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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Diferenças...

Paulo Colaço, 28.09.11

Passos Coelho é o líder político com maior índice de popularidade e o PSD apresenta o dobro das intenções de voto do PS. Apesar das medidas de austeridade, o primeiro-ministro e os sociais-democratas vêem a sua popularidade em alta no mais recente barómetro TSF/Diário Económico. (ler aqui)

Não se trata de estado de graça!

Esta é a prova que falar verdade compensa.

Aleluia!

Guilherme Diaz-Bérrio, 28.09.11

 

No âmbito da Reforma da Administração Local pretende o Governo trabalhar no quadro 
dos seguintes pressupostos:
- Modelo de Executivo homogéneo (sujeito à fiscalização da Assembleia
Municipal, que deverá ser alvo de reforço de poderes neste âmbito);
- O Presidente do Município é o cidadão que encabeça a lista à Assembleia
Municipal mais votada;
- Os restantes membros do Órgão Executivo são escolhidos pelo Presidente de
entre os membros eleitos para a Assembleia Municipal;

Documento Verde da Reforma da Administração Local

 

Há artefactos arcanos neste país que sempre me fizeram uma alergia profunda. Um deles são os executivos municipais com "vereadores da oposição", algo que apenas tem paralelo em Itália (e quem quer ter a Itália como exemplo de Organização Política? Como dizia o Asterix, "Aqueles romanos são loucos!").

 

Alguém acredita que o Governo funcionaria bem com "Ministros da Oposição"? Tinhamos um Governo PSD com 5 membros, 4 ministros do PS, e 1 Ministro do PCP, eleitos via método de Hondt?

 

Curiosamente, este artefacto arcano só ocorre a um nível administrativo, a Camâra Municipal. Abaixo, nas Juntas de Freguesia, os executivos são políticamente homogéneos. Acima, no Governo, os executivos são políticamente homogéneos. Oposição faz-se na Assembleia, não no Executivo.

 

PS(D): Sim, eu sei, na Suiça funciona. Por exemplo, o Governo federal é uma composição de vários partidos. (Infelizmente) Portugal não é a Suiça. A nossa cultura política não se dá muito bem com confiança no bom senso do "actor político".

Ministros à lupa de MRS

Paulo Colaço, 27.09.11

Pelos 100 dias de Governação, o jornal i pergunta a Marcelo Rebelo de Sousa o que acha da actuação dos Ministros. E Marcelo responde.

 

 

Primeiro-ministro...

Até agora sóbrio, mas correspondendo às expectativas e revelando até agora uma boa forma física e psíquica que em tempo de crise é notável.

 

Vítor Gaspar...

A melhorar e mantendo uma grande serenidade e uma grande calma, que é importante se o discurso conseguir ser persuasivo.

 

Paulo Portas?

O mais político de todos os políticos do governo.

 

Mais político que Passos Coelho?

Mais experiente governativamente que Passos Coelho e gerindo a intervenção e o silêncio com inteligência.

 

Miguel Relvas?

Começou muito partidário e muito com o culto da imagem e com a preocupação de revolucionar o poder local. Penso que com o tempo vai perceber que tem de moderar esse perfil. O grande problema que tem não é tanto culpa sua: é que falta ali um ministro da Presidência que seja verdadeiramente ministro da Presidência com ascendente em matérias de governo. Ele tem tentado, mas não tem o perfil adequado para o efeito.

 

Paulo Macedo?

Arrancou muito bem, criou grandes expectativas. É um dos ministros que vão ter a fase seguinte mais difícil. É o salto do técnico para o político. E há ali questões políticas muito difíceis. Tecnicamente, mostrou, de uma óptica essencialmente financista, que era capaz de explicar o que queria fazer. Com uns pequenos lapsos, mas que foram sobretudo lapsos. Agora o salto para o político é que vai ser o desafio dos próximos tempos.

 

Aguiar-Branco?

Acho que tem tido um percurso praticamente sem uma falha. Ou melhor: com uma única falha, que foi aquele discurso no Dia do Exército. Se não fosse o ataque ao governo anterior numa cerimónia militar, diria que era uma folha limpa. Excepto o problema de saber o que fazer a um número imenso de promovidos a quem não há dinheiro para pagar.

 

Pedro Mota Soares?

Tem sido um bom ministro. Tem feito coisas inteligentes e explicado de uma maneira muito compreensível. Dir-se-á que o que tem feito era fácil de fazer. Mas tem feito.

 

Assunção Cristas...

Teve ali umas intervenções iniciais como a da gravata e a da temperatura que não lembram propriamente ao careca. Mas tem sido muito low profile na gestão do cargo, o que eu percebo porque o seu perfil não dá nada para aquele cargo.

 

Miguel Macedo...

Perfil baixo, intervenções seguras, sensatas. Tem confirmado a impressão que tinha deixado como líder parlamentar. Não é um perfil muito alto, mas não comete erros. E ouve a opinião de quem deve ouvir e se ouvir de vez em quando a opinião de Marques Mendes faz muito bem.

 

Paula Teixeira da Cruz?

