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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Líbia: Portugal na carneirada

Miguel Nunes Silva, 03.08.11

Quando a guerra civil se instalou, Portugal prestou-se a ser indigitado mediador na crise e num primeiro momento a sua neutralidade era séria mas à medida que o conflicto se pronlongou, a independência de Portugal foi-se esfumando: em Março já presidia ao Comité de Sanções à Líbia das Nações Unidas (que no momento em que Tripoli dominava a maior parte do país era claramente parcial contra o regime) e poucas semanas depois, aquilo que era uma operação ad hoc por parte de países que apenas também eram membros da NATO, acabou envolvendo toda a Aliança Atlântica – alguém ouviu um pio da parte das Necessidades?

A semana passada Lisboa foi mais longe e transferiu o seu reconhecimento diplomático de Tripoli para Benghazi.

 

Eu compreendo que tenhamos aliados com pouca sensatez mas não posso compreender que nós próprios nos demos ao luxo de conduzir a nossa diplomacia ao sabor do vento.

Portugal tem interesses na Líbia! Se o regime de Tripoli sobreviver, os países beneficiados serão aqueles que apoiaram o regime ou se mostraram neutrais. Portugal está a tomar partido num disputa que não só não está resolvida mas na qual tem também muito a perder.

 

Que ganhamos nós em apoiar os rebeldes? Sim, a narrativa dos rebeldes é a da democracia liberal mas mesmo que eles pratiquem no futuro aquilo que pregam hoje, isso não é desculpa para arriscar tudo aquilo que tem sido construído com Tripoli até agora, em nome de ideais que a nós em nada irão beneficiar.

 

A verdade por detrás da posição de Portugal é infelizmente que o governo tem cedido recorrentemente à pressão de “aliados” que têm outros interesses no conflicto...

Mais um bom exemplo

jfd, 01.08.11

O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares decidiu a fusão de duas instituições (institutos da juventude e desporto) e a extinção de outras duas (Fundação para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Movijovem). O resultado é um único organismo: o Instituto Português de Desporto e Juventude. Segundo as contas do Governo, poupam-se de forma directa 10 milhões de euros por ano, reduzindo ainda 77 quadros dirigentes. “Está dado o pontapé de saída para um compromisso de eficiência” disse ontem Miguel Relvas, a propósito desta primeira reestruturação de serviços.

 

Medida a medida este governo vai provando que é de facto o que prometeu ser. Não é numa semana que se transforma um país mal habituado. É uma corrida de fundo e que tem agora um bom treinador. Graças a Deus.

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