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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

O começo do fim

Rui C Pinto, 30.09.10

Os Editoriais da imprensa escrita desta manhã, não deixam dúvidas. Começou o fim da era Sócrates.

 

Público: “Cortar sem ter uma política”

“A austeridade pode ser uma opção realista, mas não chega para esconder a ausência de uma política.”

 

Diário de Notícias: “A assunção da crise um ano e meio depois”

O optimismo espalhado aos sete ventos não tinha, afinal, razão de ser, como agora fica claro para todos.”


Diário Económico: “Vida cada vez mais difícil”

“A vida dos portugueses vai piorar no próximo ano, em especial a dos funcionários públicos. Além do IVA que sobe dois pontos percentuais para 23% e dos benefícios fiscais que encolhem...”

 

Jornal de Negócios: “Acabou. Começou”

“Os políticos falharam-nos. O Governo errou. Sócrates mentiu. Mas ontem isso acabou. Agora nós.”

 

i: “Orçamento vai haver mas ainda falta o resto”

“O PSD tem agora a sua parte de responsabilidade, terá de abster-se no Orçamento do Estado, mas assim se prova que aquilo que fez o governo na semana passada foi um número de circo inaceitável - e até lesivo do país - ao denunciar o PSD como aquele que não aceitava negociar.”


A Proposta (3)

jfd, 30.09.10

A 25 de Novembro de 2009 Sócrates garantiu que não aumentaria impostos.

A 8 de Março de 2010 Sócrates vangloriou-se: "O mais fácil seria aumentar impostos"

A 12 de Maio de 2010 Sócrates estava satisfeito com crescimento no primeiro trimestre.

A 6 de Junho de 2010 Sócrates garantiu que o mais recente aumento de impostos era suficiente.

A 13 de Agosto de 2010 Sócrates garantia que o crescimento do PIB no segundo trimestre consiste num "sinal de grande encorajamento e confiança para a recuperação da economia portuguesa".

A 24 de Agosto de 2010 Sócrates afirmava que o crescimento da economia portuguesa, entre Janeiro e Junho, foi o dobro do previsto pelo Governo.

A 29 de Setembro de 2010 Sócrates anuncia o segundo aumento de impostos do ano.

 

Quais serão as cenas do próximo capítulo?????????

Quem é sério afinal? (8)

jfd, 30.09.10

Como todos sabemos foi aprovado em Junho de 2010 um pacote de medidas de austeridade que chegavam e sobravam para alcançar a redução do défice para os valores pretendidos quer em 2010 quer em 2011. Essas medidas incluíam parte em aumento de receita (fiscal) e parte em redução de despesa; foram pensadas por excesso para que houvesse espaço de manobra em caso de excesso e/ou derrapagem. A sua execução, como se veio a constatar, pelo lado da receita, revelou-se superior ao projectado, pelo que os valores recebidos pelo Estado, à custa daquele aumento de impostos, foram muito superiores ao esperado.

- Estamos numa péssima situação tal e qual como nos informa o Governo;

- Após várias insistências por parte do PSD, o Governo ainda não cumpriu o dever de informação acordado e prometido no que toca à apresentação dos relatórios intermédios de execução do OE2010;

- A falha então, apenas pode ser atribuída a uma estrondosa falha na despesa projectada, pelo excesso;

- Tal apenas se poderá dever à total falta de competência na gestão dos dinheiros públicos no seguimento das linhas mestras acordadas nos pacotes amplamente divulgados;

- Esta total incompetência do Governo gera continuamente gravíssimos prejuízos para o País que se manifestarão durante muito tempo;

A Proposta de ontem não passou de um mero anúncio para mercado Internacional ver e comentar.

O PSD deverá aguardar serenamente o documento final analisando a sua coerência e fundamentação.

O objectivo da mesma não passa no imediato (tal e qual no PEC II) da obtenção de alivio de pressão dos mercados à custa de elogios internacionais fáceis pelo anunciar de medidas difíceis; tal como em Junho, e o mais provável é que o governo não cumpra o que agora prometeu em matéria de redução da despesa. Não o desejo mas é o que me parece pelo que podemos verificar como histórico de actuação. O coro de aprovação internacional já corre. Mas será efémero, tal como já o foi. E nós, Portugueses, continuaremos na mesma. Sócrates também. O Governo o mesmo, e Portugal sem rumo, nem destino, nem futuro.

 

No que toca à execução de 2010 e à situação do fundo de pensões da PT, deverá o Governo fornecer à oposição e aos contribuintes Portugueses todas as explicações para uma decisão informada e esclarecida.

