Com a quantidade de chefes de estado europeus que celebraram a morte de Bin Laden, não existindo pena de morte nos seus paises!
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Com a quantidade de chefes de estado europeus que celebraram a morte de Bin Laden, não existindo pena de morte nos seus paises!
No post de ontem falava da ameaça que Portugal enfrenta de discursos populistas. Muitas vezes, precisamos de dar substância às palavras com o imediato da realidade política para perceber que ameaça é essa.
José Sócrates assumiu-se defensor do Estado Social. Ele é o guardião da Escola Pública e do SNS. Ontem, durante a inauguração de uma escola em Vila Viçosa lançou ataques duríssimos a Pedro Passos Coelho pelas suas críticas aos gastos sumptuários feitos pela empresa pública Parque Escolar. Desafiou o PSD a esclarecer se prefere investir na ignorância. Acusou o PSD de querer Escolas boas apenas no privado. Este foi o discurso populista de quem opta por um colégio privado para os seus filhos ao contrário de Pedro Passos Coelho que optou pela Escola Pública para os seus. Este foi o discurso populista de quem inaugurou uma única escola secundária que custou 12,3 milhões de euros. Qualquer pessoa minimamente consciente tem noção de que é um custo absolutamente inconsciente. Este foi o discurso de quem comprometeu o país com uma recalendarização das obras da Parque Escolar com o FMI e o FEEF.
José Sócrates está apostado em manter o poder, custe o custar. O país continua a pagar a sua inconsciência e o seu populismo. Na sua mente existe apenas um objectivo e um interesse, esse interesse não é o do país, é o da sua sobrevivência no poder.
O périplo de José Sócrates continua: o novo guardião da Escola Pública.
O artigo começa com uma entrada à jornalista:
It’s no accident that Austrian economics is newly popular. It provides the best explanation for the business cycle we just lived through.
But the resurgent popularity of Austrian economics may actually be hampering the ability of the Federal Reserve to reflate the economy with low interest rate policies. Businesses, now aware of the dangers of a low inflation- sparked economic bubble, may simply be refusing to fall for the age-old boom-bust trap.
Depois explica a Teoria Austríaca em linguagem simples (talvez um pouco inexacta, mas ainda assim justa e bastante boa para o objectivo).
Falha depois quando diz:
"The strongest critique of the Austrian theory of business cycles has always been that it makes businessmen out to be a bit foolish. Why are they always getting tricked by the low interest rates of central banks into making unsustainable investments? Wouldn’t a smart businessman take advantage of low rates to make investments that could withstand inevitable rate raises?"
Falha porque não sabe que uma descida da taxa de juro torna a economia enviesada em produzir demasiados bens de consumo longo (i.e., casas, carros, ...) e muito poucos bens de consumo mais imediato (comida, ...) - o que no fim leva ao colapso do preço dos primeiros e ao aumento insustentável do preço dos segundos. Falha porque não compreende também que uma taxa de juro muito baixo penaliza a poupança e o investimento e estimula o consumo, o que quer dizer que poucas matérias-primas (metais, cereais, ...) e bens intermédios (maquinarias, ...) vão ser produzidos e muitos bens finais vão ser consumidos. Em termos teóricos, não conhece as implicações do Triângulo de Hayek. Ele fala do colapso do mecanismo de preços, mas essa definitivamente não é o único problema com uma taxa de juro baixa.
Em relação à Popularidade, resta-me dizer: =). Tom Woods tem muitos bons vídeos na net e "Peter Schiff was right" é o título de diversos vídeos muito populares. Quem quiser links, diga.
Bem, o artigo é bom e merece uma leitura. Que um editor da CNBC o escreva diz muito sobre o aumento de popularidade do Instituto Mises e da escola austríaca em geral. Uma mudança de fundo está realmente a formar-se. Se chegará a este Soviete à beira-mar plantado, é que vamos ver...
