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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Democratas na América (4)

Ricardo Campelo de Magalhães, 30.04.11

Ao menos estes são consistentes:

 

 

O que o Oeste necessita é de uma revolução (evoluções são uma chatice).

O Crescimento económico é um "paradigma", ao qual estamos "viciados".

Devíamos todos criar jardins ou tornarmo-nos agricultores.

E livrarmo-nos das máquinas, essas consumidoras de empregos.

 

Enfim... não sei se ria ou se chore.

Se esta gente quer-se juntar num pedaço de terra reservada para eles e viverem uma existência tribal, sou a favor.

Agora, se eles defendem a imposição do seu modelo agrícola, de retrocesso ao ano 8000 A.C., e de morte aos 40 anos, aí meus caros, eu talvez me torne revolucionário também.

 

Casamento do ano

Diogo Agostinho, 29.04.11

 

Foi hoje o casamento do ano. William e Kate deram o nó, numa audiência que se estimou em 2 mil milhões de pessoas a assistir pela TV e net. De facto, assistir a um casamento real é história. Obviamente que quem acompanha esta cerimónia em directo, tem em linha de conta interesses diversos. Desde a devoção à monarquia, à vontade de conhecer o vestido da noiva, o penteado da noiva, os convidados, os chapéus das senhoras presentes, a envolvente, a cerimónia religiosa, o luxo da própria cerímónia. Tudo são motivos para pregar ao ecrã milhões e milhões de pessoas. É de facto, impressionante o número de pessoas nas ruas em Londres a celebrar este momento de orgulho nacional.

 

É pois um momento de conto de fadas num mundo em crise. Estima-se que o casamento custe à Casa Real Britânica 7 milhões de euros, mas que tenha um impacto de 700 milhões de euros na economia britânica por estes dias. Valem o que valem.

 

É um momento histórico, a rapariga comum que chega a princesa e futura rainha de uma grande nação. Um lamento fica nesta cerimónia a ausência física da Princesa Diana.

Sócrates: “Vamos ter saudades do PEC”

Paulo Colaço, 28.04.11

O título não é meu, é do Público.

O PM disse-o hoje Fórum TSF, querendo afirmar que a austeridade que a "Troika" tratá fará o PEC parecer um paraíso.
Ou seja, o PM reconhece publicamente que o seu PEC mais não era que medidas da treta, de profundidade zero e de eficácia igualmente nula.
O seu PEC era brincar aos sacrifícios.
E sim, claro, teremos saudades do PEC porque detestamos fazer sacrifícios.
Resta saber se gostamos minimamente de sacrificar os culpados...

IREF

Ricardo Campelo de Magalhães, 27.04.11

O IREF publicou o seu anuário sobre Fiscalidade para 2011.

 

O relatório inclui 21 países, incluindo o nosso Portugal, e versa sobre o que de mais importante aconteceu em termos de Política Fiscal e Política Orçamental nos diversos países da Europeus incluídos.

A Europa é neste momento uma manta de retalhos, com países com contas quase equilibradas (NL, NO, SK, LU, DE e SE) e outros com contas muito desequilibradas (por exemplo, este nosso cantinho à beira mar plantado) em termos orçamentais. A situação é também bastante diversa em termos fiscais, sendo a única tendência claramente identificável a complexificação dos sistemas fiscais - na Suécia a fonte mais credível em termos fiscais é um site PRIVADO (www.jobbskatteavdrag.se).

As receitas foram originais, contraditórias e muitas vezes confusas. Creio que o relatório é uma leitura interessante para quem precise desta informação profissionalmente ou para quem tenha curiosidade em conhecer os diversos sistemas (e tragico-cómico para liberais...).

O link no topo do post dá acesso a uma pequena apresentação do relatório. Nele há outro link para fazer download do relatório completo.

Boas leituras.

Republicanos na América (20)

jfd, 27.04.11

Em tempos passados os Democratas sofreram com a tentativa de explicação do Obamacare e foram recebidos com apupos, ameaças de morte, foram chamados de socialistas e Obama de Hitler renascido. Apenas porque queria estender os cuidados de saúde para todos os possíveis. Os democratas aguentaram. A lei passou. Sofreram depois nas eleições. Ganharam os Republicanos e quase todos os democratas que haviam votado sim, chumbaram nas urnas.

Como o povo dos EUA é esperto, deu a maioria do Congresso aos inteligentes e sempre divertidos bebedores de chá do GOP.

Desde que eleitos têm tido várias causas;

- a eterna luta contra o aborto

- a eterna luta contra taxar os ricos

- a renascida luta contra os sindicatos e representação de trabalhadores

- a novíssima luta contra pessoas sem certidão de nascimento principalmente se forem pretas e se exercerem o cargo de Presidente dos EUA. 

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Ora, a estrela prodígio lá do sítio recentemente revelou o seu plano para 10 anos de cortes para um melhor futuro; O Caminho para a Prosperidade.

Basicamente é diminuir as taxas aos 2% mais ricos às custas de taxar cerca de $6000 a mais ao rácio de por cada rico sete velhinhos; diminuir os direitos adquiridos, eliminar o planeamento familiar, retirar ajudas do estado a pré-nascidos, retirar ajudas do estado a diabéticos, coisas assim do género. Coisas que tendo em conta as estatísticas incidem nos pobres e na decadente classe média. Mas, don't take my word for it, vão ler, informem-se e procurem.