Muito discreta, o que é uma forma muito inteligente de reagir aos anticorpos que o seu feitio impetuoso geraria. Começa a aparecer com as primeiras medidas, que suscitam reacções. Mas é cedo para formar um juízo porque o que tem vindo a público de mais substancial é o que está no acordo da troika, nomeadamente em matéria de reformas orgânicas.

 

Álvaro Santos Pereira?

Tinha uma missão difícil, porque era uma pessoa que estava longe do país há muito tempo. Embora isso dê um poder analítico mais distante e mais isento, também faz com que não se perceba muito a reacção do quotidiano nacional. Tem um ministério impossível e portanto ainda é cedo para fazer um juízo sobre se é capaz de agarrar aquele ministério e se é capaz de agarrar a realidade nacional. Está cheio de vontade e está cheio de boa intenção. Mas como é que é que ele vai fazer esse salto do Canadá para Portugal é uma relativa incógnita.

 

Citações e mais contradições

Beatriz Ferreira, 27.09.11

Ontem Marinho Pinto e António José Seguro citaram a mesma frase, esquecendo convenientemente o autor e a circunstância em que foi originalmente proferida, atacando Paula Teixeira da Cunha e Pedro Passos Coelho, respectivamente.

 

Como seria de esperar, nos últimos meses os ódios convergem para o Governo. A amnésia socialista colectiva, natural de quem não sabe estar na oposição depois dos estragos causados, agrava-se. O PS é um partido relutante em ser liderado e Seguro precisa de um inimigo comum que una todos os sectores socialistas. 

 

Seguro está desesperado por segurar as feras, mas sem dúvida que esta manobra de distracção pobre em originalidade traz mais momentos constrangedores do que vitoriosos.

 

Para o PS: "É mesmo verdade que a maior parte dos males que ocorrem ao Homem são provocados por ele próprio."

 

Para Passos Coelho: "Nenhum governo é tão detestado como aquele que mais convém ao povo."

 

Gaio Plínio morreu há 1932 anos e foi ele o autor destas frases.

Seguramente plágio

Paulo Colaço, 26.09.11

António José Seguro acusou hoje Pedro Passos Coelho de ser "forte com os fracos mas fraco com os fortes", numa alusão à situação da Madeira.
Na presente situação, Seguro está a ver mal: concorde-se ou não, Passos virou efectivamente costas a Alberto João, tendo ido mais longe que anteriores líderes do PSD na sua relação com Jardim.
Porém, não posso deixar de sublinhar que Seguro vem mimosear Passos Coelho com a mesmíssima frase que Santana Lopes atirou a José Sócrates num velho debate parlamentar.
Aparentemente, esta tirada de um PM ser "forte com os fracos mas fraco com os fortes" cola-se bem a Passos mas não se colava a Sócrates...
Realmente, António José Seguro devia andar tão preocupado com a guerrilha interna no PS para se aperceber do acerto da crítica de Santana.

Amnésia localizada

Guilherme Diaz-Bérrio, 26.09.11

 

O novo desporto nacional é a indignação contra Alberto João Jardim. E há muito para ficar indignado, a começar pela dívida oculta a acabar nos comentários que roçam o insultuoso e ridiculo.

 

Mas, Alberto João Jardim é filho do seu tempo, e da cultura política do País. O "cainesianismo tuga", que durante 30 anos moldou a politica orçamental e económica do País. O que se passa, e passou na Madeira, também se passa e passou no Continente. Afinal, somos o país da europa com mais km2 de auto-estrada por habitante, entre outros tantos "elefantes brancos" - e não me refiro ao de Lisboa.

  

Mas há algo que me deixa perplexo: Então mas esta não é a política que o PS preconiza? A amnésia do novo secretário geral socialista surpreende-me. SCUTs, a Estradas de Portugal, as Parcerias Publico Privadas, o TGV, o Magalhães, os investimentos públicos inaugurados com pompa e circustância, para um novo país moderno, que só adicionaram dívida, etc, etc, etc.

 

Afinal, o que hoje criticam em Alberto João Jardim era, há uns meses atrás, parte integrante do "Manual de Boas Práticas de Governação de qualquer bom Socialista".

 

Caros socialistas, não me digam que um dos requisitos para se ser vosso Secretário Geral do PS é ser amnésico?

Parabéns!

Essi Silva, 24.09.11
Hoje é um dia muito feliz para mim. E feliz porque uma das pessoas mais competentes que conheço foi eleita como o novo AB do Psico.
Quero agradecer ao Diogo todo o trabalho extraordinário que desenvolveu e dizer-lhe que tive o maior prazer em ser psicótica durante os seus dois mandatos.
Agora abre-se a porta ao Guilherme Diaz-Bérrio, que como todos sabem é meu amigo próximo, e que teve a coragem de se candidatar a uma posição tão difícil e de tamanha responsabilidade, nas condições em que concorreu. Estou certa que fará um grande trabalho, com muita dedicação, pondo em prática a sua experiência e competência, e como tal disponibilizo-me para estar ao seu lado com todo o meu fôlego psicótico!

Parabéns Diogo!
Parabéns Guilherme!
Parabéns Psico!