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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Teoria recambolesca?

Diogo Agostinho, 27.05.10

    

 

O Verão está a chegar e a partir de Setembro iremos entrar em "modo Presidenciais". Será a próxima eleição em que os Portugueses irão ser chamados a escolher quem deve ser o Presidente de todos nós.

 

Surgiu-me em pensamento este cenário que vos deixo nas fotografias acima. Ora, se já temos dois candidatos: Fernando Nobre e Manuel Alegre, assumidos, devemos contar com a recandidatura do actual Presidente da República. Porém, no Partido Socialista a embrulhada reina e Mário Soares veio lembrar ontem que para além de ser militante do PS, tem consciência. E se da consulta de Sócrates resultar um candidato diferente do PS?

 

A juntar a este cenário, temos o PCP. Não apoiou ninguém e pode jogar a sua, e penso que única, cartada forte. Carvalho da Silva é hoje um nome por muitos conhecido e vai além do eleitorado comunista. Ganhou visibilidade pelo cargo que ocupa e pode ser um nome a ter em linha de conta. Se for para marcar posição, poderemos ter ainda Carlos Carvalhas de regresso ao combate político.

 

Mas, e os nomes e hipóteses são apenas na ala esquerda? Será que as posições assumidas pelo Presidente, sobretudo ao promulgar a lei de casamento dos homossexuais, não pode abrir espaço a candidatos insatisfeitos no seu "espaço político"?

 

E neste cenário, arrisco-me a dizer que seria uma interessante campanha. Com surpresas no final. Quem sabe se até nem poderiamos ter uma segunda volta totalmente à direita.

 

Será assim tão recambolesca esta teoria?

Uma questão de equilíbrio.

nunodc, 25.05.10

 

O secretário de Estado dos Transportes tinha anunciado, na segunda-feira à noite, o aumento do preço dos transportes públicos. Os bilhetes vão ficar mais caros a partir de 1 de Julho.  Cabaço Martins, presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros lembra que, em momentos de crise, a lei permite uma actualização das tarifas a meio do ano e garante que é isso que vai suceder.


Por outro lado:


Só em transportes, os deputados vão gastar este ano mais de 780 mil euros do que em 2009, o que representa um aumento de 25%. Estão previstos aumentos para transporte, deslocação dos deputados, despesas com seminários, exposições e similares, artigos honoríficos e de decoração do Parlamento. A rubrica "outros trabalhos especializados" vai também aumentar mais de meio milhão de euros (3,6 milhões em 2010 vs. 3,1 milhões em 2009), sendo gastos mais 593 mil euros em "assistência técnica" (2,9 milhões de euros em 2010 vs 2,3 milhões em 2009).
(notícia completa na versão impressa).


Tudo uma questão de equilíbrio.

Deus nos livre e guarde!

Diogo Agostinho, 25.05.10

Política por Procuração

Miguel Nunes Silva, 24.05.10

Na ONU existem ‘estados’ cujo maior valor é o de constituírem um voto na Assembleia Geral. Durante o século XX o número de estados aumentou dramaticamente e, sobretudo depois da segunda guerra mundial, o valor destes aumentou também visto que na ONU eles têm um voto que conta tanto quanto o das maiores potências.

 

Como em todas as ficções, a realidade acaba por se impor e assim se criou o Conselho de Segurança aonde as grandes potências têm assento permanente. Um outro artifício foi a criação de estados procuração através dos quais as superpotências podem contar com votos adicionais na Assembleia Geral.

 

Porque na realidade, como todos sabemos, uma qualquer república das bananas, não tem o mesmo valor de um estado-civilização como a China ou a Índia.

 

Assim, ‘territórios associados’ como a Micronésia ou as ilhas Marshall constituem uma reserva de voto dos EUA e durante a Guerra Fria, a Ucrânia e a Bielorrússia serviam o mesmo propósito para a URSS.

 

Mas o absurdo das ficções políticas também existe perto de nós. No parlamento Português, o Partido Ecologista ‘Os Verdes’ é uma tal ficção política. O PEV nunca foi sozinho a eleições nem nenhuma sondagem alguma vez o isolou do PCP para discernir a sua verdadeira abrangência de eleitorado. Aparentemente, os membros que o constituíram saíram do PCP para o formar de propósito e o seu programa nunca diverge ou entra em conflito com o do partido comunista.

