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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

UV 2010: Dia 2

PsicoConvidado, 31.08.10

 

Ao segundo dia da Universidade de Verão, Marcelo Rebelo de Sousa deu a aula da tarde, falando da social-democracia em tempos de crise.

O desafio psicótico que fizemos a três dos participantes não foi tão simples quanto isso: reportar a aula do antigo líder do PSD. Cá está:

 

“Hoje toda a gente quer ser social-democrata”: esta foi uma das frases proferidas por MRS na aula desta tarde na UV.

Segundo o Prof, a social-democracia é a única solução depois do marxismo ter falhado avassaladoramente, e o capitalismo aliado ao liberalismo ter sucumbido com esta crise económica.

Sendo a social-democracia um modelo flexível e adaptável às constantes mutações temporais, não se contentando em defender uma democracia política, MRS defende também uma democracia económica e social. Acrescentando que um partido com esta matriz nunca colocaria em causa a justiça social, porém a mesma tem de ser medida com bom senso e equilíbrio.

Como social-democrata e, por conseguinte como reformista, defendeu as reformas da justiça, da administração pública, da educação e da saúde. E alertou para os novos desafios da sociedade, nomeadamente o combate à exclusão no que concerne a alguns grupos sociais.

Para dentro do Partido, apelou à unidade na diversidade e à preparação doutrinária e ideológica para termos um projecto amadurecido.

O Prof. fez uma intervenção realista e directa capaz de cativar toda a plateia que respeita a inteligência e postura do orador.

João Antunes Santos

 

 

Ao bom estilo do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, a aula foi guiada a alta velocidade, abarcando o passado da Social-Democracia como premissa para a variante actual e, indeclinável na previsão daquela que sucederá à que vivemos. Ao se afirmar um convicto social-democrata, e por falar muitas vezes da experiência pessoal, permitiu aos participantes conhecerem uma visão directa sobre a sua forma em terras lusófonas.

Através da referência a diversos livros, sustentou o aparecimento da Social-Democracia em Portugal, o percurso e os desafios dos nossos dias perante aquilo que diz serem “as várias crises”.

Rematou a intervenção ao descrever o papel do Estado Social-Democrata, incidiu nos desafios imediatos para a ideologia e para o próprio partido laranja.

Sofia Manso

 

 

Social-Democracia: novas realidades, novas soluções, os mesmos valores

 

2º dia de UV. Depois dos primeiros trabalhos e de entrar no espírito Uviano tivemos o prazer de receber entre nós um dos expoentes máximos da social-democracia em Portugal: o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.

De realçar a simpatia, a simplicidade e a acessibilidade do discurso. Se estas são características que marcam qualquer pessoa que conheça o Prof. Marcelo apenas dos seus comentários políticos televisivos, mais ainda se destacam neste ambiente da UV.

Quanto ao conteúdo, a intervenção de MRS abordou várias áreas, desde a formação ideológica do partido e da social-democracia, até à própria história da democracia em Portugal, passando por temas como a importância da JSD e da UV na formação de jovens políticos. Daqui, gostaria só de realçar a definição clara e inequívoca da social-democracia, que a distingue do marxismo, do conservadorismo e do liberalismo. Na verdade, esta diferença torna a social-democracia apetecível para alguns partidos, como o Partido Socialista, que sem renegar à esquerda (como é compreensível do ponto de vista eleitoral) acaba por muitas vezes tentar ocupar o lugar da social-democracia, que desde sempre, e com muito trabalho, foi ocupado pelo PSD.

Mas deste texto prefiro destacar alguns temas que pessoalmente me são mais atractivos e que se prendem com as prioridades do PSD agora, no fundo, tal como o tema diz, “em tempos de crise”. Daqui, MRS realçou 4 desafios imediatos para o PSD:

- Fazer reeleger Cavaco Silva (que é como o Professor Marcelo afirmou o mais social-democrata dos líderes do PSD);

- Revisão Constitucional;

- Resposta à crise;

- Ser Governo.

 

No que diz respeito à reeleição de Cavaco Silva, pouco há a dizer. Obviamente será sempre objectivo do PSD a eleição de um Presidente Social-Democrata.