 

O PSD deverá pronunciar-se serenamente aquando da proposta final. Pesando correctamente todos os prós e contras e acima de tudo tendo em conta todos os Portugueses e Portugal na esfera Internacional. O PSD é um partido consequente e responsável. E como não me canso de dizer; sério. É uma decisão dura e que não se toma com o animo leve que leva um Governo que rejeitava cortes, agora encostar a oposição obrigando-a a contra-propostas de cortes de despesa...

A Proposta (2)

jfd, 30.09.10

Governo: José Sócrates afasta redução de salários e diz que medidas já adotadas são suficientes

2010-06-16

 

Bruxelas, 16 jun (Lusa) -- O primeiro ministro José Sócrates rejeitou hoje em Bruxelas o cenário de redução de salários na função pública, afirmando acreditar que as medidas já adotadas pelo Governo são suficientes para atingir os objetivos orçamentais em 2010 e 2011.

Sócrates, que falava à entrada para uma reunião do Partido dos Socialistas Europeus, que antecede a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia de quinta feira, disse que a redução de salários "não foi a opção" do seu executivo para reduzir o défice orçamental e garantiu que "não será preciso" seguir essa medida.

O primeiro ministro respondia a questões sobre uma eventual redução de salários, depois de, à tarde, o patronato ter proposto ao Governo a adoção de medidas transitórias para melhorar a competividade das empresas e aumentar o emprego, salientando a necessidade de "liberalizar mais" a contratação e o despedimento.

Casa roubada, trancas à porta!

Guilherme Diaz-Bérrio, 30.09.10

 

"A situação é grave e exige medidas para que Portugal não seja alvo de maiores pressões por parte dos mercados financeiros porque isso iria comprometer os custos de financiamento no futuro, e, consequentemente, o crescimento da economia", disse o vice-presidente do Banco Central Europeu [Vitor Constâncio] esta manhã em Bruxelas, antes da reunião de ministros das Finanças da zona euro e dos responsáveis pelos bancos centrais da região.

Diário Económico

 

A situação já era grave em 2010. E em 2009. E em 2008. E em 2007. E o senhor deu cobertura "tecnica" a um embuste. Como disse ontem Campos e Cunha (SIC Noticias), "quanto mais tarde fossem tomadas medidas, mais graves teriam de ser".

 

Agora que está em Frankfurt, é que vem falar?

A não perder. Hoje. 15h. O Circo San Bento apresenta:

jfd, 30.09.10


Debate com o Primeiro-Ministro

Artigo 224.º 

1 - O Primeiro-Ministro comparece quinzenalmente perante o Plenário para uma sessão de perguntas dos Deputados, em data fixada pelo Presidente da Assembleia, ouvidos o Governo e a Conferência de Líderes.

2 - A sessão de perguntas desenvolve-se em dois formatos alternados:

a) No primeiro, o debate é aberto por uma intervenção inicial do Primeiro-Ministro, por um período não superior a 10 minutos, a que se segue a fase de perguntas dos Deputados desenvolvida numa única volta; 
b) No segundo, o debate inicia-se com a fase de perguntas dos Deputados desenvolvida numa única volta.

3 - Cada grupo parlamentar dispõe de um tempo global para efectuar as suas perguntas, podendo utilizá-lo de uma só vez ou por diversas vezes.

4 - Cada pergunta é seguida, de imediato, pela resposta do Primeiro-Ministro.

5 - O Primeiro-Ministro dispõe de um tempo global para as respostas igual ao de cada um dos grupos parlamentares que o questiona.

6 - No formato referido na alínea a) do n.º 2, os grupos parlamentares não representados no Governo intervêm por ordem decrescente da sua representatividade, a que se seguem os grupos parlamentares representados no Governo por ordem crescente de representatividade.

7 - No formato referido na alínea b) do n.º 2, os grupos parlamentares intervêm por ordem decrescente da sua representatividade, sendo, porém, concedida prioridade de acordo com a grelha constante do anexo II.

8 - No formato referido na alínea b) do n.º 2, o Primeiro-Ministro pode solicitar a um dos ministros presentes que complete ou responda a determinada pergunta.

9 - Os tempos globais dos debates e a sua distribuição constam das grelhas de tempos do anexo I.

10 - O Governo, no formato referido na alínea a) do n.º 2, e os grupos parlamentares, no formato referido na alínea b) do n.º 2, comunicam à Assembleia da República e ao Governo, respectivamente, com a antecedência de vinte e quatro horas, os temas das suas intervenções.

"It's your shitty third way socialism stupid!"

João Marques, 30.09.10

Como notou o JFD uns posts abaixo, já por aí andam os arautos do PS em tom melodramático a dizer que sim senhor o tal do Sócrates cometeu o erro político de reagir tarde (imagine-se!?), mas que agora não vale a pena discutir culpas. Era o que mais faltava, não só vale como é imperioso assinalar, discutir, acusar e voltar a apontar a culpa destes senhores. Desta feita não a podemos deixar morrer solteira, antes viúva.

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