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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Das nomeações

jfd, 26.08.11

Há uma guerra que corre pela internet.

Todos têm opinião.

Este Governo é assim. Transparente. E a transparência tem estes efeitos secundários; qualquer palhaço com acesso à internet tem opinião fora do contexto e fala como que com conhecimento de causa.

Pois a esses palhaços e palhaças eu dou as boas vindas à transparência! Lidem com isso. É assim mesmo. Sabe-se quem está onde, por causa de quem e a que custo para o contribuinte. A única diferença do antigamente é que é público e ao alcance de quem se dá ao trabalho de ler.

É bonito e recomenda-se.

Agora qualquer um pode descontextualizar. Agora que os senhores jornalistas se comportem como qualquer comentarista os bloguista de esquina é que é vergonhoso. Investiguem, contextualizem e tragam noticias de valor acrescentado. Para o resto existimos nós. Os blogueiros, que a ninguém a não ser nós próprios respondemos e que não temos um código deontológico para seguir. Façam mais do que fazem, tenham vergonha na cara.

Agora a mim se há nomeações que me dão vómitos? Claro que há. So what? Dealwith it JFD. É a vida de um mundo em que todos não temos de gostar de todos e que até o mais verme dos vermes terá valor em determinado campo.

Por enquanto estou satisfeito com a prometida transparência. O que estranho é o silêncio do fogo amigo. Aqueles para quem PPC era tudo e mais alguma coisa de mau e que agora fazem vénias. Pessoas sem espinha nem cérebro. Eu já fui oposição, e contribuí para o Partido com o meu descontentamento público. E com muito gosto. Mas detesto gente sem espinha e conivente com aquilo com que não acredita. Valem zero. Como eu gostaria de descobrir a rocha para onde rastejaram...

E mais, este Governo está a superar as expectativas e desafio quem diga o contrário. Com factos. Objectivos, mensuráveis e comparáveis. E que não se chamem João Galamba.

Da internet e das opiniões

jfd, 26.08.11

Há quem não compreenda a Internet, os blogs e a liberdade de opinião.

Existem aqueles que a querem controlar, limitar e apenas publicar o que lhes interessa. A si e aos amigos de petiscos e caminhadas.

A esses eu faço um grande manguito. Ainda estamos para perceber o que quer o Facebook com o fim do anonimato na Internet e o que desejam os seus opositores. Mas algo é certo; há quem tenha nascido com a Internet na sua vida e não tenha noção do que é o contrário. E há quem, como eu, que tenha vivido os dois mundos. Sei mais que aqueles? Sim. Pois vi acontecer. Sou melhor que aqueles? Não. Mas sei um pouco mais, pois, repito, vi acontecer. Tenho um voto com mais valor? Não. É assim a democracia. Mas se quem veio depois de mim tiver um pouco de bom senso, lerá o que escrevo com um pouco mais de atenção e terá um pouco mais em conta aquilo que digo. Há o antes e o depois, e para esses afortunados do agora, apenas há o agora. E há que respeitar o cruzamento das gerações. A do antes e a do agora, que julga que sabe tudo. Mas prontos. São como as cerejas... Vêm de todo o lado as opiniões. E muitos não gostam de ser postos em causa, pois nunca vivenciaram tempos em que isso nem era realidade.

Putos e pitas mimados que não fazem ideia do que dizem e do que custou aquilo que agora têm. Sim... tornei-me num daqueles velhos que sempre critiquei. Mas é assim. Lá cantava Phill Collins; é o círculo da vida...

Coligações Modernas

Diogo Agostinho, 25.08.11

 

Ora, este blog tem tido psicóticos a comentarem reacções a casais modernos. De facto, vivemos tempos novos. Tempos em que os casais são para a frente. Longe vão os tempos em que juntos decidiam o futuro das suas casas. Longe vão os tempos em que existia respeito pela familía do companheiro. Longe vão os tempos em que quando existiam almoços de família se levavam os companheiros, para o avô o receber em sua casa. Longe vão os tempos em que cada um decidia a mulher a dias a contratar ou o jardineiro.