Na Revisão Constitucional, pela actualidade do debate e pela importância que este terá na situação política nos tempos que se aproximam, achei a intervenção do Professor Marcelo especialmente importante. Por uma lado, apela a que o PSD defina de forma clara quais os seus objectivos com esta proposta e quais as condições para levar a cabo uma Revisão. Por outro lado, realça a importância de o PSD saber explicar aos portugueses que uma Revisão Constitucional não é um programa de Governo, quer-se isenta, neutra e terá de ser resultado de um consenso entre partidos e essa é uma das coisas que a esquerda tem tentado esconder. Outra das coisas que a esquerda tem tentado esconder é no que se centra afinal o debate entre PS e PSD em áreas como a saúde e a educação. O PSD, como partido da social-democracia, não quer acabar com o SNS ou com a escola pública. O que se pretende é que, perante uma crise como a que enfrentamos, se possa taxar de forma diferente o acesso a estes serviços consoante as possibilidades de cada um. E repare-se, o texto proposto pelo PSD permite que numa situação em que não haja uma asfixia do Estado Social, as taxas moderadoras voltem a ser iguais para todas.

 

Na resposta à crise, MRS salientou que além do saneamento financeiro imposto pela crise económica e que terá obrigatoriamente de passar por cortes na despesa, é necessário intervir também na crise social, nomeadamente no desemprego. Mas permitam-me que me centre no corte na despesa pública. Sobre este aspecto, MRS disse uma coisa importantíssima. Não podemos andar a cortar aqui e ali sem saber afinal o que queremos. Temos de definir que serviços é indispensável que o Estado preste e, só depois, poderemos ver de que recursos precisamos e então distribui-los.

 

Por fim, e porque já me estou a alongar mais do que desejaria (mas menos do que o suficiente para analisar devidamente tão valioso contributo), o PSD tem de chegar ao poder. E tem porque é o partido que realmente pode fazer a diferença e colocar Portugal no rumo certo. Mas não haja pressas. O PSD tem, mais do que nunca uma responsabilidade perante os portugueses, de se assumir como verdadeira alternativa e de conseguir implementar um projecto sério e realista. Para isso, será bom que se trilhe um caminho de amadurecimento do projecto do PSD, para que quando for poder o PSD possa resolver os problemas do país e corresponder às expectativas dos portugueses.

Nuno Carrasqueira

Ai a dor...

Guilherme Diaz-Bérrio, 31.08.10

 

 

 

 

Anda por ai uma celeuma enorme acerca da Universidade de Verão de 2010. Parece que há algumas confusões sobre o programa, e em especial sobre a natureza pública ou privada do ensino. Mas, como um blog de antigos UVianos, temos sempre todo o prazer em colocar os pontos nos proverbiais "i"s.

 

É que sabem, a questão não é se o ensino é publico ou é privado. A Educação é pública e de alta qualidade. Que o digam António Carrapatoso, Marcelo Rebelo de Sousa, Guilherme de Oliveira Martins (esse perigoso "laranja" da direita Neo-Liberal "Fassista"), entre outros.

 

Nós entendemos que tenham pena de não ter um evento deste nível. A sério. Um dia destes teremos o maior prazer em explicar como se faz Formação Política a Jovens, a sério, sem churrascos, tendas e bandeirinhas.

 

Até lá, é favor continuar a circular, que por ali estuda-se Política a sério.

Quem é sério afinal (4)?

jfd, 31.08.10

 

O PSD continua a marcar pontos junto da sociedade Portuguesa. Pontos de seriedade e de esperança perante a inabilidade de quem se julga dono da razão, do pais e do futuro dos Portugueses.

Miguel Relvas ontem na abertura da Universidade de Verão apontou a Sócrates “um discurso político bipolar”, de sofrer da “síndroma da bruxa má” e de “até meter dó pela forma como se agarra a algum indicador, por mais insignificante que seja”. Referindo-se a Pedro Passos Coelho, o secretário-geral do PSD, classificou-o com “um homem que indica os caminhos”. “Daqui a três anos, no fim da legislatura, os portugueses saberão o que é melhor”. E eu acredito que é este o caminho que como partido estamos a trilhar e a demonstrar aos Portugueses; séria e serenamente.

