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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Contró poder Marchar, Marchar! (1)

jfd, 01.03.11

Mais um que sai da toca em toda a sua luz e esplendor. Ainda por cima um dos meus preferidos! Oh ingratidão!

Ignorantes do que é e do que foi o PSD lá virão com as invocações a paranóias e teorias da conspiração.

Mas eu gosto destas bruxas. Não é preciso procurá-las. Elas aí estão à nossa beira e à mão de semear. E assim é que é.

Não sei se é porque têm medo da lei da rolha, se lhes cheira a algo ou se obedecem a desígnios maiores; mas aguardam-se mais pérolas do género nos dias e semanas que se seguem...

Afinal, alguém terá se assegurar o jogo sujo do PS parte 2 em real 3d.

 


 

(...)Se este governo conseguir manter a execução orçamental, acho preferível que continue até ao fim da legislatura(...)

 

(...)o PSD tem de ser visto como um partido responsável(...)

 

(...)[Do ponto de vista da condução política, o presidente do PSD] “tem sido uma navegação de cabotagem, como se diz, à vista da costa”(...)

 

Non-violent protest for dummies

jfd, 01.03.11

Bush acreditava que a relação entre os Estados Unidos e o Médio Oriente deveria ser pela força para garantir a estabilidade. No médio oriente, aposte no cavalo forte.

Temos vindo a descobrir a incrível força moral do protesto não violento contrariando o intrínseco preconceito de que os árabes muçulmanos apenas conhecem a linguagem da força e do desespero violento e sanguinário. Realmente verificamos em directo e na primeira pessoa, sem filtragens nem subterfúgios que o poder da não-violência é de facto uma lição para todos. Por exemplo os Palestinianos que caso tivessem desde sempre optado por um caminho de não-violência teriam já encostado Israel a um canto negocial.

Há quem acredite que para a não-violência ser efectiva terá de haver uma grande proliferação da mesma pelos media. Há quem chame isso de propaganda. Aquilo que damos de barato aqui pelo nosso canto do mundo, como a CNN e afins e que terá sido fulcral no movimento da minoria oprimida na América dos anos 60 durante o movimento dos direitos civis, e agora algo que chega com forca ao médio Oriente tanto pela aljazeera como pelo twitter, facebook e pelo poder do telemóvel na mão de cada jovem que grava aquilo que não vemos e ouvimos falar.

Enquanto há quem queira relativizar e contextualizar as coisas ocidentalizando de forma a colocar o centro dos acontecimentos no seu umbigo e nos seus interesses, quem quer pode continuar a ver os acontecimentos a nu e a cru como bem entender.

E quando o regime entra em casa de cada um que se cria a noção do que realmente se passa.


A primeira Intifada foi consideravelmente mediatizada tendo sido os Palestinianos relativamente pouco violentos.  Agora resta a esse conflito que adoptem de novo uma política de não-violência que traga ao de cima aquilo que muitos classificam como mito; que é um Israel que não recua um cm num ideia ou num sentimento em função do status quo e sob ordens de um governo extremista e ao qual não se exige o mesmo que a outros tais se lhes exige...

Israel teme esta nova ordem. Foi-se Mubarack, temem pela Arábia Saudita, temem pelo Rei da Jordânia.


Mas quem sou eu? Não sou um especialista sou um apaixonado.

Eu só acho que estando o Irão a ganhar com todo este terramoto de poder, deveria Israel demonstrar porque é sempre tida como a única democracia na região demonstrando, por liderança, ser um farol para o futuro da região pela democracia pela paz e pela estabilidade de um futuro.

Porque afinal há esperança e as coisas não devem de ser como dizem os frios e calculistas:

Compreendamos assim que a solidariedade com outros povos não deve ser um bem intrínseco mas sim uma prerrogativa baseada nos méritos e interesses de cada circunstância.

Pobre o homem que assim pensa. De que se lhe vale um futuro?

Digo eu, repito, que não sou especialista. Sou um cidadão do mundo. Mais um entre tantos.