Vive-se hoje, em Portugal, um caldo social preocupante, denso e pouco transparente no plano político, volúvel e pouco firme no plano democrático. As eleições de 2011 arriscam-se a reeditar a eleição de uma Assembléia da República que torna difícil a governação do país e a sua absoluta necessidade de estabilidade e condições de governabilidade. Esta reedição acontece por vários motivos: o primeiro é a demissão dos portugueses da responsabilidade sobre a situação a que chegou o país, sobretudo a responsabilidade pelas escolhas que fez nas últimas eleições; o segundo é o receio da perda do guarda-chuva do Estado.
Durante 37 anos, após o 25 de Abril, criou-se por oposição ao antigo regime um estado que protegia aqueles que o anterior desprotegia. Porém, construiu-se esse Estado à semelhança do anterior. Assim, durante 37 anos construiu-se um Estado de que uma esmagadora maioria é beneficiária, seja pelo próprio emprego, seja pela segurança social, seja pelas prestações de cuidados de saúde, seja pela educação. Criou-se um Estado de que todos são beneficiários de alguma forma e que leva a que todos o protejam das reformas de que carece. Criou-se assim um caldo em Portugal que arrisca sobremaneira a liberdade que consquistámos em 74.
José Sócrates, como em 2009, arrisca-se ganhar as eleições legislativas fazendo apenas o discurso de protecção do status-quo. Este discurso não é mais que populista e menos que perigoso: adiar a realidade da situação económica e financeira do país. Diabolizar a ajuda externa (que ele mesmo pediu, consciente de que esta é essencial à viabilidade económica do país) é absolutamente irresponsável na medida em que extrema as posições à sua esquerda. O discurso de hoje de Carvalho da Silva, na Alameda, por ocasião das celebrações do 1º de Maio foi de um ataque reaccionário à Europa e às suas instituições. Acusou a Europa de usurpação da nossa soberania e de neo-colonização relembrando os 3D's do MFA e garantindo que a troika ameaça a Democracia.
Sócrates promete manter tudo como está. Ele é o defensor do Estado Social, ele é o defensor do Serviço Nacional de Saúde, ele é o defensor da Escola Pública. Sócrates promete lutar pelas reformas e pelo subsídio de desemprego, contra aqueles que querem acabar com o Estado Social. E aqueles que querem acabar com ele são aqueles que falam da necessidade de reformas para o tornar sustentável.
O Estado, construído desde o 25 de Abril de 74, é hoje protecção de uma grande maioria de portugueses. De fora estão jovens que não conseguem emprego; idosos que lutam pela sobrevivência com reformas miseráveis; de fora estão aqueles que não têm lugar no protectorado estatal. Neste momento o Estado é governado para manter regalias e a protecção de alguns. O Estado deixou, há muito, de ser o garante das liberdades de todos para garante das regalias de alguns.
Em Portugal são hoje aceites discursos populistas que apelem à protecção do Estado, que defendam o Estado da sua necessária reforma. Enquanto isso, confunde-se Estado com José Sócrates, e esquecem-se seis anos de irresponsabilidade política e de ataque à sustentabilidade económica do Estado Português. Esta realidade política é densa e é assustadora, na medida em que não permite vislumbrar saídas com discursos consequentes e realistas. A mensagem do eleitorado é clara: para se ganharem eleições em Portugal é preciso garantir a protecção daqueles que vivem sob a protecção estatal. E esse Estado será alimentado pelo sacrifício de todos, sobretudo pelo sacríficio do futuro dos jovens e da qualidade de vida dos idosos.
O Estado condiciona e muito, hoje, a democracia em Portugal. O futuro, hoje, não é claro.
Não quero ser primeiro-ministro a qualquer preço. Quem quiser mais TGV ou mais auto-estradas, quem quiser mais benefícios escondidos, quem quiser mais amiguismos, mais batota em Portugal vote no engenheiro SócratesNão quero ser primeiro-ministro a qualquer preço. Quem quiser mais TGV ou mais auto-estradas, quem quiser mais benefícios escondidos, quem quiser mais amiguismos, mais batota em Portugal vote no engenheiro Sócrates