No que toca ao OE, Miguel Relvas foi claro "Temos dito sempre que há sacrifícios que têm de ser feitos e esses sacrifícios têm de começar por aqueles que têm mais condições, não podemos tratar por igual o que não é igual. O grande problema não é o Governo querer mexer nos escalões mais altos", o grande problema é que para o PSD é "inaceitável" o Executivo querer mexer a partir do terceiro escalão. Este é o PSD que defende a classe média, assegurando o seu futuro, mas não em promessas ocas e eleitoralistas mas sim com a responsabilização da sociedade e com a tónica naquilo que é possível ignorandocenários rosas de utopias inatingíveis.

"Chegou a hora de Portugal passar a ter um novo primeiro-ministro, uma nova equipa, quando tivermos de ter eleições, porque nós não temos como objectivo a procura da instabilidade, nós somos institucionais"

 

DN, Público, JN, i, CM, SIC, TVI

Obama, Ossama, Hussein…

Beatriz Ferreira, 31.08.10

Depois de Barack Obama ter apoiado a criação do complexo dedicado ao ensinamento do islamismo junto ao Ground Zero, uma sondagem revelam que quase 1 em cada 5 americanos acha que Obama é muçulmano.

 

Apenas 34% o vêem como cristão, embora seja essa a sua verdadeira religião e acusam-no de ser um protestante demasiado discreto.

 

Numa sondagem anterior realizada em Março de 2009, 11% dos inquiridos afirmavam que Obama era muçulmano e agora já são 18%.

 

Apesar de ter vindo a público negar que era seguidor de Alá, os rumores e interrogações continuam entre os americanos. O seu pai era muçulmano, apesar de pouco ter convivido com ele, mas isso chegará para convencer um povo que olha por cima do ombro?

 

Os Republicanos aproveitam e avançam a todo o vapor para as eleições no Senado em Novembro. Ao mesmo tempo, multiplicam-se as manifestações pró-america conservadora.

 

UV 2010: Dia 1

PsicoConvidado, 30.08.10

 

Para esta edição de 2010, o Psicolaranja decidiu dar voz aos participantes.

Assim, diariamente, dois ou três UVianos escreverão neste blog.

 

Sandra Gomes

29 anos

Porto

 

Por mais um ano, Castelo de Vide recebe 100 jovens sociais-democratas vindos de todo o País, para uma semana de formação política e intercâmbio de experiências e das várias realidades de Portugal.

As expectativas são elevadas, devido aos relatos dos participantes das anteriores edições e do mito que envolve esta iniciativa.

Com esta participação, pretendo desenvolver as minhas capacidades e conhecimentos ao nível político e pessoal, conhecer a visão de outros jovens sobre a política, fazer amizades e divertir-me imenso.

Espero adquirir o know-how que possa usar na melhoria do nosso País.

Todos dizer que será uma semana cheia de trabalho… vamos a ele!

 

Fernando Gomes

25 anos

Coimbra

 

Espero que esta UV seja para mim um importante passo para a minha formação política e na qual continuo a acreditar que ser político é desafiar o futuro e servir os cidadãos.

Estar na UV é enfrentar a responsabilidade de ajudar as populações, é deixar de ser parte do problema para ser parte da solução.

 

Francisco Oliveira

15 anos (feitos hoje!!!)

Vila Real

 

As minhas principais expectativas para a Universidade de Verão de 2010 são: compreender a democracia social na dimensão económica, justiça e justiça social, quer no trabalho, na saúde ou na educação.

Isto para, a médio e longo prazo, poder contribuir para uma sociedade justa e equilibrada.

 

Há pois é!

