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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Certeira

Diogo Agostinho, 30.09.11

 

«Aquilo que pessoalmente não deixo de fazer é de relembrar que o engenheiro José Sócrates e o ministro Teixeira dos Santos deixaram o país numa situação de tal forma caótica e endividada», fazendo-o de um modo «tão consciente», que «me parece impensável que o PS possa sequer abrir a boca sobre a questão da Madeira», afirmou Manuela Ferreira Leite.

 

Como sempre certeira! Alguém que diga a VERDADE neste país!

Polícia do Politicamente Correcto e dos Bons Costumes

Guilherme Diaz-Bérrio, 30.09.11

Há coisas para o qual só dá vontade de dizer, "Aja paciência para aturar os malucos do PC*":

 

Anúncio está a ser transmitido desde dia 20 de Setembro

Governo brasileiro contra anúncio de Gisele Bundchen em roupa interior

 

Um ano depois da proibição do anúncio da americana Paris Hilton pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, por ser “demasiado sexy”, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, dependente da Presidência brasileira, pediu agora a suspensão de um conjunto de anúncios com a manequim brasileira Gisele Bundchen. A secretaria defende que a publicidade “reforça o estereótipo, enganoso, das mulheres como objectos sexuais para os seus maridos”.

 

 

Público

 

 

 

*Não, não é Partido Comunista, é Políticamente Correcto ;)

Os pesos na balança

Essi Silva, 30.09.11

 

Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, foi ontem detido no seguimento das acusações contra ele levantadas por fraude fiscal, abuso de poder, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. A defesa alega que a detenção é ilegal já que a sentença, dados os recursos pendentes para o Tribunal Constitucional, só que este último afirma que já decidiu, contrariando assim alguns dos argumentos da defesa.

 

Em 2009 o Tribunal de Sintra condenou Isaltino a sete anos de prisão efectiva, pelos crimes acima enunciados. Foi também condenado a perda de mandato e ao pagamento de 463 mil euros à administração fiscal. Isaltino recorreu. 

No ano seguinte, o Tribunal da Relação de Lisboa manteve a condenação por fraude fiscal e branqueamento de capitais, mas reduziu a pena para dois anos de prisão efectiva, reduzindo ainda a indemnização para 197 mil euros e anulando a perda de mandato.
Este ano, o Supremo Tribunal de Justiça confirmou a condenação a dois anos de prisão efectiva e restituiu o valor original da indemnização ao Estado a 463 mil euros. O recurso chegou ao Tribunal Constitucional.

 

Muitos entendem que Isaltino é uma cobaia ou um bode expiatório, que as acusações só incidiram sobre este para salvaguardar outros e que o mais importante é o seu excelente trabalho como autarca. Outros acham que independentemente dos resultados finais dos seus mandatos em Oeiras, este deve cumprir pena pelo que fez.

 

É verdade que o Município de Oeiras tem, perante o que assisto e conheço (já que não sou residente), vindo a melhorar e a dar uma qualidade de vida melhor aos seus residentes. Mas também é verdade que no momento em que exoneramos um indivíduo de crimes, por ser melhor ou supostamente melhor do que a média simplesmente porque faz aquilo que é esperado deste quando é eleito, então temos uma exigência muito baixa em relação às expectativas daquilo que um autarca ou um político com um cargo de gestão pública deve fazer.

 

Se na balança pende mais o que Isaltino produziu, em relação ao que ele subtraiu, então não só não temos Justiça no nosso país, como temos um sistema político efectivamente podre. E eu acredito que se após várias instâncias, se tem chegado a elementos de prova que justificam os crimes pelos quais é condenado, então é porque os cometeu. E choca-me que ainda assim não se tenha mantido a perda de mandato, já que as acusações que incidiram sobre este estão no âmbito de crimes económicos e de corrupção, possíveis igualmente quando se tem um cargo como o de Presidente de uma autarquia.

 

Simples e claro: Não podemos permitir que aquilo que exigimos à nossa classe política, esteja num nível tão baixo, que quando efectivamente fazem aquilo que lhes compete, sejam autorizados a praticar os crimes que lhes convierem acima dos deveres de qualquer outro cidadão e lhes dêm oportunidade de os continuar a reiterar ainda que noutro cargo.

 

 

 

Manual de boas práticas socialistas

Guilherme Diaz-Bérrio, 29.09.11

1º Passo: Colocar o País na falência, forçando-o (o País, não o socialista) a pedir ajuda externa, depois de um extenso momento de negação em que se taxou tudo e todos.

2º Passo: Eleger novo líder e lavar as mãos do assunto (Podemos chamar-lhe "Doutrina Poncio Pilatos").

3º Passo: Depois de lavadas as mãos, assobiar para o lado e fingir que não se esteve 12 dos últimos 15 anos no Governo.