 

Agora pode-se tudo. Viva o individualismo. De facto, vivemos tempos em que é cada um por si não é? Agora pode-se tudo. Vejam bem esse casal moderno que nos governa. Agora podemos ver Portas a criticar Alberto João Jardim na Madeira, podemos ver Passos a nomear Mendes e Menezes para o Conselho de Estado, como uma coisa natural. Podemos até ver decisões de nomeações que "incomodam" os companheiros de coligação.

 

São tempos modernos e para tempos modernos nada melhor que coligações modernas!

Silly quê?

Diogo Agostinho, 25.08.11

 

Mais um mês de Agosto que chega ao fim. E que mês! Antes Agosto era considerado um tempo de férias, em que os jornais se agarravam a não notícias para entreter o leitor de cadeirinha na praia.

 

Mas este mês foi diferente. E que diferença. Entre guerras na Líbia, desacatos em Inglaterra e a certeza de que o projecto europeu, já foi mais europeu do que é. Ficámos a saber que essa coisa denominada União Europeia é uma maçada. Ora ter que juntar tanto país e ainda aturar os mordomos (tipo Presidente da Comissão Europeia) só cria problemas. Nada melhor que um encontro a dois. Ele e ela. Juntos a pensarem e decidirem. Ele e ela sem mais ninguém, pois todos os outros ou estão fragilizados ou não interessam para as contas.

 

Sarkozy e Merkel são hoje o expoente de uma liderança fraca em todos os países europeus, sem excepção. E deram um atestado de incompetência enorme a certos cargos e pessoas. Longe vão os tempos em que cherne era apreciado. Agora só mesmo salchichas ou fondue de queijo.

Tudo o que não se vê, não existe

Essi Silva, 25.08.11

 

É longa a história da arte homo-erótica. Retratada pelas mais diversas épocas e culturas, dos gregos e seus atletas, heróis e deuses, aos explícitos japoneses, é impossível fazer de conta que a homossexualidade é uma coisa recente.

 

Recentes sim, são os tabus tremendos que a acompanham e a deturpação das histórias e dos mitos da antiguidade.

Há uns tempos li um livro chamado Reis que amaram como Rainhas. Um retrato histórico bastante interessante sobre a homossexualidade ao longo dos tempos. Diz-se que no melhor pano cai a nódoa, e como tal a homossexualidade (que não é de todo uma nódoa mas sim uma característica, tal como é característica minha o meu cabelo dourado-acastanhado) sempre existiu e no seio de todos nós, nos mais variados sectores, nas mais variadas sociedades.

 

Tendo em conta toda esta história da arte homo-erótica e da sua existência ao longo dos tempos, não me afigura portanto, uma explicação para que de modo a  evitar polémica uma companhia de seguros tenha cancelado uma exposição de João Pedro Vale, cuja temática era homossexual. 

 

Para quem já ouviu falar de Provincetown, a exposição não é nada de novo.

Passo a explicar: esta terra nos EUA, é habitada por vários portugueses, celebrando-se com festas N.ª Sr.ª de Fátima, durante as quais podemos entre a animação encontrar várias bandeiras portuguesas suspensas por fios, intervaladas por bandeiras gay.

Naquele lugar, parece que o mundo é todo igual e que tabu é um vocábulo do passado.

 

Mas como não estamos em Provincetown, uma exposição sobre esta é, por cá, um tabu e portanto leva ao seu cancelamento.

Neste país, arte explicitamente erótica não choca ninguém, mas toalhas com stencils a dizer "Legalize Butt Sex" são polémicas.

Enfim, estamos em Portugal, o país no qual directores de semanários ridicularizam os gays e P-town é a Sodoma e Gomorra do séc. XXI.

 

Vá lá que a Vénus de Willendorf já tem alguns aninhos...

 

O fim de uma era...

