Egipto...
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"Indícios de violação culposa dos deveres dos militantes" da JSD-Açores levaram à abertura de um processo disciplinar ao actual líder Cláudio Almeida e ainda ao vice-presidente (que suspendeu funções) Rómulo Ávila. De acordo com o Diário dos Açores, Rómulo Ávila foi acusado, pela lista de Alexandre Gaudêncio, de falsificação, de modo a beneficiar a lista de Cláudio Almeida.
Confesso ter ficado agradavelmente surpeendido por esta notícia. Como um mero outsider que, feliz ou infelizmente, conhece muito do inside, perdi a conta do número de vezes a que assisti ou tive conhecimento de atitudes, digamos, "menos nobres". Esta é a 1ª vez que vejo uma delas exposta na imprensa.
Há duas questões que saltam logo à cabeça:
1º: Que cargos tão importantes são estes que levam a um quase ódio entre pessoas que, em teoria, remam na mesma direcção?
2º: Que raio de pessoas são estas que se sentem na necessidade de falsificar assinaturas e de enveredar por outras atitudes menos nobres numa área que, em teoria, será a mais nobre de todas?
E, se isto não me preocupa em demasia agora, devido à insignificância dos seus cargos/tarefas... preocupará daqui a 10/15 anos, quando for esta geração a estar no poder...
* Meu Deus!!! Da noite para o dia virámos um país sério e com responsabilização de facto? Clap clap!!!
Que bem sabe ficar espantado com coisas boas!!!!!!! Vão com Deus meus senhores. (claro que quase que aposto que a série 7 desta posta será sobre os seus próximos cargos LOL)
O Director-geral da Administração Interna, Paulo Machado, e o Director da Administração Eleitoral, Jorge Miguéis, anunciaram a demissão na sequência das dificuldades que os portugueses tiveram em exercer o direito de voto nas eleições presidenciais do passado domingo.
Afinal todo o processo Casa Pia foi uma invenção, de acordo com o mítico "Bibi". Todos os arguídos estão inocentes (apesar de 6 em 7 terem sido condenados), não houve qualquer abuso, tanto ele como os rapazes mentiram, e todo o processo "nasceu por uma tentativa de assalto ao poder da Casa Pia" com "muitos interesses em jogo". A PJ terá também uma água com propriedades mágicas, que fazia com que ele estivesse constantemente drogado
Poderá ver o surpreendente vídeo com as declarações acima referidas aqui. Por mera coincidência, o autor da entrevista escreveu um livro sobre a condução do processo Carlos Cruz, em conjunto com a ex-mulher do mesmo.
Mais do que ser um outro revés num caso que se queria resolvido há muito, é mais um motivo de chacota para a já muito débil justiça portuguesa.
Acho que vou rever o vídeo partilhado no post anterior.
Porque, apesar de tudo, vivemos num país fantástico.
"Manuel Alegre vai receber 790 mil euros de subvenção pelos 19,75% de votos. Um valor quase idêntico ao de 2006 quando se candidatou sem apoios partidários, mas muito inferior ao que tinha previsto gastar no orçamento da campanha.De acordo com o documento entregue no Tribunal Constitucional, Alegre previa receber 1,35 milhões de euros de subsídio do Estado. O fecho das contas vai fazer-se nos próximos dias, mas a candidatura prevê receber cerca de 1 milhão de euros de apoio do PS e do BE para um orçamento que prevê gastos de 1,6 milhões de euros."
Valham ao menos as 2 pensões do Estado!
Numa nota mais séria:
A lei concede 3,8 milhões de € de gastos nas eleições, 20% a ser dividido de igual modo pelos candidatos que obtiveram pelo menos 5%, os restantes 80% a serem repartidos de acordo com o resultado eleitoral.
Quase 4 milhões para uma eleição que se inseriria na categoria faits-divers. Isso sim, é preocupante.
Sempre ouvi dizer que o poder efectivo de um candidato se esgota no momento da sua eleição. Ou seja, quando se é candidato no dia em que vence as eleições, as preocupações desviam-se logo (em caso de não reeleição) para quem vem depois. É humano! Faz parte de todos nós olhar à volta e pensar: "Este já está, quem se segue?".
Nesse sentido creio que desde domingo começaram as primárias para as Presidenciais 2016. E candidatos a candidatos não faltam...
Quer à esquerda:
Quer à direita:
...diz-se por aí que o crash tecnológico de ontem terá contribuido para o aumento da abstenção. Diz-se também que é uma vergonha, etc, etc.
Não pretendo aqui divagar sobre o Cartão de Cidadão, nem o que seja.. Toda a gente sabe que este, apesar de ter grandes vantagens, tem também alguns incovenientes, como a exclusão do nº de eleitor.
O que me surpreende a mim, no entanto, é que tenha havido milhares de pessoas que não sabiam onde votar, nem qual o seu nº de eleitor.
Eu não votei. Não ia ao Porto de propósito para votar numa eleição inconsequente e já decidida há muito (para os puritanos, se alguém me apresentar uma razão coerente pela qual eu devesse gastar 40€ só em transportes, agradece-se).
Mas, caso fosse, saberia exactamente onde votar e qual o meu nº de eleitor. Porque, apesar dos inconvenientes de ter que sabê-lo ou de levar o cartão antigo (nenhuma delas requer um grande esforço, diga-se), faz isso parte do dever cívico. E, ao invés de estar a culpar o sistema, teremos simplesmente que olhar para nós próprios.
Se as linhas de apoio/sites/whatever deveriam ter crashado? Não, claro que não. Mas deveria um qualquer cidadão ter que recorrer a esses mecanismos?
Pois. Claro que não.