 

O que vale, e como já disse, é que o povo lá é esperto (!) e agora quem anda a levar na cabeça são os meninos do GOP que andam de Assembleia Municipal em Assembleia Municipal a explicar como vão tirar dos pobres para dar aos ricos e por milagre vão aparecer empregos e prosperidade.

 

Enfim. Só mesmo na América!

 

ps - (20.5) Há um Estado em que está pendente legislação em que apenas candidatos que provem a sua nacionalidade com certidão de nascimento ou certificado de circuncisão poderão constar no boletim de voto para 2012. LOL

Ministro das Finanças

Diogo Agostinho, 27.04.11

 

O nosso sistema elitoral nas legislativas tem muito que se lhe diga. Votamos cada um no seu distrito em deputados que nos vão representar para escolher o Primeiro-Ministro, que depois escolhe os seus Ministros. Por um lado, é do conhecimento geral, sem tar escrito em algum lado, qual o candidato a Primeiro-Ministro de cada partido. Por outro, quando vamos às urnas, não podemos escolher os que melhor representam o nosso distrito, pois poderemos enfraquecer o candidato a Primeiro-Ministro que queremos.

 

Mas, estas são outras contas. Em pensamento sobre o tempo em que vivemos actualmente, sobretudo na óptica de observar o afastamento de Teixeira dos Santos e Sócrates, penso que seria uma boa opção que o actual Presidente do PSD, Passos Coelho, apresentasse a todos, já que tem o Governo na cabeça, expressão sua, o próximo Ministro das Finanças. E porquê? Pois bem, com a ajuda externa a negociar com Governo e Partidos, com as preocupações extremas nas contas públicas, seria desejável apresentar já um nome forte, credível e que garantisse confiança nos eleitores. Sim, nos eleitores. O mercado que venha depois. Agora o que interessa é conquistar o voto dos portugueses.

 

Fica a ideia.

Mudar (4)

jfd, 26.04.11

Durante as duas campanhas para as directas do PSD, fui incentivado por um Pedro Passos Coelho adverso à batota que está mais que presente no dia-a-dia da sociedade Portuguesa. Quer seja a cunha, o tacho, o jeitinho, o olha para o lado ou o descarado favor; tudo aquilo que é atrito do correcto funcionamento que se quer numa sociedade correcta, meritocrática e acima de tudo justa. É com especial gosto que vejo que as intenções se têm transformado em acções e as acções em novos desafios e desejos para, primeiro um partido coerente, e depois uma sociedade ainda melhor.

E de novo fica o exemplo com palavras claras e uma mensagem que tão somente pelos seus danos colaterais tem demonstrado o quão poderosa é. Veja-se o exemplo do ex-autarca que enviou uma carta aos seus militantes, ou dos variados notáveis que se decidiram em ficar pelas suas teias de aranha negando convites e fazendo o favor de divulgar SMS de tempos certos para confundir tempos incertos ou até de preciosos quadros que simplesmente recusaram servir a causa por egos pessoais.

Cada vez mais tenho confiança na mensagem, e que tendo a oportunidade correcta, esta será implementada. Encontrará resistência é claro, e como já se tem visto será feroz. O status-quo é dependente tal e qual um parasita silencioso necessita do seu hospedeiro e da sua vitalidade. Mas no fim prevalecerá, pois é a postura correcta. É a que necessitamos. É a que fará a diferença.

É isto que interessa meus senhores e minhas senhoras. Tudo o resto é ruído.

Arrumando a casa, arrumaremos o país. E com o país arrumado, Portugal poderá de novo, ir longe.

 

O regresso do PSD ao Governo passa também por "dar a mão à palmatória". Foi Pedro Passos Coelho quem o afirmou, ontem, em Lisboa, em mais uma sessão do Construir Ideias (um grupo de reflexão estratégica dinamizado por apoiantes do partido), desta vez subordinada ao tema "25 de Abril. As liberdades em liberdade". "O PSD tem que aprender com os seus erros." Porque "é verdade quando dizem que contribuímos para colonização do Estado". "Não vamos para o Governo para enxamear a administração com quadros do PSD", garantiu - num remake, 16 anos depois, do célebre discurso do "no jobs for the boys" que António Guterres fez a dirigentes do PS depois de ter ganho as eleições legislativas de 1995. Para o líder social-democrata, é assim essencial que o eleitorado perceba que o partido "aprendeu com o passado". Passos Coelho afirmou também que a criação de uma possível "União Nacional é perversão" e que Portugal não tem de acabar numa situação dessas, mas num "pluralismo", onde cada um tem de ser responsabilizado sobre as decisões que toma. 

 

Meus caros, só não quer Mudar, quem quer tudo como sempre foi...

Foi por isto que os funcionários públicos foram de férias mais cedo...

Rui C Pinto, 26.04.11

 

... Era preciso assumir durante o fim-de-semana que o défice é, afinal, de 9,1%. Era preciso assumir que, afinal, a consolidação orçamental histórica não passou de propaganda. Era preciso assumir que em Portugal se maquilham contas. Era preciso assumir a falta de credibilidade do governo e das suas contas. Era preciso assumir que o governo não conseguiu cumprir as metas do PEC3, nem conseguiria cumprir as do PEC4. Era preciso assumir tanta coisa, que era preciso mandar o país a banhos para poder a um Sábado, entre a sexta-feira santa e a Páscoa, fazer tal anúncio. Nenhuma novidade, vindo de um governo chefiado por um licenciado ao Domingo... 

 

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