Guilherme Diaz-Bérrio, 25.08.11

Filho de um casal de estudantes de Doutoramento, posto para adopção. Adoptado por uma familia de classe média baixa, o Pai trabalhou para o mandar para a faculdade. Desistiu do curso. Começou a ir às aulas que queria (como Caligrafia), devolvia garrafas para fazer uns trocos e ia a um templo para uma refeição. Tornou-se Budista. Refinou o mau feitio.

 

 

Criou uma Empresa que revolucionou um sector. Foi corrido. Criou mais duas empresas, a última vendida à empresa original. Na altura da compra, a orginal estava destinada a falir. Recuperou-a, voltou a revolucionar 2 sectores e tornou-a numa das 3 empresas mais valiosas do mundo.

 

Ontem, anunciou a sua demissão como CEO. Está a lutar contra um Cancro. Goste-se ou não do homem, das opiniões ou do estilo, fica para a História como um visionário e pioneiro. Steve Jobs partilhou uma rivalidade intensa com Bill Gates (outro homem que, goste-se ou não, foi outro visionário e pioneiro), rivalidade essa que moldou uma industria.

 

 

Veremos como a Apple, a empresa que em 1997 se dizia que ia falir, continuará sem ele. Este será o grande teste ao seu legado: será que a Apple continuará a mesma? 

 

Graças a Deus que sei para onde vão os meus impostos

Essi Silva, 24.08.11

 

...Ou então, mudar de transporte...

 

Não sou a pessoa mais satisfeita por ver os preços dos Transportes Públicos subir.

Não faz sentido, num clima de austeridade, incentivar-se à poupança promovendo o uso do automóvel ao igualar os gastos do uso de transportes públicos com a condução de um automóvel. Sejamos francos: existem demasiadas pessoas a usarem automóvel sem necessidade. 2 anos depois de tirar a carta, não a uso: 15€ ou 30€ de passe não conseguem equiparar-se aos gastos de estacionamento, combustível, seguro, impostos, etecetera.

 

Mas agora, talvez já valha a pena, especialmente depois de perceber para onde vão os meus, os nossos, impostos.

É que se é verdade que uso os transportes públicos de Lisboa, do país, para me deslocar sem grandes custos e com alguma satisfação (fora queixas sobre limitações de horários e afins), até porque tenho uma consciência ecológica que colegas meus que se deslocam num trajecto de 15 min. de transporte de autocarro ou metro não têm, não gosto nada de ser tomada por parva.

 

Andar de comboio para os meus spots de férias já se tornou um hábito. Porto ou Algarve, a primeira escolha, quando vou sozinha ou se justifica, é sem dúvida o Alfa-pendular/Inter-cidades. Para o Algarve, sou obrigada a complementar com uma viagem no velhote Regional, que até tem alguma piada.

 

Coisa sem piada nenhuma sucede-se quando me apercebo que das 6 pessoas na carruagem que saíram do Alfa em Tunes, a única pessoa com bilhete do Regional até ao seu destino sou eu. E porquê? Porque embora o maquinista se faça acompanhar de um funcionário, este não está autorizado a cobrar ou rever bilhetes. Conclusão: à noite 0 revisores.

Injusto e MUITO perigoso, como é óbvio, a situação não é agradável. É que os prejuízos da CP saem duplamente do meu bolso - versão bilhete mais caro e versão imposto.

 

O cocktail misturado, é ainda menos agradável: depois de uma reclamação no ano passado, a CM de Portimão continua a não sinalizar bem a estação (à qual tanto deve) e o local, com um ar abandonado, mal-frequentado e iluminado e sem transportes públicos por perto (taxis, nem vê-los) deixa ainda mais a desejar (na passada semana na pensão que fazia esquina com o largo da estação até um homem foi baleado com uma caçadeira).

 

Se é para isto que vão os meus impostos, então mais vale fechar a linha de comboios, deitar mais dióxido de carbono para o ar e ir de popó (ou então ir na Rede Expresso - mais fiável e segundo parece, mais lucrativa - para além de ficar mais perto do destino final).