 

 

Bem-vindos ao mundo real.

nunodc, 01.03.11

Os estagiários vão passar a receber muito menos. As bolsas atribuídas pelo IEFP reduzem de dois para 1,65 Indexantes dos Apoios Sociais (IAS), de 838,44 para 691,73 euros. São ainda descontados 11% para a Segurança Social e os impostos. Assim, um jovem solteiro e sem filhos recebe 581,13 euros, em vez dos 838,44 recebidos até agora. 

 

O positivo:

 - as expectativas (infelizmente) irreais dos licenciados são eliminadas, e aprende-se mais cedo a lidar com o mundo real do trabalho.

 - poderá mesmo dizer-se que é mais dinheiro que entra para o Estado, se bem que cada vez menos veja isso como sendo positivo.

 

O negativo:

 - 581,13€ por mês não dá para quase nada. Esqueçam o sair de casa dos país, o ter algum prazer na vida, o ir jantar fora aqui ou ali.

 - a precariedade continua, a falta de alternativas continua. Se a grande vantagem dos Estágios Profissionais era o receber cerca de 900€/mês, durante um ano, agora nem isso há.

 

As questões centrais dos Estágios Profissionais são bem mais profundas, porém.

- para que se mete o Estado num mundo que não é o dele? Que promova a criação de postos de emprego, o que seja, mas não à custa de subsídios que distorcem, e muito, o mundo laboral.

 - as empresas habituam-se a trabalhadores low-cost só porque podem, só porque o Estado comparticipa. E, para quê empregar alguém no final do estágio, quando se pode encontrar outro estagiário e continuar a receber a comparticipação?

Ao mesmo tempo que lamento o corte no salário recebido, algo que nunca é agradável, lamentando também que sejam os mesmos de sempre a pagar, não posso deixar de pensar que isto pode ser algo de muito positivo, nomeadamente na extinção de um programa que, desde o 1º momento, não faz qualquer sentido.

FEEF ou FMI?

Ricardo Campelo de Magalhães, 01.03.11

 

A quem pensa "Bah, é o mesmo", gostaria só de salientar 2 ou 3 pontos que creio serem de relevo:

 

1. Com o FMI, é o fim do “Estado Social”, tão importante para o Marketing do PS: aquela instituição vai obrigar o Estado a pagar o que deve à banca e, como se pôde ver no caso Grego, isso implica fortes cortes na despesa. Com o FEEF, quem controla a atribuição do pacote é Klaus Regling, da Comissão Europeia (logo, próximo de Barroso). Com este "porreiraço", Sócrates terá maior influência nas medidas a tomar e os cortes serão menores.

 

2. Com o FMI, Sócrates terá de assumir a sua incompetência. Perde a face. E vê as suas contas auditadas, o que há que evitar a todo o custo (na perspectiva dele). Episódios como a Transferência do Fundo de Pensões da PT (o Estado leva 4000 Milhões ao Orçamento mas não contabiliza os encargos a que a partir daí está obrigado!) não serão mais aceitáveis. Com o FEEF, pode contar com a muito maior condescendência habituais da Comissão e do Eurostat, permitindo a continuidade da contabilidade "criativa" que tem vindo a praticar. E pode negociar silêncios e trocar favores, algo em que se sente peixe na água.

 

3. Sócrates ganhará uma bandeira. Já o ouço “Paramos o FMI! Foi em Portugal!”. Tudo marketing, pois o essencial (Portugal fez um esforço enorme para passar de um défice de 7.3% para um de 4.6% e nem quero pensar o que será necessário para passar a haver um pequeno superavit para nos permitir pagar alguma coisa da dívida) ficará na mesma. Mas depois de 2 países caírem, foi aqui que paramos o dominó da crise da dívida. WOW.

 

É por isso que me preocupa que, ao contrário dos casos Grego e Irlandês, os técnicos do FMI não nos tenham visitado em Fevereiro, mas apenas os da Comissão. A estratégia do PM para se manter no poder, onde ele se quer manter a todo o custo, está em curso. O país ficará com uma dívida monstruosa? Sim. O país terá um governo que nem os seus ministros apreciam? Sim. O país crescerá tanto na próxima década como na última (3º pior no mundo, atrás de Itália e Haiti, segundo Frasquilho)? Claro, pois nada foi feito e receita e protagonistas são os mesmos. Mas o país não interessa. Só a sobrevivência de Sócrates.

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