Guilherme Diaz-Bérrio, 30.08.10

 

Pelas bandas do 4R - Quarta República, pode ler-se o seguinte:

 

"As empresas públicas adstritas à Direcção-Geral do Tesouro apresentavam, com referência a 2009, um endividamento de 25 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB. Durante o ano, a dívida cresceu 13%.
(...)
E porque não geram meios para reembolsar a dívida, terá que ser o Estado a proceder ao pagamento. O que significa que à dívida pública directa do Estado, no fim do ano, terá que se somar mais cerca de 17%, porque as empresas continuaram a endividar-se em 2010. A dívida pública aproximar-se-á dos 110% do PIB. Sem os compromissos com as PPP e outros relevantes.Preparem-se pois para aumentos brutais das tarifas de transporte. Quem vos avisa..."

Mais engraçado que o aumento (previsível) das tarifas dos transportes é uma pequena conta que se faz no fundo do "proverbial envelope":

 

Nos EUA, por cada 1 por cento de defice o spread das obrigações do tesouro sobe quase 0,3 por cento. Relembre-se que isto é o país com a moeda de reserva, logo não terá problemas com as obrigações no futuro previsível. E relembre-se que ainda não passaram os 100 por cento de dívida pública.

 

Agora juntemos 110% do PIB em Divida Pública, mais 100+% de dívida externa, mais défices públicos de 9 por cento (esperem pelo Orçamento Rectificativo!), mais 10% de défice externo anual, mais o "risco Portugal" (também conhecido como o risco "podem dizer o que vos apetecer, vocês já não são fiáveis e já venderam os anéis!"), mais umas quantas obras de arte contabilistas (aumentos de capital da CGD, anyone?) e, o futuro é tudo menos... erm... Rosas!

 

Food for thought!

Nação? Naa, cada um por si

Diogo Agostinho, 30.08.10

 

Bem sei que hoje vivemos num mundo individualista e egoísta. Que a noção de vale tudo para promover o que é nosso pode passar por cima de tudo e todos. Uma notícia que nos enche de orgulho, a distinção de Guimarães como Capital Europeia da Cultura acaba por ser "chamuscada" pelos "brilhantes" marketeers da campanha de promoção desse evento.

 

Ora o que nos dizem os cartazes a promover Guimarães 2012? Nada mais, nada menos que uma imagem de uma praia vazia, sombrinhas em baixo e uma legenda a revelar ser a Costa Algarvia a 2 de Agosto de 2012.

 

Sublime como se promove um evento de cultura a atacar outra região de praia. Bem sei que quanto mais der que falar melhor, não há publicidade negativa que não ajude. Mas há limites caramba. Não há mais nada que sirva para atrair as pessoas a irem até ao berço do País?

 

Melhor ainda é o apoio do Turismo de Portugal a esta campanha. De facto, que bela visão estratégica têm estes senhores.

Republicanos na América (12)

jfd, 29.08.10

 

Olá o meu nome é Ken Mehlman. Sou republicano e fui dos principais arquitectos em conjunto com o Karl Rove responsável pela re-eleição de Bush em 2004. Se bem se recordam, e como o JFD já por aqui disse muitas vezes, nestas eleições estavamos um pouco lixados por causa do Iraque e também por não termos feito nada pela nossa base de eleitores cristão devotos. Então no que pensámos? Radicalizar sobre o casamento gay fazendo do tema uma lata de redbull para os nossos tão queridos fãns de extrema-religião. Epá custou um pouco mas o resultado foi espectacular. Bush foi re-eleito como nunca e as bases estavam com o Partido. Foi lindo. Tenho muito orgulho nessa campanha e não tenho vergonha nenhuma de termos utilizado o bixo papão do casamento gay para dividir a América, aterrorizar os conservadores e fazer esquecer da porcaria de guerra em que nem deveríamos ter entrado.

 

Ha! Uma coisa menos importante, dei uma entrevista este mês em que saí do armário! Beijosssssssssssss!

 

Fim da 2ª via á direita?

Rui Cepeda, 29.08.10

Desde algumas semanas para cá se tem falado numa alternativa da direita católica á recandidatura de Cavaco Silva, especialmente após a promulgação do casamento entre indivíduos do mesmo sexo.

 

Surpresa das surpresas, o líder supremo da igreja católica decide nomear o Presidente da República como Cavaleiro da Ordem Piana, a segunda mais importante distinção do Vaticano.

 

Machadada final na direita católica "insurgente"?

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