4º Passo: Criticar tudo o que vem do Governo, muito do qual vem do Memorando da Troika assinado também pelo PS "Pré-lavagem" (porque o pós-lavagem já não tem nada a ver com isso), mostrando-se "amigo do Povo" com um "PS mais próximo das pessoas".

Cumprindo o memorando da troika, o Executivo decidiu em Agosto subir o IVA aplicado à energia de 6% para 23% (além de ter antecipado esse aumento para Outubro deste ano), mas o PS argumenta que o programa de assistência financeira não refere explicitamente “qualquer valor concreto de aumento”. Num projecto de resolução entregue esta semana no Parlamento, os socialistas lamentam que o Governo tenha optado “novamente pelo caminho mais óbvio e mais fácil – sobrecarregar ainda mais as famílias portuguesas”. E recomendam à maioria que considere na elaboração do Orçamento (a entregar até 17 de Outubro) aplicar a taxa intermédia.

Jornal de Negócios

 

Isto é tudo muito bonito caro Sr. Dr. António José Seguro. E eu, enquanto "consumidor pagante da EDP" não acho muita piada à factura da electricidade. E sim, custa-me ter de pagar mais 10 euros por mês porque temos de passar o IVA para o escalão máximo.

 

O problema excelso Secretário Geral do PS, é que em 12 anos, não só os senhores não trataram daquele pormenor de somenos importância de nome "Defice Tarifário" (para socialista ler: vocês esqueceram-se de dizer aos portugueses que a energia custava mais do que aquilo que eles estavam a pagar) como ainda juntaram umas brincadeiras "renováveis": 

"* O valor indicado incui os custos relativos ao uso das redes e os custos de interesse económico geral que decorrem das medidas de política energética, no valor de ...".

 

Isso mesmo. Metade da minha factura da EDP "decorre das medidas de política energética". Da vossa política energética! 

 

Lavar as mãos do assunto é fácil, mas façam um favor a todos: lembrem-se do estado em que colocaram o País, e lembrem-se do Memorando que também assinaram, em conjunto com o PSD. E de caminho, lembrem-se também, que fomos forçados a tal porque o Estado (latu sensu) não tinha (ou tem) dinheiro. 

 

A gerência agradece!

Ohhhhh!*

Guilherme Diaz-Bérrio, 28.09.11

 

À esquerda as coisas não estão famosas: CDU obtém 4% de intenções de voto e o Bloco de Esquerda apenas 2,7%, naquele que é o pior resultado de sempre neste barómetro do partido liderado por Francisco Louçã. 

Público

 

*Ler título com uma enorme dose de sarcasmo!

Crianças na Madeira

Essi Silva, 28.09.11

 

Não só Jardim garante que a ele ninguém o pára, como os seis pobres candidatos do Partido da Nova Democracia (PND) e o animador de campanha do PND-Madeira se barricaram desde esta manhã no edifício-sede do Jornal da Madeira, no Funchal, já que são vítimas de bullying do Jornal que enxovalha, humilha e goza todos os dias com a oposição.

 

Será que as crianças não podem parar de brincar um bocado e portarem-se bem?

Quer um transplante? Espere um bocado que o Estado já decide se lho pode pagar ou não.

Essi Silva, 28.09.11

 

Entendo que o nosso sistema de saúde precise de cortes e de novas formas de financiamento. Entendo que isso deve ser feito não só à custa de alguns utentes mas também à custa do staff dos hospitais, especialmente do administrativo. Temos demasiados administradores, muitas vezes sem resultados práticos.

 

Infelizmente serão feitos cortes que poderão custar muitas, muitas vidas.

 

O Curry Cabral, é um hospital que conheço, infelizmente, relativamente bem. É um dos maiores centros ibéricos de transplantes hepáticos e um dos maiores a nível europeu. Outro realce, é que o hospital ocupa um lugar de destaque no transplante renal, sendo um dos centros portgueses de referência no que diz respeito aos transplantes reno-pancreáticos.

 

Sim, as urgências do Curry Cabral não são as melhores, com médicos se calhar não tão qualificados (para o efeito) como deveriam. Porém, em Agosto, o Governo decidiu cortar para metade os incentivos para a realização de transplantes, com efeitos retroactivos desde o início do ano.

O problema é que para além do Curry Cabral ser bom no que toca aos transplantes, é também um exemplo de serviço aos utentes: informação não falta e organização também não.

 

Agora, tudo irá por água abaixo: o financiamento foi reduzido, ainda por cima com retroactivos, e a supremacia na área de transplantes e nefrologia acabará; a administração que promovia um dos melhores serviços ao utente demitiu-se.

 

A questão é tão simples como esta - poderemos condenar pessoas doentes à morte para salvar as saudáveis? Deveremos acabar com os mais fracos de modo a garantir a sobrevivência dos mais fortes? Será imperativamente necessário reduzir o financiamento ao Curry Cabral?

 

 

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