Political Horror Stories: The Matosinhos Strange Case
O próximo ciclo de eleições em Portugal é o Autárquico em 2013 e está na hora de serem tomadas algumas decisões, sobretudo num ciclo tão importante como este, em que pela primeira vez os Presidentes em exercício não se podem re-candidatar (à sua terra ou a qualquer outra, como me confirmou estes dias alguém próximo do Miguel Relvas).
Com Porto e Gaia com gestões... boas dentro do possível, este ciclo vou virar-me para outro concelho do Grande Porto que merece muita mais atenção: Matosinhos. Assim, nos próximos meses, vou colocar aqui um conjunto de exemplos de como Matosinhos é gerido: como foi comprado Aguiar (ex-candidato do PSD à Câmara e actual vereador alinhado com o PS), como é ameaçado o presidente da concelhia do partido da oposição, como são sobre-taxados os residentes, como o dinheiro é esbanjado e como toda esta história tem pormenores do twilight zone, dignos de figurarem ao lado de Socratianos e Jardinistas sem se sentirem diminuídos por serem apenas questões concelhias. Naturalmente, apresentados faseadamente para não gastar a pólvora toda no primeiro tiro.
Para inaugurar a série, vou começar por apresentar o Orçamento. "Vai revelar logo tudo, dirão". Ora aí é que está o engano. Como podem ver AQUI, o Orçamento é constituído por 2 partes: a 1ª com fotos bonitas e um texto bem legível (na versão impressa) em que apresenta os "feitos" da Câmara; e uma 2ª com tabelas com letras ilegíveis. Se conseguirem perceber que os clubes da cidade receberam 7 Milhões (dos 9 que gera a Derrama do IRS) ou que a Câmara vendeu por 5,6 Milhões um parque de campismo cujo terreno por si valia 15 Milhões, então os meus sinceros parabéns. Se não, peço desculpa mas a culpa é destas impressoras modernas. E não se queixem porque nos anteriores (lista aqui), o "Resumo do Orçamento" nem aparecia (referência).
E se acham que Seguro tem cometido umas gaffes com o apelo ao fim da austeridade, vejam o que dizia o socialista Matosinhense a propósito do Natal (referência):
Título do Porto24 ontem: “Contra a depressão, Câmara de Matosinhos gasta 140 mil em luzes de Natal”
“Quando os cidadãos andarem mais deprimidos, quando olharem para os bolsos vazios, é muito importante olharem para a cidade e perceberem que é Natal”, disse Guilherme Pinto.
Seguro é um menino perto de Pinto.