os prós e contras.

 

 

Sim, é verdade que Patrick Monteiro de Barros é um daqueles lobos-maus do mundo, que magnatas como são, comem os capuchinhos-vermelhos inocentes desta vida e ganha dinheiro à custa dos inocentes. Mas ele refere coisas com muito sentido.

 

Sim, eu venho de outro país com centrais nucleares há muito.

E sim, pode existir acidentes e é pouco ecológico. Mas quem é que nós estamos a tentar enganar: se uma central nuclear espanhola tiver fugas, nós levamos o banhinho e os ventos radioactivos na mesma...

Pois é, nós temos energias renováveis. Porque não as aproveitar na mesma mas ter um plano B, para quando não chove e está um solzinho fantástico em Dezembro digno de uns banhos na praia (o que aconteceu comigo), que não implique importar energia à parva de nuestros hermanos era útil.

 

Portugal tem definitivamente de repensar as suas opções. Exportar sim. Mais e melhor. E tornar-se competitivo.

Se formos pobres em algo, não é em recursos (humanos, materiais, naturais). É na capacidade de os aproveitar.

 

E pensem bem: quando tivermos a nossa primeira central nuclear, podemos mandar um fogo de artifício como presente para os alemães.

 

By the way, espero que os americanos não nos peçam para prometer que as nossas centrais nucleares são para a paz, como o fizeram quando construímos aquele óptimo reactor às portas de Lisboa (que tem sido extremamente útil para a formação física e desenvolvimento de isótopos para usos médicos).

 

O Nuclear é uma opção com prós e contras. Mais do que nunca, tem de voltar à ribalta como uma opção, para que a crise de hoje não se repita depois de amanhã.

Combate de Blogs

Rui C Pinto, 23.01.12

O nosso vizinho Pensar Lisboa está nomeado para blogue revelação de 2011, no concurso de blogues lançado pelo Aventar. Este projecto nasceu há quatro meses de uma visão do Diogo Agostinho e desde então arrastou uma torrente de pensadores de todos os quadrantes políticos e sociais da cidade de Lisboa. O trabalho é feito na internet e na rua, como já foi destacado na comunicação social e, na minha opinião, merece o voto de blog revelação do ano 2011, pela excelente qualidade e pela actualidade do tema que trata. 

 

Por isso convido todos a votar e, já agora, a visitar o blogue.

 

Walter Williams, destruidor de mitos

Ricardo Campelo de Magalhães, 22.01.12

Walter Williams (wiki) é um professor universitário que se dedica a destruir mitos sobre o que mais prejudica a minoria a que pertence. Recomendo os vídeos, pois ele consegue simplificar argumentos habitualmente complexos e não óbvios:

 

Walter Williams sobre a Hostilidade perante o Livre Mercado:

 

Walter Williams sobre o Salário Mínimo como arma contra minorias:

 

Walter Williams sobre o Salário Mínimo como arma de trabalhadores instalados contra os entrantes:

 

 

Walter Williams sobre os resultados das Boas Intenções:

 

Não admira que seja uma hipótese de VP para Ron Paul.

Assalto ao GOP

Rui C Pinto, 19.01.12

Perry abandonou a corrida à nomeação repúblicana e deu o seu apoio a Gingrich. Veremos para que cadidato convergirão os cerca de 6 a 7% que capitaliza em sondagem. Restam, portanto, quatro candidatos na corrida: Romney, Gingrich, Paul e Santorum. Romney parte com uma vantagem confortável nas sondagens para South Carolina, e Florida. A procissão ainda vai no adro, mas parece evidente que Romney é o candidato provável à nomeação. 

Mas o mais interessante nos próximos dias é o desempenho de Ron Paul na Florida... Um estado onde o Tea Party conseguiu impor Marco Rubio, graças à gereatria jarreta, não será certamente pêra doce para Romney... 

 

Por enquanto, as sondagens vão assim: 

É evidente, por esta altura, que há dois candidatos consolidados na corrida, com eleitorado fidelizado: Romney e Paul. Resta perceber o que acontece a Santorum e Gingrich. Não sei porquê, tenho um feeling de que Santorum ainda nos irá surpreender... 
A minha preferência é clara: Romney. Depois da desistência de Huntsman, não me resta alternativa. Mas é claramente a escolha do mal menor... Perante estes candidatos, Obama só estará em risco se não souber explicar ao seu eleitorado porque falhou muitas, se não todas, das promessas que fez... 

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