 

A título de exemplo vejamos as barragens: a do Sabor foi duramente criticada, a do Alqueva não. Porquê? Porque o PCP obtém os votos que lhe permitem manter-se no parlamento, do Alentejo e o projecto do Alqueva é uma antiga reivindicação dos agricultores Alentejanos.

 

À direita, os conservacionistas apelidam ‘Os Verdes’ de “melancias” – verdes por fora, vermelhos por dentro.

 

O cúmulo desta ficção política são as audiências entre os partidos e o Presidente da República – aonde o PCP passa a contar com duas – e as intervenções na Assembleia da República – aonde o PCP intervém duas vezes sucessivas.

 

Em contraste, aliados do PSD como o PPM ou o MPT sempre foram partidos autónomos que o PSD graciosamente permite terem lugar no parlamento, através das suas listas.

 

Acho do mais mau jornalismo que pode haver, o facto das TVs privadas, aderirem a esta ficção política. Que a RTP o fizesse é uma coisa, a TV pública tem que – ou tende a – respeitar formalismos e ser institucional. Mas as TVs privadas também prestam atenção aos Verdes em claro detrimento de formações políticas mais pequenas que muito mais mérito possuem, por estar no combate político autonomamente e há mais tempo.

 

Em tempos de crise, o que é supérfluo é sacrificado. Vamos começar por algumas ficções.

TGV para quando??

Diogo Agostinho, 24.05.10

 

Mourinho é hoje Rei. Depois da enorme vitória com o Inter, caminha para um contrato com o Real Madrid por 10 milhões de euros, por ano. E vão ser 4 épocas pela cidade de nuestros hermanos.

 

Será que temos aqui um bom argumento para o Senhor Ministro das Obras Públicas, incentivar a ida de TGV a Madrid? Vai ser interessante os espanhóis a virem até às praias, os Tugas a irem visitar o Bernabéu de José e Cristiano...

Do you think you can race?

Beatriz Ferreira, 23.05.10
 
O uso da palavra negro para descrever um afro-americano foi um hábito que caiu em desuso nos Estados Unidos, de maneira educada e politicamente correcta.

 

 
No entanto, no questionário do Censos 2011 realizado em Março, na pergunta “Qual é a sua raça?”, uma das opções continha as designações "Black, African Am., or Negro", facto que gerou bastante polémica e fomentou a ira dos activistas pelos direitos raciais.
 
Acusaram o instituto de estatística americano de ser retrógrado ao incluir uma classificação por "cores" que mais nenhuma sociedade utiliza ("American Indian or Alaska Native, Asian, Black or African American, Hispanic or Latino, Native Hawaiian or Other Pacific Islander, and White") e ainda por cima, uma palavra associada a uma forma de tratamento dos escravos negros.

 

O serviço dos Census 2011 defendeu-se imediatamente afirmando que no último questionário realizado há 10 anos atrás, 56 000 pessoas fizeram questão de escrever negro no campo “Some other race” para descrever a sua identidade racial, apesar de existir um campo pré-definido para afro-americanos. É algo que faz parte da identidade cultural de muitos cidadãos, sobretudo pessoas mais velhas, facto que não podia ser descurado, considerando que os dados sairiam enviesados.

 

Ainda cerca de 30 000 lares da comunidade hispânica nos EUA receberam um questionário ligeiramente diferente com 15 alterações do mesmo tipo. Os dados serão comparados com os recolhidos há 10 anos atrás e determinar-se-á se essas modificações ajudaram realmente as pessoas a identificarem-se com os conceitos raciais apresentados nas opções de resposta.

 

Um sério partido!

jfd, 23.05.10

O secretário-geral do PSD está a actualizar os ficheiros do partido e já ‘congelou’ a inscrição de 34.635 militantes que não pagam quotas há quatro anos, desde 2006. O PSD  passará, assim, o seu número de militantes de 162 mil para 127 mil, avança a edição do SOL esta sexta-feira.